MAÇONARIA

http://www.masonic.com.br/trabalho/trabalho.htm

                                              O OLHO QUE TUDO VÊ

Dentre os símbolos da maçonaria, ganha destaque o  “Olho que tudo vê”,  por se tratar de um símbolo muito antigo e, ao lado do Esquadro e do Compasso, ser o mais conhecido e identificado  pelos profanos como símbolo maçom.  O Olho que tudo vê surgiu no Egito antigo onde também ficou conhecido como o Olho de Hórus. Hórus é uma divindade do Panteão Egípcio que compõe a Trindade, juntamente com seus pais:  Osíris e  Ísis.  Ele é personificado por um falcão e esta ave,  como é sabido, é reconhecida pela sua excelente visão.  Segundo o mito, Hórus luta com Seth, a divindade do mal  que matou seu pai. Nessa luta Seth arranca o Olho  esquerdo de Hórus que simbolizava a Lua, enquanto o direito simbolizava o Sol. Esta é a razão porque o Olho que tudo vê, é um olho esquerdo.  Anteriormente, ele foi chamado de  o olho de Rá, simbolizando a realeza.
O Olho que Tudo Vê também era o símbolo da Casa da Luz, onde se praticava os mistérios, a religião esotérica dos egípcios.  Os mistérios eram ensinados  e praticados na Casa da Luz, onde se formava a casta sacerdotal. A família real também era iniciada nos mistérios  onde aprendiam a  Arte Real, enquanto os sacerdotes aprendiam a Arte Sacerdotal. A importância do que ali se praticava nos é mostrado pela Bíblia Sagrada, Moisés  por  ter sido adotado por uma princesa, era membro da família real. Nessa qualidade, ele foi iniciado nos mistérios,  mas como não estava na linha sucessória, ele aprendeu os mistérios da Arte Sacerdotal. Durante o  epsódio  conhecido como as Pragas do Egito, Moisés se apresenta perante o Faraó exigindo a libertação do seu povo. Ele ameaça o Faraó e este para mostrar o seu poder chama o seu sacerdote. O sacerdote  atira o seu cajado no chão e ele se transforma numa serpente, Moisés  atira o seu cajado ao chão e ele se transforma numa serpente que engoliu a serpente do sacerdote.  Perante a Bíblia o ato do sacerdote é feitiçaria enquanto o de Moisés é milagre. Na verdade, ambos vieram da mesma escola e nela aprenderam a  Arte Sacerdotal.
No Cristianismo e, especialmente  na Igreja Católica, o  símbolo do Olho que tudo vê  é estampado dentro de um triângulo, que simboliza a Santíssima trindade e  é reconhecido como o olho de Deus. A identificação com o símbolo egípcio soa evidente!
Na maçonaria este símbolo está dentro de um delta,  conhecido como o Delta Radiante. Numa outra composição,  o olho é substituído pela letra Yod  que é a inicial do nome inefável de Yahvé, ou Javé na forma aportuguesada.  Javé é para nós o Grande Arquiteto do Universo e, sendo ele a sabedoria suprema, tem todo o conhecimento. Daí  porque, a sua  substituição pela a do Olho que tudo vê, representa a mesma coisa.
O supremo conhecimento divino  é para os gregos a Gnose,  o que nos leva à identificação dos símbolos: o Olho que tudo vê  com  a letra G estampada dentro do Esquadro e do Compasso entrecruzados, simbolizando um outro símbolo,  o dos dois triângulos entrecruzados do axioma de Hermes Trismegistus, cuja tradução é: Assim como é em cima é em baixo; o microcosmo é igual ao macrocosmo. Isso nos lembra  a semelhança da configuração do átomo (micro)  e o sistema solar (macro): elétrons e nêutrons girando em torno de um núcleo e os planetas e satélites girando em torno do sol. Também nos lembra  a criação do homem, quando Deus diz: Façamos o homem à nossa imagem e semelhança, o micro (homem)  semelhante ao macro (Deus). O que também  é  dito  no Livro dos  Salmos Capitulo 81:6 e confirmado por Jesus Cristo  no Evangelho de João capítulo 10:34: Vós sois deuses.
O  Olho Que tudo Vê,  ilustra o Grande Selo dos EE.UU. e a cédula de 1 dólar. Nestes é visto uma pirâmide cortada no topo e mais acima um delta com o Olho Que Tudo Vê dentro.  O símbolo está a significar que a obra ainda não está concluída; a matéria ainda domina o espírito e só após a sua lapidação, livre das impurezas da matéria é que o homem poderá ascender, limpo e puro até a divindade  de onde faz parte, unindo a pirâmide ao seu topo.  Esta também é a obra que ficou inconclusa  na construção da Torre de Babel, quando o homem, ainda impuro, pretendeu ascender  até o Grande Arquiteto do Universo.
Na religião egípcia, o Deus Osíris presidia o julgamento dos mortos. Hórus era incumbido de lhe fornecer todos os registros dos atos daquela alma. Dessa forma, era possível sopesar o que ela fez de bom e o que fez de ruim  durante a sua existência terrena. Isso iria decidir se a alma seria condenada  ou estaria salva. O coração do falecido era pesado na balança de Osíris e o peso de suas más ações ou das boas decidiriam  o seu destino final.
O olho que tudo vê, mantém os homens informados das ações escondidas dos seus semelhantes,  tal fato se dá mediante o que nós conhecemos por intuição. Através dela, aquilo que é feito às escondidas acaba sendo descoberto e trazido à luz. Isso nos trás a certeza de que nunca estamos sós.  Na Maçonaria, ele nos recorda a vigilância que é mantida sobre a nossa conduta. Ele nos esclarece que podemos enganar os homens, mas jamais enganaremos o Grande Arquiteto do Universo. O Olho que tudo vê nos acompanha, mantendo a vigilância sobre nós.  Ele  simboliza a Divina Providência e,  por isso mesmo,  também registra o que fazemos de bom e vela pela nossa justa recompensa.  Maçonicamente  falando, as nossas boas ações é que irão nos indicar para o aumento de salário como operários da grande obra do Grande Arquiteto do Universo.


