quinta-feira, 12 de outubro de 2023

 CORPO PSÍQUICO

Estamos iniciando um novo tema e necessário se faz a nossa atenção no sentido de considerar as narrativas, para que possamos compreender o que se passa longe da nossa visão e junto da nossa expressão íntima moral. Vivas reações se manifestam comumente e nós temos a impressão dessas reações serem de ordem orgânica, física, individual, ou de ordem emocional; então se inicia uma atribuição que foge inteiramente ao conceito de físico e, por isso, ficamos sem explicar com segurança essa expressão emocional, que não é orgânica e sabemos, igualmente, não ser de ordem física. 

O que nos interessa, no momento, são as reações psíquicas, os conhecidos fenômenos psíquicos e que até o momento não foram referidos ou explicados. Cumpre salientar, para a compreensão e entendimento desses fenômenos, existir um corpo fluídico que envolve a estrutura humana e, como temos de nos entender, pois o assunto é vasto, não podemos fazer referência simultaneamente a muitos corpos muitos envoltórios, o que provocaria confusão e dificuldade de interpretação para o conhecimento pormenorizado do que nos empenhamos. Um campo de natureza sutil e  delicada envolve inteiramente o corpo humano como uma redoma de vidro a protegê-lo. Este corpo é vibrante e não pelicular, mas espesso e constituído de filamentos, como se fora uma nuvem de linho brotando da superfície da pele mas, em verdade, um pouco distanciado e, assim, se mantém constantemente vibrando, oscilando, como se fosse tangido pelo ar. 

Outras vezes o corpo em estudo se mantém deformado, mudando a sua coloração, fato que acontece constantemente em pequeninas variações, que seriam quase imperceptíveis, se se a visão humana lograsse ver claramente.  A presença desse corpo com tonalidades e aspectos variáveis, nos diz existir uma viva identificação com o humano, significando assim obedecer ou provocar no humano reações mais ou menos vazias. O que se passa no humano é refletido nesse corpo que de imediato se modifica se retrai, se constrange e muda a sua feição não só na forma como na coloração e na modalidade de filamentos, que se agitam, se encrespam, dando uma feição estranha, particular, agradável ou esquisita, se pudesse ser percebida por um observador humano curioso e dotado de visão especial.

este corpo caracteriza  o campo das emoções e sempre que um pensamento se forma, este corpo se manifesta, opina e como que se ressente. Uma alegria, uma tristeza, uma amargura o faz mudar de expressão e de tonalidade;  este corpo tende a influir sobre a estrutura orgânica, o que acontece não diretamente sobre o físico, mas por intermédio de outros fatores que serão estudados em separado. Este corpo de emoções é o corpo que acompanha o Ser espiritual na sua jornada na vida pela eternidade; é um corpo vital de profunda significação e valia, mas que não representa a totalidade de envoltório do Ser, isto é, da expressão divina dissociada no Todo Universal e adensada, e individualizada, caracterizando assim o Ser ou a individualidade real, como já estudamos anteriormente. Este corpo que estamos estudando é o responsável pelo que nos acontece a todo o instante, significando tratar-se de veículo de identificação com o meio e, assim todos os fenômenos mentais de ordem externa se fazem presentes ao humano por intermédio deste veículo transmissor.   

As alegrias de outrem, as tristezas de outrem,  tangem a sensibilidade mais ou menos delicada deste corpo psíquico. Desta forma o humano toma conhecimento, consciente ou não, do que está passando nas proximidades ou quando alguma coisa,  mesmo ainda distante, tende a se fazer presente. O corpo psíquico é a sede das emoções, dos sentimentos e dos desejos e pode ser estudo com nomes diferentes, mas a verdade é que neste corpo se reflete todas as variações emocionais do meio, e ainda mais, que este corpo é corpo é receptor e transmissor. Um Bem ou um Mal se adensa à sua estrutura, fazendo modificar o seu todo e, como é reversível, quando o humano modifica os seus sentimentos, de imediato este corpo muda de coloração, toma tonalidades estranhas,  esquisita se enrubesce ou tende para uma claridade suave que irradia uma expressão de calma, de tranquilidade comunicativa e brilhante. O meio se ressente ou o meio afeta este corpo em estudo que está sempre vibrando e só muito raramente se mantém aparentemente estacionário. Isto é, esquisito, estranho, pouco admissível, mas de certo modo, para os leigos no assunto conforta e explica um mecanismo desconhecido que frequentemente observamos quando somos tocados, feridos, afetados, pela presença de outrem, pela visita de outrem que amigavelmente nos vem trazer o seu apoio ou a sua cordialidade amiga. Como um hálito que não pode ser evitado, como um odor que não interfere num propósito de bem ou de mal,  assim também as vibrações psíquicas das criaturas humanas afetam o meio, independente dos seus propósitos ou das suas intenções na vida. Frequentemente  somos afetados, vibrados, favoravelmente ou não, significando que sempre a nossa alegria é nossa ou a nossa tristeza é nossa. Nem sempre estamos operando de um modo ativo mas de um modo passivo e assim, ás vezes, somos um transmissor, um radiante de alegrias ou de tristezas, como igualmente nos podemos encontrar na condição de receptividade para esses mesmos sentimentos.

