quinta-feira, 12 de outubro de 2023

 CORPO PSÍQUICO

Estamos iniciando um novo tema e necessário se faz a nossa atenção no sentido de considerar as narrativas, para que possamos compreender o que se passa longe da nossa visão e junto da nossa expressão íntima moral. Vivas reações se manifestam comumente e nós temos a impressão dessas reações serem de ordem orgânica, física, individual, ou de ordem emocional; então se inicia uma atribuição que foge inteiramente ao conceito de físico e, por isso, ficamos sem explicar com segurança essa expressão emocional, que não é orgânica e sabemos, igualmente, não ser de ordem física. 

O que nos interessa, no momento, são as reações psíquicas, os conhecidos fenômenos psíquicos e que até o momento não foram referidos ou explicados. Cumpre salientar, para a compreensão e entendimento desses fenômenos, existir um corpo fluídico que envolve a estrutura humana e, como temos de nos entender, pois o assunto é vasto, não podemos fazer referência simultaneamente a muitos corpos muitos envoltórios, o que provocaria confusão e dificuldade de interpretação para o conhecimento pormenorizado do que nos empenhamos. Um campo de natureza sutil e  delicada envolve inteiramente o corpo humano como uma redoma de vidro a protegê-lo. Este corpo é vibrante e não pelicular, mas espesso e constituído de filamentos, como se fora uma nuvem de linho brotando da superfície da pele mas, em verdade, um pouco distanciado e, assim, se mantém constantemente vibrando, oscilando, como se fosse tangido pelo ar. 

Outras vezes o corpo em estudo se mantém deformado, mudando a sua coloração, fato que acontece constantemente em pequeninas variações, que seriam quase imperceptíveis, se se a visão humana lograsse ver claramente.  A presença desse corpo com tonalidades e aspectos variáveis, nos diz existir uma viva identificação com o humano, significando assim obedecer ou provocar no humano reações mais ou menos vazias. O que se passa no humano é refletido nesse corpo que de imediato se modifica se retrai, se constrange e muda a sua feição não só na forma como na coloração e na modalidade de filamentos, que se agitam, se encrespam, dando uma feição estranha, particular, agradável ou esquisita, se pudesse ser percebida por um observador humano curioso e dotado de visão especial.

este corpo caracteriza  o campo das emoções e sempre que um pensamento se forma, este corpo se manifesta, opina e como que se ressente. Uma alegria, uma tristeza, uma amargura o faz mudar de expressão e de tonalidade;  este corpo tende a influir sobre a estrutura orgânica, o que acontece não diretamente sobre o físico, mas por intermédio de outros fatores que serão estudados em separado. Este corpo de emoções é o corpo que acompanha o Ser espiritual na sua jornada na vida pela eternidade; é um corpo vital de profunda significação e valia, mas que não representa a totalidade de envoltório do Ser, isto é, da expressão divina dissociada no Todo Universal e adensada, e individualizada, caracterizando assim o Ser ou a individualidade real, como já estudamos anteriormente. Este corpo que estamos estudando é o responsável pelo que nos acontece a todo o instante, significando tratar-se de veículo de identificação com o meio e, assim todos os fenômenos mentais de ordem externa se fazem presentes ao humano por intermédio deste veículo transmissor.   

As alegrias de outrem, as tristezas de outrem,  tangem a sensibilidade mais ou menos delicada deste corpo psíquico. Desta forma o humano toma conhecimento, consciente ou não, do que está passando nas proximidades ou quando alguma coisa,  mesmo ainda distante, tende a se fazer presente. O corpo psíquico é a sede das emoções, dos sentimentos e dos desejos e pode ser estudo com nomes diferentes, mas a verdade é que neste corpo se reflete todas as variações emocionais do meio, e ainda mais, que este corpo é corpo é receptor e transmissor. Um Bem ou um Mal se adensa à sua estrutura, fazendo modificar o seu todo e, como é reversível, quando o humano modifica os seus sentimentos, de imediato este corpo muda de coloração, toma tonalidades estranhas,  esquisita se enrubesce ou tende para uma claridade suave que irradia uma expressão de calma, de tranquilidade comunicativa e brilhante. O meio se ressente ou o meio afeta este corpo em estudo que está sempre vibrando e só muito raramente se mantém aparentemente estacionário. Isto é, esquisito, estranho, pouco admissível, mas de certo modo, para os leigos no assunto conforta e explica um mecanismo desconhecido que frequentemente observamos quando somos tocados, feridos, afetados, pela presença de outrem, pela visita de outrem que amigavelmente nos vem trazer o seu apoio ou a sua cordialidade amiga. Como um hálito que não pode ser evitado, como um odor que não interfere num propósito de bem ou de mal,  assim também as vibrações psíquicas das criaturas humanas afetam o meio, independente dos seus propósitos ou das suas intenções na vida. Frequentemente  somos afetados, vibrados, favoravelmente ou não, significando que sempre a nossa alegria é nossa ou a nossa tristeza é nossa. Nem sempre estamos operando de um modo ativo mas de um modo passivo e assim, ás vezes, somos um transmissor, um radiante de alegrias ou de tristezas, como igualmente nos podemos encontrar na condição de receptividade para esses mesmos sentimentos.