Antônio Amâncio de Oliveira
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https://sites.google.com/site/portaldemaconaria/trabalhos-e-pesquisas/mestre/luvas-na-maconaria

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LIVRE E DE  BONS COSTUMES

 Sendo a pessoa honesta consigo mesma, ela será honesta com toda a sociedade. Mas, se ela não é honesta consigo não poderá ser com os demais. Eis que, a honestidade nasce do íntimo e se projeta no exterior. O inverso, a aparência honesta na sociedade sem que a seja consigo, demonstra a hipocrisia, a manifestação de uma coisa que não é verdadeira. Essa manifestação exógena não tem raíz no íntimo da pessoa. Por essa razão, ela não traduz nada sério, falta-lhe a solidez. Somente as manifestações que traduzem o que nos vai no íntimo são sólidas e dignas de fé. Quando encontramos a pessoa que demonstra a sinceridade, ou seja: a sua manifestação externa tem a contrapartida no seu íntimo, então estamos diante de uma pessoa honesta. Esta é correta no seu proceder e merecedora de confiança.
O hipócrita não apenas finge ter virtudes que não possui, ele tem uma atuação mais nefasta quando imputa aos outros os defeitos que trás dentro de si. O fato deve-se à sua crença de que, não sendo honesto, portanto os demais também não o são. Para ele ninguém é possuidor de virtudes, eles apenas fingem tê-las. Tal indivíduo estará sempre com um risinho zombeteiro nos lábios quando toma conhecimento de um fato que atesta as virtudes de alguém. É esse ar zombeteiro que trai a sua outra face, não menos defeituosa. É o seu lado cínico, aquele lado que, por não ter e nem se ver capaz de desenvolver nenhuma virtude, passa a debochar de tudo quanto possa lembra-lo de tais fatos. Quando alguém sustenta a honestidade de outrem, ele surge com o dedo acusador para arguir dúvidas e lançar o descrédito contra tal pessoa. Não possuindo nenhuma virtude, por mais modesta que seja, é incapaz de acreditar que outrem possa te-la.
É uma característica desse tipo de gente a luta para se misturar aos demais, fazendo-se passar por uma pessoa de BONS COSTUMES. Isto porque, o ser humano em sociedade, procura a sua aceitação pelos demais componentes do grupo social. Para que tal ocorra é preciso que a sua conduta seja condizente com aquela que obtém a aprovação da sociedade. Por isso, os valores defendidos pela sociedade são praticados por todos que a compõem. No entanto, temos incrustrados nesse meio, aqueles elementos que não são portadores das virtudes merecedoras dessa aprovação social. Estes se fazem passar por LIMPOS E PUROS, na tentativa de conseguir a sua aprovação pelos demais. Mas a sua mente está presa aos caracteres que compõem a sua personalidade. São eles que dão o tom do seu comportamento. Eles integram a sua libido, o seu inconsciente e deformam o seu superego. Não podendo se libertar dos VÍCIOS que compõem o seu arcabouço psíquico, ele não é LIVRE para tomar as suas decisões e trilhar o caminho da VIRTUDE. Mesmo que seja um excelente ator e consiga burlar a vigilância social, evitando a reprimenda por sua conduta leviana, ela irá se sobressair e acaba por se destacar do conjunto, trazendo à baila a sua verdadeira face, sempre que se julgar a salvo dos olhares daqueles que compõem o rol dos homens JUSTOS E PERFEITOS. E como no quadro do livro O Retrato de Dorian Grey, essa face mergulhada nas ÁGUAS LODOSAS DO VÍCIO, irá se deformar à medida que o seu lado vicioso ganha vulto terminando por mostrar a verdadeira monstruosidade de que é formada. Sendo assim, já não será possível manter as aparências e esconder a face oculta, o lado negro que se sobrepõe ao lado bom.
Aquele cuja formação não tem essa deformidade, mas que tem a índole voltada para a luz, que procura se elevar e alçar vôos para o infinito, mantendo sua mãos INDENES das nódoas viciosas, representa a PEDRA BRUTA. Esta, embora hostil ao manuseio sensível, tem a peculiaridade de se tornar dócil ao aperfeiçoamento, revelando o anseio para o PROGRESSO respeitando os valores da ORDEM. O seu burilamento não será em vão, não será o eterno martelar contra a fortaleza inacessível. Pelo contrário, ele se mostrará disposto ao aprendizado e enfrentará com ânimo forte o trabalho para LEVANTAR o TEMPLO da VIRTUDE. E na medida que avance o DESBASTAR dessa PEDRA BRUTA, as arestas irão dando lugar à PERFEIÇÃO da forma em sintonia com os padrões da estética. Esta pedra agora ANGULAR, terá lugar na construção do TEMPLO. E em cada templo erigido dar-se-á a prática da VIRTUDE e essa prática avançará pela sociedade, soterrando por onde passa os VÍCIOS que representam as trevas da ignorância e o seu distanciamento da LUZ.
Mas o ARQUITETO não trabalha qualquer PEDRA, antes ele tem um longo e árduo trabalho na procura daquela que, adredemente examinada, servirá para compor a sua construção. No TEMPLO não poderá haver PEDRA defeituosa, destoando do conjunto harmonioso. Por essa razão, a escolha do material a ser LAPIDADO é de suma importância. A má escolha poderá por a perder toda a construção, deixando esfacelar todo conjunto. A PEDRA hostil ao burilamento trará cansaço ao MESTRE e prejuízo para toda a obra. A sua característica VICIOSA, infensa ao aprimoramento poderá contaminar o conjunto arquitetônico, dando azo aos transtornos que conduzem à demolição a obra. É a PEDRA acessível ao trabalho de arquitetura e, por isso mesmo, passível de burilamento que irá compor o conjunto da obra, uma vez trabalhada. É a marca daquele que, sendo LIVRE também é de BONS COSTUMES. Por isso ele obtém o PASSE para adentrar no Templo e trabalhar no aprimoramento da VIRTUDE. Enquanto esta ascende os VÍCIOS se distanciam e são pulverizados por efeito da LUZ QUE FERE OS OLHOS DÉBEIS. Então ele pode dizer que é LIVRE porque conhece a verdade que liberta.