Está mais ou menos compreendida uma Verdade que podemos recordar e que nos diz e nos explica o nosso  estado d'alma -- esquisito, estranho, invadido de amarguras, de tristezas, de pesares, e outras vezes a exuberante alegria, a imensa paz que sentimos invadir o nosso coração. 

Queremos ainda fazer menção aos campos de radiação de outras criaturas que em conjuntos se neutralizam, quando essas vibrações são de  intensidade e ordem semelhantes, compreendendo-se assim que, em certos caso duas criaturas de vibrações homogêneas  não se afetam mutuamente, como se fora dois pêndulos bem próximos, que para se tocarem nas suas variações necessário seria um atraso nas suas amplitudes. Se eles se mantém num ritmo igual, uniforme, não se tocam, não se afetam, porque no caso psíquico que estamos estudando os fenômenos que se manifestam são de ordem vibratória e, por isso, não fogem á lei regular nas manifestações da vida. 

Estamos chamando a atenção para os ambientes, as aglomerações, a presença de criaturas cujo conjunto de vibrações determina uma resultante, e est resultante pode estar em harmonia com a vibração do espectador, como pode estar em oposição, resultando assim um choque íntimo emocional ou pode resultar mesmo alegria, se a posição vibratória deste espectador estiver aquém, abaixo, de resultante referida. 

Sebastião de Lucena Osias      


O PODER DA KABALAH

O CAMINHO DA MAIOR RESISTÊNCIA A maioria das pessoas tende a escolher na vida o caminho de menor Resistência. Buscam as situações fáceis, confortáveis. Mas, estar confortável não gera Luz duradoura. Temos que aprender a fugir de nossas zonas de conforto e mergulhar de cabeça em situações desconfortáveis. É aí que aplicamos a maior Resistência. É verdade, o caminho da maior resistência causa alguma dor e algum desconforto por um momento. Mas é a única maneira de gerar plenitude a longo alcance. Por mais difícil que possa parecer, deveríamos abraçar os problemas e obstáculos, em vez de evitá-los. Eles são as verdadeiras oportunidades para o desenvolvimento espiritual. 

A LEI DO “TIKUN” 

Assim como outras tradições espirituais do mundo todo, a Cabala ensina que cada um de nós vem a este mundo trazendo uma bagagem de vidas passadas. Essa bagagem contém todas as situações nas quais fizemos curtos-circuitos em nossas últimas vidas ou em algum ponto esquecido desta vida. Cada vez que deixamos de resistir ao nosso comportamento reativo, temos que corrigilo em algum ponto no futuro. Este conceito de correção é chamado de "Tikun". Podemos ter um Tikun com dinheiro, com pessoas, com saúde, com amizade ou com relacionamentos. Existe uma maneira fácil de identificar o nosso Tikun pessoal. Tudo o que é desconfortável para nós é parte de nosso Tikun! Todas as pessoas em nossas vidas que realmente nos irritam e nos incomodam também são parte do nosso Tikun. Se achamos difícil dizer não para um vendedor que telefona durante a hora do jantar, este é o nosso Tikun, que precisa ser corrigido. Se temos vergonha de pedir um desconto para um atendente arrogante numa loja de decoração de alto nível, você pode ter certeza que este é o seu Tikun e a sua área de correção pessoal. Se temos dificuldades em enfrentar um funcionário ou um empregador, a causa raiz pode ser encontrada no conceito de Tikun. [93] Quando deixamos de fazer uma correção através de resistir ao nosso comportamento reativo, da próxima vez se torna mais difícil corrigir, nesta área específica. 

Esta característica reativa em particular fica mais forte. Nosso adversário fica mais forte. Não apenas temos que enfrentar o problema novamente, mas será mais difícil emocionalmente ativar a Resistência. E a próxima vez não significa necessariamente na próxima vida; as mesmas correções podem aparecer repetidamente em nossas encarnações atuais. Algumas vezes é um pouco fácil demais culpar o comportamento em vidas passadas pelos problemas nesta vida. Nós geralmente fazemos coisas más suficientes aqui mesmo para justificar o caos que nos aflige. Esta é a razão espiritual porque os mesmos problemas voltam a ocorrer. Eles podem muito bem se manifestar através de pessoas ou de situações diferentes anos depois, mas fundamentalmente é o mesmo problema se repetindo uma vez atrás da outra. Buscar o conforto e evitar o nosso Tikun produz gratificação e alívio momentâneo, mas está ligado ao caos de longo prazo. De forma oposta, quanto maior o obstáculo, maior a Luz em potencial. Com esta nova compreensão, não podemos mais ser vítimas. Não podemos mais lamentar as dificuldades, os problemas e as circunstâncias desconfortáveis que nos confrontam, não importa o quanto isto possa nos fazer sentir bem, porque todas essas dificuldades estão presentes para atrair a Luz eterna da plenitude para as nossas vidas. Mas antes, há uma situação de Tikun que exige ser corrigida.