Está mais ou menos compreendida uma Verdade que podemos recordar e que nos diz e nos explica o nosso  estado d'alma -- esquisito, estranho, invadido de amarguras, de tristezas, de pesares, e outras vezes a exuberante alegria, a imensa paz que sentimos invadir o nosso coração. 

Queremos ainda fazer menção aos campos de radiação de outras criaturas que em conjuntos se neutralizam, quando essas vibrações são de  intensidade e ordem semelhantes, compreendendo-se assim que, em certos caso duas criaturas de vibrações homogêneas  não se afetam mutuamente, como se fora dois pêndulos bem próximos, que para se tocarem nas suas variações necessário seria um atraso nas suas amplitudes. Se eles se mantém num ritmo igual, uniforme, não se tocam, não se afetam, porque no caso psíquico que estamos estudando os fenômenos que se manifestam são de ordem vibratória e, por isso, não fogem á lei regular nas manifestações da vida. 

Estamos chamando a atenção para os ambientes, as aglomerações, a presença de criaturas cujo conjunto de vibrações determina uma resultante, e est resultante pode estar em harmonia com a vibração do espectador, como pode estar em oposição, resultando assim um choque íntimo emocional ou pode resultar mesmo alegria, se a posição vibratória deste espectador estiver aquém, abaixo, de resultante referida. 

Sebastião de Lucena Osias      


O PODER DA KABALAH

O CAMINHO DA MAIOR RESISTÊNCIA A maioria das pessoas tende a escolher na vida o caminho de menor Resistência. Buscam as situações fáceis, confortáveis. Mas, estar confortável não gera Luz duradoura. Temos que aprender a fugir de nossas zonas de conforto e mergulhar de cabeça em situações desconfortáveis. É aí que aplicamos a maior Resistência. É verdade, o caminho da maior resistência causa alguma dor e algum desconforto por um momento. Mas é a única maneira de gerar plenitude a longo alcance. Por mais difícil que possa parecer, deveríamos abraçar os problemas e obstáculos, em vez de evitá-los. Eles são as verdadeiras oportunidades para o desenvolvimento espiritual. 

A LEI DO “TIKUN” 

Assim como outras tradições espirituais do mundo todo, a Cabala ensina que cada um de nós vem a este mundo trazendo uma bagagem de vidas passadas. Essa bagagem contém todas as situações nas quais fizemos curtos-circuitos em nossas últimas vidas ou em algum ponto esquecido desta vida. Cada vez que deixamos de resistir ao nosso comportamento reativo, temos que corrigilo em algum ponto no futuro. Este conceito de correção é chamado de "Tikun". Podemos ter um Tikun com dinheiro, com pessoas, com saúde, com amizade ou com relacionamentos. Existe uma maneira fácil de identificar o nosso Tikun pessoal. Tudo o que é desconfortável para nós é parte de nosso Tikun! Todas as pessoas em nossas vidas que realmente nos irritam e nos incomodam também são parte do nosso Tikun. Se achamos difícil dizer não para um vendedor que telefona durante a hora do jantar, este é o nosso Tikun, que precisa ser corrigido. Se temos vergonha de pedir um desconto para um atendente arrogante numa loja de decoração de alto nível, você pode ter certeza que este é o seu Tikun e a sua área de correção pessoal. Se temos dificuldades em enfrentar um funcionário ou um empregador, a causa raiz pode ser encontrada no conceito de Tikun. [93] Quando deixamos de fazer uma correção através de resistir ao nosso comportamento reativo, da próxima vez se torna mais difícil corrigir, nesta área específica. 

