quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

Rússia - Ucrânia - EUA - Cuba
Em 1963 a Rússia começou sub-repticiamente a montar uma base de mísseis em Cuba. Em princípio,  nada havia de ilegal. Cuba concordava,  era em seu território,  Cuba era um país soberano, até porque os EUA já haviam implantado por lá um campo de concentração ao qual eles chamam de Base de Guantánamo e, com isso,  afrontando a soberania cubana. Portanto,  nada impedia a implantação da base. Exceto o fato de Cuba estar debaixo da janela da Flórida. 
 O então Presidente John Kenedy determinou o bloqueio naval da ilha e exigiu a retirada dos mísseis. A Rússia recuou, retirando os mísseis. 
Nos anos 90, com a debâcle econômica da  URSS e com o  consequente enfraquecimento da Rússia, os EUA viram o momento de avançar com o seu processo de encilhamento. Atraíram para compor a OTAN os países bálticos: Estônia,  Letônia e Lituânia. Até então,  aliados da Rússia,  e que agora apeavam da aliança no momento em que o aliado estertorava.  
A OTAN foi criada em princípio para conter o avanço russo, mas em verdade essa colocação  já está ultrapassada desde a guerra da Sérvia e  o seu  envolvimento na esfacelacão da Iugoslávia. A OTAN e o seu alter ego os EUA, tem claras idéias expansionistas, sempre fiéis a Doutrina do Direito Manifesto. A Ucrânia quebra os acordos de não-agressão ao pretender aderir a um inimigo virtual da Rússia.  Ninguém duvida que se  a Ucrânia ingressar na OTAN,  o seu território será militarizado para servir aos interesses dos EUA, assim como está ocorrendo nos Países Bálticos. Se a Ucrânia aderir à OTAN o próximo passo será a cooptação da Geórgia, depois virá a Armênia e o cerco irá se fechando. 

Aamâncio                                          
Pós-Graduado Lato Sensu em Ciências Políticas pela AWU - American Word University

 https://carreiradoadvogado.com.br/2020/09/16/inventario-de-imovel-financiado/