Por que vês tu, pois, o argueiro no olho do teu irmão, e não vês a trave no teu olho? Ou como dizes a teu irmão: Deixa-me tirar-te do teu olho o argueiro, quando tens no teu uma trave? Hipócrita, tira primeira a trave do teu olho, e então verás como hás de tirar o argueiro do olho de teu irmão. (Mateus, VII: 3-5).

Não é possível um cego conduzir outro cego, se isso acontece, ambos podem cair num buraco ou num rio. Para ser o condutor da sociedade é preciso que antes o postulante haja passado pelo burilamento. É o aperfeiçoamento que lhe possibilitará liderar a sociedade e conduzi-la para o PROGRESSO. Enquanto a sociedade for conduzida por elementos sem o devido burilamento, ela se fará à imagem e semelhança do seu condutor. Se ele for corrupto, irá corromper os demais; se for honesto fará a honestidade imperar no seio da sociedade. Aquele que se deixa conduzir por um inferior, revela aptidão para a escravidão e a subalternidade. Portanto, não poderá reclamar das leis injustas quando ele contribuiu para que o legislador despreparado assumisse o comando.
A PEDRA procurada, escolhida depois de longa análise pelo tato e o olhar do EXPERT, trabalhada com esmero e a dedicação do MESTRE adentra na construção após a aprovação do ARQUITETO. É de se esperar que essa PEDRA, agora lapidada cumpra o seu papel de sustentação e embelezamento do TEMPLO.
No entanto, se após o longo aperfeiçoamento, esse EXPERT ao invéz de assumir o comando e a liderança, passa essa função às mãos do despreparado e inábil, não é de estranhar que veja a sociedade se esfacelar e os valores da ORDEM, sendo negligenciados; o PROGRESSO conduzido sem a sustentação da ORDEM, se tornem objeto da ganância pura e descarada. A sociedade nas mãos do hipócrita e do cínico, irá realçar a hipocrisia e o cinismo, enquanto a honestidade e a retidão de conduta tornar-se-ão objeto de escárnio e deboche. Não é de estranhar que valores, antes pautados como honestos e corretos, sejam agora incorporados ao rol dos crimes e como tal capitulados no Diploma Penal. E o mais absurdo, você verá o honesto sendo conduzido algemado à prisão por defender os valores da sua formação JUSTA E PERFEITA. Mas que agora se contrapõem aos valores da ORDEM deformada, e uma Sodoma e Gomorra ganha força, solapando os valores da ORDEM tradicional, estigmatizando o honesto e criminalizando a VIRTUDE.

Antônio Amâncio de Oliveira


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Maçonaria quer combate firme à
corrupção e apoio à Educação

legenda foto:
Juscelino Amaral, grão-mestre da Glomaron: ênfase no apoio à Educação

Representantes de lojas maçônicas de 27 Estados, reunidos recentemente em Rio Branco (AC) aprovaram documento em que confirmam o compromisso maçônico de combate a corrupção e à impunidade, além de proclamarem a necessidade de valorização dos profissionais da Educação e à necessidade de priorizar investimentos na Educação Pública de qualidade.

O documento, intitulado "Proclamação ao Povo Brasileiro", foi aprovado no encerramento da XLI Assembleia Geral Ordinária da Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil (CMSB), com a recomendação de que se tenha, de todas as formas possíveis, a observância "da ética nas relações sociais" e que seja implantada a moralidade administrativa no trato da coisa pública.

A "Proclamação ao Povo Brasileiro" enfatiza a inabalável crença da Maçonaria de que "somente pelo pleno exercício da cidadania" será possível construir "o caminho capaz de nos conduzir à posição de destaque a que fazemos jus".

O documento também lembra que "A Educação é o mecanismo transformador mais eficaz e eficiente no processo de conscientização dos indivíduos e somente um povo educado e consciente pode contribuir para a conquista de um mundo cada vez melhor e, conseqüentemente, mais sustentável".
Os membros da XLI Assembleia Geral Ordinária da Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil, CMSB, proclamaram ainda ser fundamental um esforço para "sensibilizar o legislador quanto à ideia de que o desenvolvimento socioeconômico não pode estar dissociado do respeito ao meio ambiente, considerando-se as especificidades regionais brasileiras" para evitar a inviabilização da "sutentabilidade que assegurará a sobrevivência das futuras gerações".

Grão-mestre da Grande Loja Maçônica do Estado de Rondônia (Glomaron) e atualmente ocupando o cargo de chefe da Casa Civil do Governo de Rondônia, Juscelino Moraes do Amaral, afirma que os maçons de Rondônia estão fazendo sua parte, dentro daquilo preconizado pela CMSB. Ele acrescenta ainda que a Semana de Cidadania & Política que a Glomaron realiza de 4 a 18 de setembro, quando vai sabatinar todos os candidatos a prefeito de Porto Velho cumpre esse propósito. “Vamos enfatizar perante nossos candidatos a posição da Maçonaria pelo firme combate à corrupção e pela priorização na aplicação dos recursos da Educação”, reitera o grão mestre da Glomaron.
Assessoria de Imprensa Glomaron

Carlos Araújo MTe 162-RO
Desde já, a Glomaron agradece pela atenção!