Esta característica reativa em particular fica mais forte. Nosso adversário fica mais forte. Não apenas temos que enfrentar o problema novamente, mas será mais difícil emocionalmente ativar a Resistência. E a próxima vez não significa necessariamente na próxima vida; as mesmas correções podem aparecer repetidamente em nossas encarnações atuais. Algumas vezes é um pouco fácil demais culpar o comportamento em vidas passadas pelos problemas nesta vida. Nós geralmente fazemos coisas más suficientes aqui mesmo para justificar o caos que nos aflige. Esta é a razão espiritual porque os mesmos problemas voltam a ocorrer. Eles podem muito bem se manifestar através de pessoas ou de situações diferentes anos depois, mas fundamentalmente é o mesmo problema se repetindo uma vez atrás da outra. Buscar o conforto e evitar o nosso Tikun produz gratificação e alívio momentâneo, mas está ligado ao caos de longo prazo. De forma oposta, quanto maior o obstáculo, maior a Luz em potencial. Com esta nova compreensão, não podemos mais ser vítimas. Não podemos mais lamentar as dificuldades, os problemas e as circunstâncias desconfortáveis que nos confrontam, não importa o quanto isto possa nos fazer sentir bem, porque todas essas dificuldades estão presentes para atrair a Luz eterna da plenitude para as nossas vidas. Mas antes, há uma situação de Tikun que exige ser corrigida.

sábado, 25 de fevereiro de 2023

 A RETALIAÇÃO ALEMÃ

A Alemanha embargou a venda de tanques Guarani do Brasil para as Filipinas. Os alemães alegaram que foram usadas peças do país na fabricação dos tanques e para a venda carecem de autorização especifica. Desta forma, a venda de 24 unidades do blindado Guarani, desenvolvido pelo Exército Brasileiro foi atropelada pela decisão germânica.

No mês passado o Chanceler alemão Olaf  Scholz, visitou os principais interlocutores do Mercosul buscando a integração com a União Européia. A Ministra alemã da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento Svenja Schulze nos prometeu uma doação superior a 200 milhões de euros (R$ 1,1 bilhão) para o Fundo Amazônia. A extensa planilha contemplada nas negociações é altamente significativa, principalmente para o Brasil que é o maior expoente do Mercosul. Os alemães buscam nesse acordo conter o avanço e a influência chinesa que prospera na região.

Mas, logo após a visita da missão alemã a América do Sul a Alemanha concordou com o envio de tanques Leopard 2 para a Ucrânia para conter a invasão russa. No entanto, o pedido formulado pela OTAN colheu o governo alemão de surpresa e, com falta de equipamentos para municiar os tanques. Diante disso, ele teve que se voltar para os países que têm esse equipamento, dentre os quais o Brasil.

O mesmo pedido foi formulado ao governo Bolsonaro em abril/2022, quando também foi repelido. A questão da recusa de Bolsonaro era política mas não ideológica, enquanto a de Lula é de cunho ideológico com um Viés político. Bolsonaro era pró-Putin porque este era contra a OTAN/USA de Joe Biden. Este não apoiava Bolsonaro porque ele era adepto de Trump, adversário de Joe Biden. Lula tem o apoio de Joe Biden porque é contra Bolsonaro/Trump.

A recusa de Lula está calcada na bandeira que levantou pretendendo negociar a paz entre os envolvidos na guerra. Se ele envia a ajuda pretendida pela Alemanha, estará se definindo politicamente e isto sepultará a sua proposta pacifista. Por outro lado, ideologicamente ele está mais para Putin do que para Biden. Mas, o apoio de Biden é fundamental para ele enquanto o de Putin pouco ou nada significa. Se Lula lograr êxito na negociação da paz, isto irá alcandorá-lo ao patamar de liderança mundial. Mas, a Alemanha não vê as coisas sob este prisma e vê a recusa de Lula uma  recusa ao  encilhamento alemão. Se Lula adere a essa proposta isso poderia significar uma guinada entre os países latinos pró-Ucrânia e a guerra, por via de consequência.

