domingo, 21 de março de 2010

O furo no barco


Um homem foi chamado à praia para pintar um barco. Trouxe com ele tinta e pincéis, e começou a pintar o barco de um vermelho brilhante, como fora contratado para fazer.

Enquanto pintava, percebeu que a tinta estava passando pelo fundo do barco. Percebeu que havia um vazamento, e decidiu consertá-lo. Quando terminou a pintura, recebeu seu dinheiro e se foi.

No dia seguinte, o proprietário do barco procurou o pintor e presenteou-o com um belo cheque. O pintor ficou surpreso e falou:

- O senhor já me pagou pela pintura do barco.

Ele então respondeu:

- Mas isto não é pelo trabalho de pintura. É por ter consertado o vazamento do barco.

- Foi um serviço tão pequeno que não quis cobrar _disse o pintor. Certamente, não está me pagando uma quantia tão alta por algo tão insignificante!

- Meu caro amigo, você não compreendeu. Deixe-me contar-lhe o que aconteceu. Quando pedi a você que pintasse o barco, esqueci de mencionar o vazamento. Quando o barco secou, meus filhos o pegaram e saíram para uma pescaria. Eu não estava em casa naquele momento. Quando voltei e notei que haviam saído com o barco, fiquei desesperado, pois lembrei-me que o barco tinha um furo. Imagine meu alívio e alegria quando os vi retornando sãos e salvos. Então, examinei o barco e constatei que você o havia consertado!

Percebe, agora, o que fez? Salvou a vida de meus filhos! Não tenho dinheiro suficiente para pagar-lhe pela sua pequena boa ação...

Não importa para quem, quando, de que maneira.

Ajude, ampare, enxugue as lágrimas, conserte os vazamentos... sempre, e não espere a recompensa ou reconhecimento pelo que fez...

Assim a caridade é maior.

A cor da lágrima



Porque a lágrima não tem cor?
Enquanto chorava, me pus a pensar.
Se fosse vermelha como sangue,
As minhas vestes poderiam manchar.

Se a lágrima fosse amarela,
A cor da alegria,
Expressar tristeza
Jamais poderia

Se fosse azul,
A cor da serenidade,
Eu não choraria jamais.
Seria só tranqüilidade.

Se fosse branca,
Como pétalas de rosas,
Não seriam lágrimas...
Mas pérolas preciosas.

Ainda mais uma vez
Fiquei me questionando...
Porque a lágrima não tem cor?

Se ela fosse preta
Só expressaria o horror?

Porque será que a lágrima não tem cor?
A lágrima não tem cor...
Porque nem sempre exprime dor.

E se ela fosse roxa, como poderia
Expressar a alegria?

As lágrimas não têm cor
Porque são expressões da alma
Quando o espírito está chorando
O coração diz: tenha calma!

Se a lágrima tivesse cor
Deveria ter a cor do amor
Ou mesmo a cor da paixão
Que as vezes invade o coração.

Ou talvez a cor da tristeza
Que abala a alma e tira a calma
Mas faz em meu ser uma limpeza.
Se a lágrima tivesse cor
Poderia ser vermelha como o sangue.

A lágrima não tem cor.
Porque ela nos aproxima do nosso Criador.
Se a lágrima tivesse cor
Eu só iria chorar de alegria.
Mas, e a lágrima da saudade?
De que cor ela seria?

E a lágrima da decepção,
De que cor seria então?
Se a lágrima tivesse cor
Deveria ter a cor de um brilhante
Como a lágrima é preciosa
Deus deu-lhe a cor do diamante.


groups.msn.com/ObreirosDaVidaEterna

Mulheres, Se Vocês Apenas Soubessem...