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Richard E. Bustamante ha publicado contenido en el grupo "Hermanos Masones"
 Richard E. Bustamante 15 de agosto de 2012 9:42
EL SIMBOLISMO DE LA ESCUADRA
EN LA ANTIGÜEDAD
http://www.geocities.com/tallermasonico/escuadra.html

Hoy, dentro y fuera de la Masonería, encontramos algunos autores que otorgan un origen históricamente reciente a los símbolos y elementos iniciáticos de la Orden. Pero si profundizamos en el fluir de la historia y del pensamiento, observaremos cómo una cadena sutil prolonga a través de los tiempos, los símbolos, ritos y significados tradicionales, hasta hacerlos coincidir con el inicio de la civilización. El objeto que ocupa esta plancha es la escuadra, elemento de destacada importancia entre los símbolos de la Masonería, y a la cual encontramos repetitivamente representada en el arte y la liturgia egipcia, la filosofía pitagórica, los colegios de constructores romanos y los gremios medievales, de los que deriva directamente nuestra Orden.

Para nosotros hoy, la escuadra, utilizada en las iniciaciones, en el emblema de la Orden y como joya distintiva de Venerable Maestro, preside junto al compás y al volumen de la Ley, la apertura de los trabajos, constituyendo las Tres Grandes Luces. Es el símbolo de la fijeza, la rectitud y la inexorabilidad de las leyes del mundo. Construida en madera o metal, con sus brazos de igual longitud, los cuales forman un ángulo de 90º, el cual corresponde a la cuarta parte de una circunferencia y a la mitad de un cuadrado, también es la mitad de la Cruz, la cual inscrita en un círculo representa astrológicamente al planeta Tierra, indicándonos con ello la dimensión material, fija y pasiva del Microcosmos, frente a la dimensión espiritual, móvil y activa del Macrocosmos que representa el compás.

La escuadra nos permite trazar los ángulos rectos y las perpendiculares, uniendo así una línea horizontal con una vertical; es pues la unión de lo alto y lo bajo, el cielo y la tierra, la Cruz, al fin y al cabo. Símbolo de la materialidad terrestre, dentro de ella representa por un lado la lucha y la unión de los contrarios, pero por otro es fundamentalmente el símbolo de la Ley Moral, La Tolerancia, el Equilibrio y la Armonía que debe inspirar en el mundo toda relación humana. En la obra que sobre la piedra bruta debe realizar el iniciado, para poder transformarla en cúbica, la escuadra nos permite angularla y cubicarla perfectamente, para que así pueda ensamblarse junto con las otras piedras en el edificio simbólico que estamos levantando A La Gloria Del Gran Arquitecto Del Universo.

Sin el uso de la escuadra, las piedras no tendrían estabilidad y esta labor sería imposible de realizar. Junto a las otras dos Grandes Luces, representa el arbor mundi de la Kábala, en cuya correspondencia representaría la columna de la Justicia. Si rastreamos su origen, podremos observar como ya aparece representada en Egipto, donde unos la asocian, junto con el nivel, al Demiurgo dios Ptah, y otros a su hija, la diosa Ma'at, la Justicia y la Verdad. Egipto, profundo en el pensamiento espiritual, pero alejdo del esquema filosófico del clasicismo griego, en cuanto que vive inmerso en un universo mítico, transformará los arquetipos, arcanos, ideas y misterios de la vida en dioses, pero será en cambio el origen de numerosos rasgos distintivos de la cultura occidental, especialmente en su dimenssión espiritual y esotérica.

Para los egipcios, junto con la creación del mundo aparece una Verdad, una Regla Moral, un Orden, una norma genérica inscrita, un criterio de vida que hace posible la existencia del mismo, establecido por Osiris y Ra; estará representado por la diosa Ma'at la cual, junto a Thot (el Hermes griego), hace funcionar minuciosamente el mundo, conservando las relaciones que existen entre las cosas. Así, la colocación de los hombres y de los dioses en el universo depende de ella, lo mismo que las leyes, la justicia, la prosperidad, los impuestos, el poder político y religioso, y todo cuanto existe en la creación, en la cual Ma'at es, al fin y al cabo, el equilibrio y la rectitud necesaria para que el mundo no zozobre; unos y otros marchan según su norma, y hasta Amon-Ra, el dios más poderoso de Egipto, tiene garantizada su existencia gracias a Ma'at, a la cual pertenecen todas sus insignias protectoras.

De esta manera Ma'at liga en sí misma de una manera indisoluble la existencia divina y las exigencias morales más profundas de la naturaleza humana, haciéndolas depender la una de la otra, en la medida en que son ambas expresiones de la Verad. Paralelamente integrada en una elaboración metafísica, Ma'at, como diosa, posee una particular iconología; bien la de una mujer sentada que lleva sobre su cabeza una pluma, destinada a escribir su nombre, bien la de un ojo, o también la de una mujer que porta una escuadra en la mano, o más simplificadamente sólo la pluma o la escuadra. Su lugar en el Templo egipcio estaba en lo más profundo del mismo, el lugar sagrado por antonomasia, el Sancta Sanctorum, lugar donde el faraón ofrecía los sacrificios a los dioses, entre los cuales la ofrenda a Ma'at era capital.

La visión que los egipcios tenían de Ma'at es clara y a la vez sutil e indefinida. Para reconstruir ésta los modernos investigadores se han tenido que valer más sobre sus representaciones rituales que sobre lo que hay definido conceptualmente. Ma'at, hija del Demiurgo, se opone al desorden y al caos, del cual surge el mundo ordenado y visible de la creación. Para hacer perdurar este orden cósmico en lucha con las tinieblas, la diosa debe reinar sobre toda la creación. Esto no dependerá sólo y exclusivamente de las importantes ofrendas y del papel litúrgico del faraón en el Templo y la Sociedad, o del sentido de la Justicia que tenga como gobernante, sino que dependerá en gran medida de que cada hombre, a su manera y en su esfera debía, de acuerdo con sus posibilidades, someterse y conformarse a la Verdad, representada por Ma'at, que en tanto fundamento mismo del universo y de la vida, podía ser conocida personalmente por cada individuo en
 el interior de su corazón. Ello nunca sucedía como una actitud pasiva que se limita a no alterar el orden establecido, sino por el contrario, el hombre debía trabajar y participar activamente en lo prescrito, tanto en los deberes humanos y sociales como en el respeto de los preceptos religiosos. Ma'at se relaciona con la vida, fuerza fundamental del Universo, junto a la cual hace que el mundo exista. Un texto de la época reza:
"A partir de ahora la Ma'at se da a aquél que hace lo que es amado, y la culpa a aquél que hace lo que es odiado.''

