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Brasil tem mais de 300 mil servidores federais parados

Pedidos de grevistas vão da redução da jornada de trabalho até reajustes salariais
Do R7

O brasileiro já sente na pele o impacto das greves dos servidores públicos federais que se espalham pelo País. As dificuldades vão desde marcar uma consulta médica no INSS (Instituto Nacional de Seguro Social) até frequentar as salas de aula das universidades públicas.

Um levantamento do R7 aponta que, pelo menos, 330 mil funcionários públicos estão de braços cruzados e esperam por uma posição do governo para voltar às atividades. As reivindicações vão desde os reajustes salariais até a contratação de novos servidores e redução da jornada de trabalho.

As paralisações atingem as áreas da saúde, educação, segurança pública e até a previdência. Veja abaixo quais categorias estão paradas e quais os principais pedidos
 
Mapa da greve dos servidores públicos federais
Paralisação atinge áreas da saúde, educação, previdência e segurança
Polícia Federal
Servidores 9.000
Em greve 7.000
Salário médio de agente R$ 9.700
Salário médio de delegado R$ 16,5 mil
Reivindicações: reestruturação de carreira com equiparação salarial aos demais cargos de nível superior do Executivo, como auditor da Receita Federal e AGU (Advogacia-Geral da União), que terminam as carreiras com salário médio de R$ 16 mil.
 
Polícia Rodoviária Federal
Servidores 9.100
Em greve Apenas os agentes do Piauí
não aderiram ao movimento.
Salário médio R$ 6.800
Reivindicações: reestruturação salarial e da carreira, realização de novos concursos, aumento do efetivo, reconhecimento do nível superior, além do aumento dos auxílios alimentação, saúde, creche e transporte.
 
Professores de Universidades Federais
Servidores Cerca de 68 mil (56 das 59
universidades estão paradas)
Em greve Não divulgado
Salário médio R$ 8.601
Reivindicações: reestruturação da carreira docente, melhoria nas condições de trabalho e reajuste salarial de 22%.
 
Funcionários de universidades federais
Servidores 182 mil
Em greve Somente 30% cumpre
expediente realizando
serviços essenciais.
Salário médio R$ 1.034,59
Reivindicações: reajuste salarial de 25% e aumento do piso de 22,8%.
 
Servidores da Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social
Servidores 230 mil
Em greve 70 mil
Salário médio R$ 4.500
Reinvindicações: equiparação salarial com o INSS, que tem piso de R$ 6.000, plano de carreira
e aumento no ticket alimentação.
 
Analistas da Receita Federal
Servidores 7,5 mil
Em greve Somente 30%
estão prestando
serviços essenciais.
Salário médio R$ 7.996
Reivindicações: aumento salarial de 30% para 2013 e 25% para 2014 e 2015.
 
Auditores da Receita Federal
Servidores 11,5 mil
Em greve Entre 80% e 90%
aderiram a
movimento grevista.
Salário médio R$ 16,5 mil
Reivindicações: reajuste salarial e recomposição da inflação de 30,19%
 
Servidores do INSS
Servidores 36,1 mil
Em greve Não divulgado
Salário médio R$ 2.700
Reivindicações: reajuste salarial, jornada de trabalho de 30 horas semanais e contratação de novos servidores
 
Fonte: sindicatos e CSPB (Confederação dos Servidores Públicos do Brasil)

 

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Mensalão foi mentira de Roberto Jefferson para derrubar José Dirceu, admite advogado

12/8/2012 13:16,  Por Redação - de São Paulo

Jefferson
Roberto Jefferson teria inventado a história para se vingar de Dirceu
O julgamento da Ação Penal 470, apelidado de ‘mensalão’ pela mídia conservadora, sofrerá nesta segunda-feira a sua maior reviravolta. Advogado do deputado cassado Roberto Jefferson, autor da denúncia de compra de votos por parte de um esquema audacioso, montado para que o Partido dos Trabalhadores (PT) permanecesse indefinidamente no poder, segundo a tese do ‘mensalão’, Luiz Francisco Corrêa Barbosa dirá à Superma Corte que tudo não passou de uma mentira, de uma invencionice de seu cliente. Os recursos entregues pelo PT ao PTB, no total de R$ 4 milhões, eram, na verdade, o cumprimento de um acordo para financiamento de campanhas municipais em 2004.
Corrêa Barbosa adiantou a sua linha de defesa do cliente em uma entrevista publicada neste domingo em um portal da internet. O advogado confessa que a tal mesada, supostamente paga a parlamentares, foi “objeto de coação”. Jefferson, que se dizia pressionado pelo partido, criou a palavra como figura retórica para se vingar de seus algozes. O segundo conceito é o caixa 2, como já admitido por réus, como Delúbio Soares. Com essa confissão pública, Jefferson derruba a tese central da peça de acusação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, estruturada em mais de cinco horas de leitura, no início do julgamento, sobre as mentiras do ex-parlamentar petebista.
Barbosa criticou, ainda, as falhas na denúncia de Gurgel. Segundo ele, a defesa do operador do ‘mensalão’, Marcos Valério, feita pelo advogado Marcelo Leonardo conseguiu desconstruir a tese do procurador-geral.
– A casa caiu! – exclamou, em entrevista ao portal iG.
Jefferson
Corrêa Barbosa, advogado de jefferson, seguirá a mesma linha da defesa de Delúbio Soares, de que o esquema não passava de caixa 2
Segundo o advogado, “ele (Leonardo) indicou provas em juízo, ao crivo do contraditório, que não são aquelas que indicou o procurador-geral (da fase pré-processual e em tese sem validade, conforme a defesa dos réus no processo). Essa ação penal vai terminar com um festival de absolvições porque não tem provas contra quase ninguém”. Barbosa também ratificou que Roberto Jefferson de fato recebeu R$ 4 milhões do PT. Na época, o PTB negociou com o PT a concessão de R$ 20 milhões. Segundo a defesa do petebista, esse dinheiro serviu para o custeio das campanhas municipais de 2004. A defesa de Jefferson nega que o depósito de R$ 4 milhões foi utilizado para a compra de apoio político do partido visando a aprovação da reforma da previdência.
– Não há um elemento de prova no processo a não ser a palavra dele (Roberto Jefferson) de que ele recebeu esses R$ 4 milhões – revela.
Na entrevista em vídeo concedida ao iG, Barbosa confirma que também vai defender, em favor de Jefferson, a mesma tese apresentada pela defesa do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, entre outros, segundo a qual o pagamento de congressistas denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR) não passou de um mero esquema de Caixa 2 (pagamento de despesas de campanha não declaradas à Justiça Eleitoral).
Na semana passada, o presidente do PTB já fez essa revelação ao dizer “José Dirceu me derrubou, mas livrei o Brasil dele”. Essa “vingança” mobiliza o debate político no Brasil há sete anos e boa parte da acusação de compra de votos está ancorada no testemunho de um personagem que, agora, desdiz tudo o que havia dito.
http://correiodobrasil.com.br

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