O poder do desejo da mulher pode acelerar a mudança necessária para que o mundo inteiro atinja a perfeição, a alegria e a paz
Quanto mais a humanidade se desenvolve, mais complicada e imprevisível se torna nossa vida.
E como de costume, a parte mais difícil recai sobre os ombros da parte mais bonita da humanidade.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, 20-26% das mulheres são afetadas por um transtorno depressivo a cada ano, cerca de duas vezes mais que os homens (8-12%). Apesar do fato de que as mulheres tenham alcançado a liberdade, o status social elevado, e a igualdade, cada vez mais se sentem vazias e psicologicamente inseguras na vida.
Ao mesmo tempo, as mulheres compõem a maior e, sem dúvida, a mais forte parte da humanidade. Na verdade, elas são a força motriz que inspira e impulsiona os homens a praticar atos heróicos e nobres.
Não é à toa que há um ditado que diz:
"Deus quer o que a mulher quer".
Assim sendo, o que aconteceu com estas belas inspiradoras sobre as quais numerosos poemas e canções foram escritos, e para as quais foram devotadas incríveis vitórias e conquistas?
O que aconteceu com essa meiga, acolhedora e detentora do coração da família?
No entanto, não são apenas as mulheres que mudaram.
"Os homens não são os mesmos”, dizem as mulheres, mães e esposas.
Na verdade, o mundo inteiro não é o mesmo.
Na realidade moderna, as mulheres têm que se preocupar em cuidar de coisas que nunca haviam se preocupado antes: como trabalhar e cuidar da educação das crianças, como evitar guerras e problemas econômicos, e assim por diante.
Lutando para encontrar um equilíbrio entre todos estes desafios sociais e pessoais, sem sentir um forte apoio do homem, as mulheres estão se tornando mais independentes e adotando mais papéis tradicionalmente atribuídos aos homens.
Às vezes elas até se esquecem de que são mulheres...
Mulher, A Força Invisível que Conduz
No entanto, todo o mundo é e sempre foi dirigido pelos desejos das mulheres, porque as mulheres são destinadas pela natureza para inspirar e dar significado às vidas das pessoas que lhes são especiais.
Elas estabelecem objetivos, definem as direções, elas conduzem todos os pensamentos, e fazendo isso, desenham nosso futuro em comum.
No entanto, elas têm perdido a consciência do seu papel e destino e tentam fazer tudo sozinhas.
Nosso mundo é regido pelas leis da natureza, como sempre, e se observarmos atentamente, vemos que em todos os níveis de existência, nenhuma espécie de vida pode existir, ou melhor, viver ou sobreviver por si só.
A existência só é possível através da complementaridade com a "outra metade". Em outras palavras, cada elemento na natureza é sempre um elemento complementar ao seu oposto, e somente juntos podem ser completos e perfeitos. Mesmo no nível vegetativo, a divisão, em partes masculina e feminina, é claramente evidente.
Esta especialização é enraizada em todas as coisas na natureza, e dita que o equilíbrio pode ser alcançado somente se as duas partes, masculina e feminina, interagir corretamente uma com a outra.
Essa lei primordial vem operando em toda a realidade desde o início dos tempos, construindo o nosso mundo em uma ordem estritamente definida, garantindo que a parte "feminina" da realidade defina a direção para onde tudo está indo.
O mesmo se aplica em nossas vidas; embora ultimamente, possa parecer que os papéis masculino e feminino foram misturados.
No entanto, por força da própria fundação da sua natureza feminina, as mulheres (mesmo sem saber) ainda estão conduzindo o mundo através de seus desejos.
A Intuição e os instintos funcionaram razoavelmente bem até o século 20.
Mas como a humanidade chegou ao auge de seu desenvolvimento egoísta, os instintos foram subjugados pelo ego e começaram a trabalhar contra nós.
No século 21, o nosso ego coletivo culminou com a elevação do individualismo e do separatismo.

A conexão positiva coletiva, hoje perdida, em épocas anteriores sustentava as famílias, vilas, estados e nações. Agora, vemos o núcleo da existência humana, a família, em desordem, como evidenciado pela alta incidência de divórcios, uso de drogas e depressão, que exacerba os sentimentos de vazio nas mulheres.

Este elevado e crescente vazio, que também nós estamos encontrando, já não pode ser preenchido pelas “coisas” materiais normais que costumávamos comprar ou fazer.

A humanidade está começando a perceber que a única coisa que vai preencher o vazio é a realização espiritual eterna.

O vazio que mulheres sentem é também a ferramenta que podemos usar para sair deste estado de vazio atual.

As mulheres com seus desejos intrinsecamente guiando o mundo são a força motriz invisível e fundamental para conduzir todos nós para a realização completa e perfeita realização espiritual.

O desejo das mulheres para a realização espiritual abastecerá as mudanças, que são desesperadamente necessárias para que os homens, naturalmente, cumpram a sua parte que é a de trazer o nosso mundo conturbado para a forma correta.

Então nossas partes "a feminina" e "a masculina", em perfeito complemento, irão trabalhar em completa unidade que irá transcender a todos nós para essa nova e bonita realidade!

(Texto extraído do jornal Kabbalah Today – 24ª. Edição, página 6. Tradução a partir do original em inglês que se encontra em: Women, If You Only Knew… )

A Paz que Trago em Meu Peito


A paz que trago hoje em meu peito
é diferente da paz que eu sonhei um dia...
Quando se é jovem ou imaturo,
imagina-se que ter paz é poder fazer o que se quer,
repousar, ficar em silêncio e jamais enfrentar
uma contradição ou uma decepção.