El que sigue esta norma hace bien y será amado y favorecido por el cielo. El que hace lo contrario a Ma'at hace lo injusto, y por ello será odiado y condenado, en esta vida y en la futura. El hombre, libre para actuar bien o mal, encontrará a Ma'at y a su deber en fondo de su conciencia; sólo ella le ofrece una vida nomal y segura. Así pues, sólo sobrevivirá el que actúa según la rectitud, pero para saber si su comportamiento está de acuerdo con ella, debe apelar a la inteligencia y fundarse en la experiencia. La Ma'at, como regla moral, guía la conducta de los hombres, y como norma social es la reguladora de la vida judicial y política del país. Por ello el faraón es la imagen visible de Ma'at; el encargado de la justicia es el sacerdote de Ma'at y en el juicio de los juicios, el de los muertos, Osiris será llamado el "Señor de la Ma'at". El Faraón, intermediario entre el Cielo y la Tierra, también llamado el "pastor del país", era el
 protector de su pueblo, ya que era el responsable de coordinar las fuerzas naturales y sociales del mundo egipcio, garantizando así el bienestar de la humanidad a través de la defensa del orden cósmico, cuya esencia era la diosa Ma'at, la Justicia y la Verdad, en su triple sentido, Cósmico, Social y Etico.
Uno de los capítulos más importantes de "El libro de los muertos", el 125, está dedicado al juicio del alma en una sala llamada las "Dos Ma'at", y en el cual el corazón es colocado en uno de los platos de la balanza, y en el otro hay una pluma o un ojo, ambos símbolos de la diosa, responsable en esta ceremonia final de velar para que el difunto fuera "Veraz de Corazón y Palabra". Ma'at, junto con Isis y Osiris presidían los misterios iniciáticos egipcios, de los cuales en gran medida derivan la mayoría de los misterios griegos y las religiones mistéricas romanas.

Cambiando de escenario histórico, observaremos cómo para los pitagóricos el factor principal que definía los números en sus relaciones era el "gnomon" o escuadra, la cual, aplicada a los mismos en sus distintas combinaciones, permitía descubrir el sentido real que adoptaban, pemitiendo así conocerlos en su consistencia interior. El gnomon relaciona la unidad con el ternario, formando ambos el cuaternario. También el gnomon o escuadra formaba para los pitagóricos el llamado "Angulo de Equidad". La escuadra aparecerá posteriormente en los sarcófagos funerarios romanos, y en algunos frisos, como el de Pompeya, siempre asociada a los colegios de constructores de la edad clásica, de forma similar a lo que sucederá en la Edad Media y Moderna, donde su uso se extenderá al ámbito Heráldico y Arquitectónico. Todo lo que hemos expuesto aquí, nos induce a pensar en grandes áreas conceptuales de un símbolo tan capital como es la escuadra, al cual
 podemos fechar con bastante seguridad hacia el 2.500 a.d.c., rastreándolo hasta nuestros días. Tal vez como epílogo, y citando a Jean Saunier, podríamos decir:
"La escuadra, nos enseña a dirigir nuestra vida y nuestros actos en conformidad con la regla masónica y a armonizar nuestra conducta con los principios de la virtud".
 El TALLER: Revista de Estudios Masónicostallermasonico.com

El Arte de la Construcción como imagen viva de la Cosmogonía Perenne y de su Principio creador, el G...

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O VAIDOSO ARROGANTE

(a) Baixa auto-estima e complexo de inferioridade

Nenhum ditador provocou ou vêm provocando tanto dano à Maçonaria quanto o maçom vaidoso, este sapador inveterado, este Cavalo de Tróia que a destrói por dentro, sem o emprego de armas, grilhões, ferros, calabouços e leis de exceção. Ele é indiscutivelmente o maior inimigo da Maçonaria, o mais nefasto dos impostores, o principal destruidor de lojas. Ele é pior do que todos os falsos maçons reunidos porque se iguala a eles em tudo o que não presta e raramente em alguma virtude.

Uma característica marcante que se nota neste tipo de maçom, logo ao primeiro contato, é a sua pose de justiceiro e a insistência com que apregoa virtudes e qualidades morais que não possui. Isso salta logo à vista de qualquer um que comece a comparar seus atos com as palavras que saem da sua boca. O que se vê amiúde é ele demonstrar na prática a negação completa daquilo que fala, sobretudo daquilo que difunde como qualidades exemplares do maçom aos Aprendizes e Companheiros, os quais não demora muito a decepcionar. Vaidoso ao extremo, para ele a Maçonaria não passa de uma vitrine que usa para se exibir, de um carro de luxo o qual sonha um dia pilotar. E, quando tem de fato este afã em mente, não se furta em utilizar os meios mais insidiosos para tentar alcançá-lo, a exemplo do que fazem nossos políticos corruptos.

Narcisismo em um dos extremos, e baixa auto-estima no outro, eis as duas principais características dos maçons vaidosos e arrogantes. No crisol da soberba em que vivem imersos, podemos separá-los em dois grupos distintos, porém idênticos na maioria dos pontos: os toscos ignorantes e os letrados pretensiosos.

A trajetória dos primeiros é assaz conhecida.