O cenário nessa região está um tanto instável. As Filipinas já foram ocupadas pelos EUA após a guerra com a Espanha, que também colocou Cuba como algo parecido com um protetorado americano, até o advento de Fidel e seus corsários. Esta é a razão da sua cultura ser fortemente marcada pelas culturas espanhola e americana.  Atualmente, com a exacerbação do affaire China/Taiwan, os EUA virou os olhos para as Filipinas onde já mantém 5 bases militares e agora pretende instalar mais quatro, provocando apreensão entre os militares chineses. As ilhas Filipinas  dista pouco mais de 3 mil km da China e algo em torno de 1.200km de Taiwan. Portanto, as preocupações chinesas,  com a presença americana nas ilhas vizinhas, faz sentido.  A proposta americana visa a utilizar as Filipinas como uma ponte para acuar a China, e este é o papel desenvolvido hoje pela Ucrânia que foi a razão da reação russa.

Quando Lula levou a Joe Biden a sua proposta para negociar a paz na guerra da Ucrânia, não obteve nem um amistoso sorriso. Nota-se que este tema não tem espaço na agenda americana e de seus aliados europeus. A guerra na Ucrânia é um trunfo americano para forçar o desgaste da Rússia, enfraquecendo o seu mais visível inimigo.

A retaliação alemã que pode se estender a Embraer, tem por finalidade demonstrar a insatisfação com a recusa de Lula e poderá, outrossim, levar a proeminência do intercâmbio Mercoul/União Européia para os braços de uma Argentina, que serviria como uma quilha contra a insubordinação de Lula. Neste caso, passaríamos para o segundo plano e a Argentina entraria em ascenção. Este foi o procedimento dos EUA com a Coréia do Sul em relação à Coréia do Norte; Taiwan com a China; Alemanha Democrática em relação à Alemanha Federal. Também poderá significar um desgaste do atual governo Lula que se ampara numa débil aprovação da comunidade internacional que aceita cum grano salis, o seu governo com lenço vermelho.

terça-feira, 10 de janeiro de 2023

A Política da Globo
Fernando Henrique Cardoso  foi Presidente da República por dois mandados. Na verdade, foi um imperador; reinou no país desde quando chegou e levantou a questão da reeleição, via Serjão, o seu lugar-tenente.
Mas, FHC foi amplamente apoiado pela Rede Globo, reconhecida pelo muito que dele recebeu, inclusive uma massiva injeção de recursos que a livrou de um pedido de falência que a ameaçava desde Nova York.
Depois que Lula chegou a presidência pelas mãos do seu vice José de Alencar, fruto da aliança com o Partido Liberal. Ele se mostrou tanto ou mais generoso do que FHC.  Isto possibilitou que o seu governo navegasse em calmaria por dois mandatos e ainda fizesse a sua sucessora, Dilma Rousseff. Na reeleição de Dilma, a direita estava decidida  retomar a presidência e o escolhido para isso foi Aécio Neves. Por via das dúvidas, engataram Michel Temer como candidato a vice na chapa da Dilma.
Michel Temer pertence ao MDB de onde saiu FHC após  fundar o PSDB. Portanto, falam a mesma língua e ideologicamente são fabianos*   de corpo e alma.
O projeto Aécio fracassou e Dilma foi reeleita levando consigo o "ovo da serpente". Bonner  profetizou da sua trincheira: vamos bater até ela cair. E bateram até ela cair ... e morrer politicamente.
The game is on again: Lula volta à arena politica e leva consigo o ex-adversário Geraldo Alckmin, fiel escudeiro de FHC. Portanto,  Alckmin é a esperança da Globo que, com a derrocada do seu ungido Sérgio Moro, entra com o plano B.
Seja qual for o desfecho dos acontecimentos que estão em andamento no nosso conturbado cenário político, Lula não terá como levar o seu governo adiante. Ele terá que renunciar ou será deposto, via impeachment. E desta  forma, o fabianismo estará de volta.

*Sociedade Fabiana

terça-feira, 5 de julho de 2022

 

A Espiritualidade na Maçonaria

Ritual de Iniciação:

Pergunta o  Ven.: M.:

- Senhor ... nos extremos lances de vossa vida, em quem depositais a vossa confiança?

O Candidato responde: – Em Deus!

Acrescenta então, o Ven.: M.: Pois que confiais em Deus, levantai-vos e segui, com passo seguro, o vosso guia e nada receeis.

