A recepção pelo Brasil dos investimentos diretos de Cuba e os capitais brasileiros destinados a Cuba

Até 2002, segundo o Banco Central do Brasil, não tinha ocorrido qualquer fluxo de investimento direto brasileiro destinado a Cuba, como também não houve recepção brasileira de investimento cubano. O que se pode atribuir, em parte, ao embargo comercial norte –americano e à lei Helms-Burton.

Mas esse comportamento parece ter mudado, pois, em junho de 2003, a CIMEX S.A., empresa cubana que detém o monopólio da exportação e importação de mercadorias, anunciou a criação de uma "joint venture" com firmas brasileiras. A nova companhia, Bracimex, deverá suprir o mercado cubano com produtos brasileiros e expandir as exportações da Ilha para o Brasil.

Além disso, segundo o presidente do grupo empresarial cubano Labiofarm, Fraga Castro, sua empresa abrirá uma sucursal no Brasil para transferir ao Brasil tecnologia avançada na elaboração de produtos de uso veterinário.

Há também projetos em negociação entre as autoridades dos governos do Brasil e de Cuba visando usar a internacionalmente reconhecida qualificação cubana na biotecnologia para produzir genéricos nos laboratórios do Nordeste Brasileiro.

De outra parte, a Petrobrás e a empresa estatal Cubapetroleo S.A. assinaram carta de intenção para troca de informações tecnológicas na área de petróleo. Presume-se que este é um primeiro passo para a Petrobrás realizar explorações em águas profundas no Golfo do México, aceitando o convite do governo cubano.

Existe ainda a possibilidade de ser criada uma "joint venture" para utilização do álcool cubano extraído do açúcar como combustível de veículos automóveis, baseando-se na experiência brasileira no assunto.

No tocante aos contratos de associação econômica internacional, destaca-se aquele firmado entre a estatal cubana Gran Caribe e um grupo de empresas brasileiras para construir 4 hotéis "resort" , com 2.500 apartamentos, no montante de US$ 114 milhões.

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