Por serem desprovidos do talento e dos atributos intelectuais necessários para conquistarem posição de destaque na sociedade, eles ingressam na Maçonaria em busca de títulos e galardões venais, de fácil obtenção, pensando com isso obter algum prestígio. Na vida profana, não conseguem ser nada além de meros serviçais, de mulas obedientes que cedem a todos os tipos de chantagem. Por isso, fazer parte de uma instituição de elite (isso mesmo, de elite!) como a Maçonaria produz neles a ilusão de serem importantes; ajuda a mitigar um pouco a dor crônica que os espinhos da incompetência e da mediocridade produzem em suas personalidades enfermas.

O segundo em quase tudo se equipara ao primeiro, porém com algumas notáveis exceções.

Capacitado e instruído, em geral ele é uma pessoa bem sucedida na vida. Sofre, porém, desse grave desvio de caráter conhecido pelo nome de "Narcisismo", que o torna ainda pior do que o seu êmulo sem instrução. Ávido colecionador de medalhas, títulos altissonantes e metais reluzentes, este maçom é uma criatura pedante e intragável, que todos querem ver distante. No fundo ele também é um ser que se sente rejeitado; sua alma é um armário de caveiras e a sua mente um antro habitado por fantasmas imaginários. Julgando-se o centro do Universo, na Maçonaria ele obra para que todas as atenções fiquem voltadas para si, exigindo ser tratado com mais respeito do que os irmãos que atuam em áreas profissionais diferentes da dele. Pobre do irmão mais jovem e mais capacitado que cruzar o seu caminho, que ousar apontar-lhe uma falta, que se atrever a lançar-lhe no rosto uma imperfeição sua ou criticar o seu habitual pedantismo! O seu rancor se acenderá automaticamente e o que estiver ao seu alcance para reprimi-lo e intimidá-lo ele o fará, inclusive lançando mão da famosa frase, própria do selvagem chefe de bando: Sabe com quem está falando! Desse modo ele acaba externando outra vil qualidade, que caracteriza a personalidade de todo homem arrogante: a covardia.

O número de irmãos que detesta ou despreza este tipo de maçom é condizente com a quantidade de medalhas que ele acumula na gaveta ou usa no peito. Na vida profana seus amigos não são verdadeiros; são cúmplices, comparsas, associados e gente que dele se acerca na esperança de obter alguma vantagem. E nisso se insere a mulher com a qual vive fraudulentamente. Todos os que o rodeiam, inclusive ela, estão prontos a meter-lhe um merecido chute no traseiro tão logo os laços de interesse que os unem sejam desfeitos. O seu casamento é um teatro de falsidades e o seu lar um armazém de conflitos. Raramente familiares seus são vistos em nossas festas de confraternizaçã o. Quando aparecem, em geral contrariados, não conseguem esconder as marcas indeléveis de infelicidade que ele produz em seus rostos.

Em sua marcha incessante em busca de distinções sociais que supram a sua insaciável necessidade de auto-afirmação, é comum vermos este garimpeiro de metais de falso brilho farejando outras organizações de renome, tais como os clubes Lyons e Rotary, e gastando nessas corridas tempo e dinheiro que às vezes fazem falta em seu lar. A Maçonaria, que tem a função de melhorar o homem, a sociedade, o país, e a família, acaba assim se convertendo em uma fonte de problemas para os seus familiares; e ele, em uma fonte de problemas para a Maçonaria.

Um volume inteiro seria insuficiente para catalogar os males que este inimigo da paz e da harmonia pratica, este bacilo em forma humana que destrói nossa instituição por dentro, qual um cancro. a roer-lhe as células, de modo que limitar-nos- emos a expor os mais comuns.
(b) Comportamento em loja

Incapaz de polir a Pedra Bruta que carrega chumbada no pescoço desde o dia em que nasceu, de aprimorar-se moral e intelectualmente, de lutar para subtrair-se das trevas da ignorância e dos vícios que corrompem o caráter; de assimilar conhecimentos maçônicos úteis, sadios e enobrecedores, para na qualidade de Mestre poder transmiti-los aos Aprendizes e Companheiros, o que faz o nosso personagem? Simplesmente coloca barreiras em seus caminhos, de modo a retardar-lhes o progresso! Ao invés de estudar a Maçonaria, para poder contribuir na formação dos Aprendizes e Companheiros, de que modo ele procede? Veda a discussão sobre assuntos com os quais deveria estar familiarizado, fomentando apenas comentários sobre as vulgaridades supérfluas do seu cotidiano! Ao invés de encorajar o talento dos mesmos, de ressaltar suas virtudes e estimular o seu desenvolvimento, o que faz ele? Procura conservá-los na ignorância de modo a escamotear a própria! Ao invés de defender e ressaltar a importância da liberdade de expressão e da diversidade de opiniões para a evolução da humanidade, como ele age? Censura arbitrariamente aqueles cujas idéias não estejam em harmonia ou sejam contrárias às suas! Ao invés de fomentar debates sobre temas de importância singular para o bem da loja em particular e da Maçonaria em geral, como age ele? Tenta impedir a sua realização por carecer de atributos intelectuais que o capacitem a participar deles! E, nos que raramente promove, como se comporta? Considera somente as opiniões daqueles que dizem "sim" e "sim senhor" aos seus raramente edificantes projetos!

Tal como o maçom supersticioso, este infeliz em cujo peito bate um coração cheio de inveja e rancor nutre ódio virulento e indissimulado pela liberdade de expressão, que constitui um dos mais sagrados esteios sobre os quais repousam as instituições democráticas do mundo civilizado, uma das bandeiras que a Maçonaria hasteou no passado sobre os cadáveres da intolerância, da escravidão e da arbitrariedade.