 

O Candidato estava com os olhos vendados, demonstrando o seu alheamento das trevas do materialismo que lá fora ficaram. Ele agora caminha em direção a verdadeira Luz. Este guia que ele segue na ritualística, destina-se a protege-lo enquanto caminha, ainda, nas trevas da matéria. Mas, no plano etéreo ele está protegido pelo seu Guia Espiritual. Este guia o ajudará a progredir na Ordem, levantando Templos à Virtude e Cavando Masmorras ao Vício. É de supor que aqui num Templo Maçônico, este guia Espiritual que lhe será destinado, seja de um irmão na Espiritualidade com gabarito suficiente para orientá-lo e velar pelo seu progresso espiritual dentro da Ordem.

 

Caso o Candidato tenha sido devidamente instruído e todos os presentes estejam imbuídos do verdadeiro significado da Iniciação, crendo efetivamente no seu papel transcendente, a Iniciação será um marco de extrema importância na vida do Candidato. Este, que agora ornamenta a Coluna do Norte, terá doravante a certeza de que houve uma ruptura em sua vida. Ele saberá que o homem profano, materialista e, via de regra, refratário às coisas sagradas que transcende o materialismo vulgar, morreu ao adentrar no Templo. Deste Templo saiu um novo homem, espiritualizado e ciente do seu papel na sociedade, compenetrado da sua responsabilidade para com a Pátria e para com a humanidade. Este é o iniciado – Maçom.

 

É algo que salta aos olhos de qualquer Maçom, as raízes esotéricas e espiritualistas da nossa Ordem. Por outro lado, ela se vê possuída nos tempos modernos por um materialismo rasteiro que, solapando a sua nobre tradição, lhe impregna a descrença próxima do ateísmo. Esta postura que lhe impregnaram por descuido dos verdadeiros maçons, desidrataram a árvore frondosa da sua seiva rica e poderosa. Urge que recuperemos a nossa antiga tradição e a libertemos dos braços da Hidra que a consome. Assim denuncia a pesquisadora e ocultista Isabel Cooper – Oakley, na sua obra Maçonaria e Misticismo Medieval: “Á medida que se aprofundam as pesquisas relativas à História da Maçonaria, parece cada vez mais provável que o movimento maçônico, para nos expressarmos de modo geral ... a base desse movimento era e é desconhecida de todos aqueles que definitivamente não reconhecem uma direção espiritual ... mas para o estudante de Teosofia que também o é de Maçonaria, torna-se sempre mais evidente que os movimentos comumente chamados maçônicos têm suas raízes naquele vero misticismo ... daquela Hierarquia espiritual que dirige a evolução do mundo; e que ... existe, ... um ensinamento místico na Maçonaria àqueles que olham para além da superfície”. Poderíamos dizer: para o além-do-homem, como diz Nietszche.

 

Destarte, cumpre adiantar que não retiramos coisas da imaginação, tão-somente, mas pesquisadores mais argutos já detectaram a existência da via espiritual dentro da Maçonaria, a via da direita que nos conduz à verdadeira Luz. Cumpre a nós descobrir o Véu de Ísis e resgatar o lado mais puro e nobre da nossa Ordem. Em algum lugar do passado deixamos nos envolver pelas intrigas políticas do mundo material e, com isso, deixamos esta via da espiritualidade e nos entregamos ao materialismo tosco, com as suas mazelas e seus erros.     

 

Dirão alguns, que a nós cumpre velar pelos valores democráticos e lutar contra o obscurantismo que escraviza a humanidade. Este é um posicionamento tipicamente materialista, herético e ateu. Na nossa pretensa capacidade de mudar o mundo usurpamos o poder daquele que nos governa e o dirige:  O Grande Arquiteto do Universo!

 

Disse um dos nossos irmãos do passado “que cada povo tem o governo que merece”. Estes dizeres do irmão Joseph de Maistre, nada tem a ver com a matéria. Ele está dizendo que o merecimento que nos dá o direito de termos governos bons que nos proporcionam uma vida feliz ou o mais próximo disso. São as nossas vitórias sobre nós mesmos, com o desbastar da pedra bruta. Este desbastar que começa em nós e nos impulsiona em direção ao próximo que está em situação de sofrimento, para ajudá-lo a soerguer-se, amparando-o na jornada, é o que recebe os aplausos das hostes celestiais. E ainda que o resto do mundo permaneça debaixo de tempestades e trovoadas, nós estaremos protegidos pela Espiritualidade que quitou os nossos débitos com o desbastar da nossa pedra bruta.