Todavia, o tempo vai nos mostrando que a paz
é resultado do entendimento de algumas lições importantes
que a vida nos oferece.
A paz está no dinamismo da vida, no trabalho,
na esperança, na confiança, na fé...

Ter paz é ter a consciência tranqüila,
é ter certeza de que se fez o melhor ou,
pelo menos, tentou...
Ter paz é assumir responsabilidades e cumpri-las,
é ter serenidade nos momentos mais difíceis da vida.
Ter paz é ter ouvidos que ouvem,
olhos que vêem e boca que diz palavras que constroem.

Ter paz é ter um coração que ama...
Ter paz é brincar com as crianças,
voar com os passarinhos,
ouvir o riacho que desliza sobre as pedras
e embala os ramos verdes que em suas água se espreguiçam...
Ter paz é não querer que os outros se modifiquem
para nos agradar, é respeitar as opiniões contrárias,
é esquecer as ofensas.

Ter paz é aprender com os próprios erros,
é dizer não quando é não que se quer dizer...
Ter paz é ter coragem de chorar ou de sorrir
quando se tem vontade...
É ter forças para voltar atrás, pedir perdão,
refazer o caminho, agradecer...

Ter paz é admitir a própria imperfeição
e reconhecer os medos, as fraquezas, as carências...
A paz que hoje trago em meu peito é a tranqüilidade
de aceitar os outros como são,
e a disposição para mudar
as próprias imperfeições.

É a humildade para reconhecer que não sei tudo
e aprender até com os insetos...
É a vontade de dividir o pouco que tenho
e não me aprisionar ao que não possuo.
É melhorar o que está ao meu alcance,
aceitar o que não pode ser mudado e ter lucidez
para distinguir uma coisa da outra.

É admitir que nem sempre tenho razão e,
mesmo que tenha, não brigar por causa disso.
A paz que hoje trago em meu peito é a confiança
naquele que criou e governa o mundo...
A certeza da convicção de que receberei,
das leis soberanas da vida,
o que a elas tiver oferecido.

sábado, 6 de março de 2010

A Paciência de não retaliar



A paciência, por outro lado, nos ajuda nesta e em todas as nossas vidas futuras. De acordo com as palavras do grande mestre Shantideva:

Não existe mal maior que a raiva
Nem virtude maior que a paciência.

Com paciência, é possível aceitar as dores que nos são infligidas e suportar aborrecimentos e transtornos comuns. Nada perturba nossa paz mental e não experienciamos problemas. Mantemos a paz interior e a tranqüilidade que tornam possível o crescimento de realizações espirituais. Chandrakirti diz que, se praticarmos paciência, teremos uma aparência bonita no futuro e nos tornaremos um ser sagrado com elevadas realizações.

Existem três tipos de paciência:

1. Paciência de não retaliar;
2. Paciência de voluntariamente suportar sofrimentos;
3. Paciência de pensar claramente sobre o Darma.

Paciência de não retaliar
Para praticar esse tipo de paciência, devemos sempre nos lembrar dos perigos da raiva e dos benefícios da aceitação pa-ciente e, logo que a raiva surgir, aplicar imediatamente os métodos para eliminá-la. No início, devemos aprender a suportar dificuldades menores como um insulto ou interferências em nossa rotina. Depois, poderemos aperfeiçoar nossa paciência, até sermos capazes de tolerar graves dificuldades sem sentir raiva.

Ao meditar sobre paciência, podemos recorrer a vários raciocínios que nos ajudam a superar a tendência a retaliar. Por exemplo, quando alguém nos bate com uma vara, não ficamos bravos com a vara, porque ela está sendo empunhada pelas mãos do agressor e não tem vontade própria.

Igualmente, quando formos insultados ou prejudicados, não devemos ficar com raiva do agressor, pois ele está sendo manipulado por sua mente deludida e também não tem escolha. Assim como um médico não ficaria bravo se um paciente febril o insultasse, tampouco devemos nos enfurecer quando os seres vivos, acometidos por delusões doentias, nos prejudicarem. Podemos encontrar muitos argumentos desse tipo nos livros Caminho Alegre da Boa Fortuna e Contemplações Significativas.

Se hoje estamos sendo prejudicados, é porque no passado prejudicamos outros seres; essa é a razão fundamental. Aqueles que hoje nos atacam são meras condições, por meio das quais nosso carma amadurece; a verdadeira causa do problema está em nossa negatividade. Sendo assim, ao retaliar apenas criamos mais carma negativo; um carma que, no futuro, nos fará sofrer ainda mais. Se, ao contrário, aceitarmos pacientemente a ofensa, quebraremos a corrente e saldaremos esse débito cármico específico.

© Geshe Kelsang Gyatso & Nova Tradição Kadampa