Dos atos indecentes mais comumente praticados por este falsário, o que mais repugna é vê-lo pregando "humildade" aos irmãos em loja, em particular aos Aprendizes e Companheiros, coberto da cabeça aos pés de fitões, jóias e penduricalhos inúteis, qual uma árvore de natal. Outro é vê-lo arrotando, em alto e bom som, ter "duzentos e tantos anos de Maçonaria" e exibindo o correspondente em estupidez e mediocridade. O terceiro é vê-lo trajando aventais, capas, insígnias, chapéus e colares, decorados com emblemas que lembram tudo, exceto os compromissos que ele assumiu quando ingressou em nossa sublime e veneranda instituição.

Cego, ignorante e vaidoso, nosso personagem não percebe o asco que provoca nas pessoas decentes que o rodeiam.

Como já foi dito, a Maçonaria serve apenas de vitrine para ele. Como não é possível permanecer sozinho dentro dela sem a incômoda presença de outros impostores –os quais não têm poder suficiente para enxotar–, ele luta ferozmente para afastar todo e qualquer novo intruso, imitando alguns animais inferiores aos humanos na escala zoológica, que fixam os limites de seus territórios com os odores de suas secreções e não toleram a presença de estranhos. Qualquer irmão que comece a brilhar ao lado desta criatura rasteira é considerado por ela inimigo. A luz e o progresso do seu semelhante o incomoda, fere o seu ego vaidoso. Por este motivo tenta obstaculizar o trabalho dos que querem atuar para o bem da loja; por isso recusa-se a transmitir conhecimentos maçônicos (quando os possui) aos Aprendizes e Companheiros, sobretudo aos de nível intelectual elevado, ou os ministra em doses pífias, para que futuramente não sejam tomados como exemplos e ofusquem ainda mais a sua mediocridade. Um maçom exemplar, íntegro, que cumpre rigorosamente os compromissos que assumiu quando ingressou em nossa Instituição, não raro converte-se em alvo de suas setas, pois seus olhos míopes não conseguem ver honestidade em ninguém; sua mente estragada o interpreta como potencial "concorrente", que nutre interesses recônditos semelhantes aos seus.

O maçom arrogante mal conhece o significado de nossas belas e simples alegorias. Se as conhece, as despreza. Sua mente acha-se preocupada unicamente com o sucesso de suas empreitadas, em encontrar maneiras de estar permanentemente ao lado das pessoas cujos postos ambiciona. Fama e poder são os seus dois únicos objetivos, tanto na vida maçônica, como na profana. As palavras Liberdade, Igualdade e Fraternidade, que compõem a Trilogia Maçônica, não fazem parte do seu vocabulário, e com freqüência é visto pisoteando os valores que elas encerram. A história, a filosofia e os objetivos de nossa Veneranda Instituição não lhe despertam o menor interesse, pois é frio, calculista, e não tem sensibilidade nem conhecimento para compreendê-los e assimilá-los. Ele é diametralmente oposto ao que deve ser o maçom exemplar, em todos os pormenores. É a antítese de tudo o que a Maçonaria apregoa e deseja de seus membros : uma criatura vil e rasteira que semeia a discórdia, afugenta bons irmãos, e termina por destruir ou fragmentar a loja (ou lojas), resultado às vezes de anos de trabalho árduo, caso ela teime em não se colocar sob a sua batuta ou se mostre contrária às suas aspirações egoístas.

A insolência desse tipo de maçom – e também o asco que destila–, vai crescendo conforme ele vai "subindo" nos altos graus (ou graus filosóficos), lixo maçônico fabricado por impostores no passado unicamente para explorar a estupidez e a vaidade de homens como ele. Sentindo-se importante por ter sido recebido em determinado grau, com a pompa digna de um rei, ele passa a considerar-se superior aos irmãos de graus "inferiores", em particular aos Aprendizes e Companheiros, ignorando o que reza o segundo landmark, que estabelece a divisão da Maçonaria Simbólica em apenas três graus. Mas reservar um tempo para dedicar-se à sua loja, um momento para confraternizar com irmãos íntegros e honestos, ler algo de útil que possa servir de instrução a si e aos demais, essas são as suas últimas preocupações. O seu tempo disponível ele o reserva inteiramente às festinhas fúteis, nas quais pode ser notado e lisonjeado, onde pode ajuntar-se a outros maçons falsos e vulgares, prontos para enterrar-lhe um punhal nas costas na primeira oportunidade que surgir. Perceba o leitor com que velocidade esse "irmão" deveras atarefado arruma tempo quando é chamado para arengar em um tablado representando a Maçonaria! Note a pontualidade com que chega na passarela onde vai desfilar e ser fotografado com os seus paramentos. Observe como ele fica cheio de si quando é agraciado com uma rodela de lata qualquer ou vê o seu lindo rosto estampado nas páginas de alguma revista maçônica! Perceba como se curva aos pés dos que tem mais prestígio e poder do que ele! Note como ele os bajula!

Este prevaricador vagabundo não trabalha e não deixa os outros trabalhar para não ter de arregaçar as mangas também. Quando se mete a ministrar instruções aos Aprendizes e Companheiros ele o faz de modo precário, sem estar familiarizado com elas. Raramente sabe responder questões que os irmãos lhe dirigem. Tergiversa sempre com a mesma resposta: É preciso pesquisar! Ele não faz nada porque não sabe fazer nada, não quer aprender nada, e no íntimo não gosta da Maçonaria e não ama seus irmãos! Nossas reuniões são para ele um fardo. Nas vezes que comparece em loja, exige ser ouvido e jamais dá atenção ao que falam os demais, obrando para que a sua palavra sempre prevaleça nas decisões a serem tomadas. Quando o seu nome não consta na Ordem do Dia –o que significa que não terá a oportunidade de exibir a sua hipocrisia ou arengar as suas imposturas–, retira-se antes da reunião terminar ou, quando permanece, o faz com o olhar fixo no relógio.