Tenhamos em mente que a matéria é, como dizem os Hindus, maya, a ilusão. O trabalho do iniciado começa pelo desapegar da matéria e isso envolve o acreditar que ela tenha algum poder. O poder dela cessa quando surge o Poder do GADU. Ele impõe a Ordo ab chao ou a ordem no caos. E se preferirem a outra vertente, podemos dizer que no caos ou no mundo da matéria tem uma ordem que a governa. Essa ordem que governa o mundo da forma, é feita sob o império da tirania, da ânsia pela dominação. Pelas punições e vinganças que se eternizam enquanto durar a persistência no erro. Pois, como disse Santo Agostinho, “Criaste-nos para vós Senhor, e o nosso coração vive inquieto enquanto não repousa em Vós”. Esse retorno do homem à senda da Luz, é o desforço expendido pelo irmão Martinez de Pascqually, na sua obra Tratado da Reintegração dos Seres. Destarte, a boa índole do iniciado o tornará receptivo às instruções do seu Guia Espiritual, que estará sempre lhe passando instruções e corrigindo-o nas suas falhas para que ele doravante não se desvie do caminho da verdadeira Luz.

No Eclesiastes Cap. 12

Antes que se quebre o cordão de prata, e se despedace o copo de ouro, e se despedace o cântaro junto à fonte, e se despedace a roda junto ao poço;

E o a volte à terra, como o era, e o bespírito volte a Deus, que o cdeu.

Vaidade ... vaidade, diz o pregador, tudo é vaidade.

 

Antônio Amâncio de Oliveira.’.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

Rússia - Ucrânia - EUA - Cuba
Em 1963 a Rússia começou sub-repticiamente a montar uma base de mísseis em Cuba. Em princípio,  nada havia de ilegal. Cuba concordava,  era em seu território,  Cuba era um país soberano, até porque os EUA já haviam implantado por lá um campo de concentração ao qual eles chamam de Base de Guantánamo e, com isso,  afrontando a soberania cubana. Portanto,  nada impedia a implantação da base. Exceto o fato de Cuba estar debaixo da janela da Flórida. 
 O então Presidente John Kenedy determinou o bloqueio naval da ilha e exigiu a retirada dos mísseis. A Rússia recuou, retirando os mísseis. 
Nos anos 90, com a debâcle econômica da  URSS e com o  consequente enfraquecimento da Rússia, os EUA viram o momento de avançar com o seu processo de encilhamento. Atraíram para compor a OTAN os países bálticos: Estônia,  Letônia e Lituânia. Até então,  aliados da Rússia,  e que agora apeavam da aliança no momento em que o aliado estertorava.  
A OTAN foi criada em princípio para conter o avanço russo, mas em verdade essa colocação  já está ultrapassada desde a guerra da Sérvia e  o seu  envolvimento na esfacelacão da Iugoslávia. A OTAN e o seu alter ego os EUA, tem claras idéias expansionistas, sempre fiéis a Doutrina do Direito Manifesto. A Ucrânia quebra os acordos de não-agressão ao pretender aderir a um inimigo virtual da Rússia.  Ninguém duvida que se  a Ucrânia ingressar na OTAN,  o seu território será militarizado para servir aos interesses dos EUA, assim como está ocorrendo nos Países Bálticos. Se a Ucrânia aderir à OTAN o próximo passo será a cooptação da Geórgia, depois virá a Armênia e o cerco irá se fechando. 

Aamâncio                                          
Pós-Graduado Lato Sensu em Ciências Políticas pela AWU - American Word University

 https://carreiradoadvogado.com.br/2020/09/16/inventario-de-imovel-financiado/

domingo, 2 de janeiro de 2022

 

Vale do Amanhecer, símbolo de sincretismo religioso, atrai milhares de visitantes

Cerca de 5 mil pessoas frequentam semanalmente a doutrina fundada por Tia Neiva, em busca de curas e tratamentos espirituais


. Foto: Mary Leal

BRASÍLIA (6/12/13) – Reconhecida como a primeira manifestação religiosa criada junto com o Distrito Federal, o Vale do Amanhecer, em Planaltina, reúne constantemente milhares de pessoas em busca de curas e tratamento espiritual, na doutrina fundada pela clarividente Neiva Zelaya – a Tia Neiva.
 

O sincretismo religioso é a principal marca dos ritos, que têm influências cristãs, das religiões afro-brasileiras, e até símbolos baseados em crenças orientais, incas, maias e egípcias, tudo praticado por uma comunidade de mais de mil médiuns.
 

“As pessoas buscam aqui, principalmente, uma cura para as aflições, depois de terem procurado em vários lugares. Elas chegam como se fosse sua última oportunidade e encontram esse sincretismo religioso, que tem um pouco de tudo que já buscaram”, contou o coordenador de Relações Públicas do Vale do Amanhecer, João Flausino, à Agência Brasília.
 

A estimativa da Gerência Regional do Vale é de aproximadamente 5 mil frequentadores, por semana, no local. Quartas-feiras, sábados e domingos costumam ser os dias mais visitados, pois é quando todos os trabalhos oferecidos pela doutrina estão disponíveis aos interessados.
 

Curas espirituais para problemas físicos, passes e conselhos mediúnicos estão entre os mais procurados. Contudo, os visitantes sempre passam primeiro pelas orientações dos espíritos de luz – entidades que, incorporadas nos médiuns, indicam o trabalho de que a pessoa mais precisa naquele momento.
 

O pintor Francisco Ferreira, 33 anos, foi ao espaço pela primeira vez há 20 anos para curar um problema que sofria nas pernas. Hoje, não apenas consegue andar normalmente como se tornou um dos seguidores mais assíduos, inclusive, contribuindo nas assistências mediúnicas.
 

“Procurei os médicos e nenhum deles conseguiu resolver meu problema. Então pedi aos meus pais para vir ao Vale do Amanhecer. Aqui, o mentor preto velho me disse que era um problema espiritual e que eu precisava fazer os trabalhos, só então que eu consegui melhorar”, relatou Francisco.
 

Para a professora do Departamento de Psicologia Social da Universidade de Brasília (UnB), Ana Lucia Galinkin, a possibilidade de os médiuns atenderem diretamente os pacientes e darem uma assistência direcionada aos visitantes torna a doutrina ainda mais atraente ao público.
 

“(Os médiuns) são agentes ativos no processo de tratamento das pessoas que buscam solucionar seus problemas. Isso traz uma satisfação pessoal aos visitantes, que se sentem mais próximos e reconfortados daquilo que irá ajuda-los”, explicou.
 

SÍMBOLOS – Localizado em uma área de 10 mil m², o lugar logo se transformou em ponto turístico de Planaltina, devido à grandiosidade da estrutura e dos seus mais diversos símbolos religiosos.
 

Entre eles estão a estátua do Pai Seta Branca – índio tupinambá que em vida passada teria sido São Francisco de Assis -, uma pirâmide egípcia e uma estrela construída em um lago imenso, no ponto chamado Estrela Candente.
 

Tia Neiva passou a designar seguidores para erguer outros locais de cura espiritual, a começar por Unaí (MG) e Alvorada do Norte (GO). Contudo, a Estrela Candente é firmada apenas em alguns templos, pois somente com ela podem ser feitos todos os trabalhos descritos por Neiva.
 

Agora, a doutrina nascida em Brasília ultrapassou as suas origens. Segundo a Gerência Regional do Vale do Amanhecer, atualmente existem mais de 600 templos ativos em todo o Brasil e em países da América Central.
 

HISTÓRIA – Mãe de quatro filhos, viúva e caminhoneira, Neiva Chaves Zelaya recebeu o convite de Bernardo Sayão para trabalhar na construção de Brasília. Quando veio ao local, que mais tarde seria a cidade do Núcleo Bandeirante, ela começou a realizar seus trabalhos mediúnicos.
 

Em 1958, já conhecida como Tia Neiva, deixou a cidade com os filhos e outras famílias e fundou, em 8 de novembro de 1959, a União Espiritualista Seta Branca (UESB), na Serra do Ouro, próximo a Alexânia (GO).
 

Finalmente, Tia Neiva e seu grupo chegaram ao Morro da Capelinha, em Planaltina, onde demoraram dez anos para construir o atual templo. E então, o Vale do Amanhecer, como é conhecido hoje, foi fundado, em 9 de novembro de 1969.


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