Campeão em faltas e em delitos, quando este falso maçom comparece à loja ele o faz para dar palpites indevidos, censurar tudo e todos, propor projetos mirabolantes e soluções inconsistentes com os problemas que surgem em nossas relações. Jamais faz uso de críticas sadias e construtivas, aquelas que apontam erros e sugerem soluções para os mesmos.

(c) Comportamento na Sociedade
Passemos agora à exposição do comportamento deste detestável impostor na sociedade, outra praia onde adora se exibir, embora poucos o notem.

Ele circula pelas ruas do bairro onde vive de nariz empinado, cheio de empáfia, tentando vender a todos, sobretudo aos mais humildes, a falsa imagem de alguém assaz importante. Ostentando correntes, anéis, gravatas, broches e outros adereços maçônicos –alguns com peso suficiente para curvar o tórax–, tão logo se acerca de uma roda de amigos, ou melhor, de gente com paciência para aturá-lo, ele passa a ensejar conversas maçônicas desnecessárias, fazer alarde de sua condição de maçom e de ser membro de uma poderosa "gangue", com o único propósito de colocar-se acima deles. Quando, porém, um profano lhe dirige algumas perguntas a respeito de nossa instituição, movido por uma sadia e natural curiosidade, ele responde geralmente o que não sabe, fitando-o de cima para baixo, com desprezo, como se estivesse encastelado sobre um pedestal de ouro.

Como o caracol, este tipo de maçom costuma deixar um rastro visível e brilhante por onde trafega, tornando muito fácil a identificação sua e do seu paradeiro, que é o que ele efetivamente deseja, embora afirme o contrário. Mas, para a sua infelicidade, pouca gente dá importância aos seus recados vaidosos. O automóvel, o lar e o local onde trabalha correspondem ao exoesqueleto deste animal, ao passo que os adereços e os objetos maçônicos que ele usa e espalha por todos os lados à gosma que libera. 
Impulsos auto-estima dizem a ele onde derramá-la.

Do mesmo modo que prostitui nossa instituição, transformando- a em templo da vaidade, ele corrompe também a natureza de muitos objetos inanimados, desvirtuando os propósitos para os quais foram concebidos. Os vidros do automóvel não servem para proteger os passageiros do vento e da chuva, mas para ostentar adesivos maçônicos escandalosos que avisam os transeuntes e os motoristas dos carros que estão na retaguarda que "alguém muito importante" maneja o volante. As paredes da sua casa não servem como divisórias, mas de out-doors para a colagem de diplomas maçônicos que levam o seu nome. O isqueiro ele usa para tentar acender um cigarro que talvez nem fume ou sabendo que ele não funciona mais (o importante é as pessoas notarem o compasso e o esquadro colados nele!). A caneta com compasso encravado na tampa ele usa para mostrar que é maçom àquele que está perto do papel no qual finge estar escrevendo alguma coisa. O relógio da sala não serve para mostrar a hora certa, mas para dizer aos visitantes que o seu dono é maçom. As estantes da sala não servem para acomodar bons livros, mas para armazenar troféus, medalhas, placas comemorativas, mimos e tudo o mais que avise que há um maçom por ali. O mesmo vale para pratos, talheres, lenços, gravatas, bonés, bolsas, bonecos, malas, bengalas e, pasmem, até revólveres e espingardas! (ver fotos) Enfim, qualquer objeto que possa lhe servir de propaganda ele o corrompe.
d) Prejuízos

O Maçom arrogante sabe muito bem que é um desqualificado moral, que carece das virtudes necessárias para dirigir homens de caráter, mas mesmo assim quer assumir o cargo de Venerável e nele perpetuar-se por tempo indeterminado, se possível. Insolente, julga-se o único com aptidão para empunhar o malhete, menoscabando a capacidade dos demais irmãos. Sempre que pode procura manobrar as eleições para que os cargos em loja sejam preenchidos por integrantes de sua medíocre camarilha, que, uma vez empossada, vai aprovar seus atos malsãos e alimentar a sua vaidade. Dessa maneira ele trava as rodas da loja, impedindo-a de progredir, de desfraldar as suas velas.

Nosso personagem costuma mais faltar do que comparecer às reuniões, como já foi dito. Quando o faz, é quase sempre para tentar colocar-se em destaque, humilhar alguém, violar regulamentos, e fazer prevalecer os seus caprichos pessoais.. É claro que ele não age só, pois se assim fosse a sua eliminação seria fácil e sumária. Ele conta com o respaldo de pequenos grupelhos de gente sórdida e submissa, que aprova suas ações, que corrompe e deixa-se corromper. Às vezes conta até com a cumplicidade dissimulada de alguns delegados, que, por motivos políticos ou de ordem pessoal, fazem vista grossa aos seus insidiosos manejos e prevaricam no que constitui uma das mais importantes missões dentro da Maçonaria.

Terminado o período de sua administração como Venerável este impostor passa a meter o nariz em assuntos que não mais lhe dizem respeito, usurpando funções de outros irmãos da loja, incluindo as do seu sucessor. Quer mandar mais do que os outros, quer ser o dono da loja; quer admitir candidatos sem escrutínio para engrossar a sua camarilha; quer manobrar a todos e violar leis. Expõe os Aprendizes e Companheiros a constantes querelas com outros Mestres, quase sempre motivadas pela vaidade e pela sede de poder.

Especialista em apontar erros nos outros, o maçom arrogante jamais admite um seu. Quando, porém, as circunstâncias tornam isso impossível, ele o faz rangendo os dentes e disparando setas em todas as direções, muitas vezes ferindo os poucos irmãos que o querem bem. Além de tudo é um indivíduo vingativo. Caso sofra uma contrariedade qualquer, ou veja descartada uma irracional conjectura sua, ele passa a fomentar intrigas e provocar cismas na loja. Aquele que for investigar as causas que levaram uma determinada oficina a abater colunas notará em seus escombros a marca indelével de sua mão, que muitas vezes deixa impressa com orgulho!

Elemento altamente desestabilizador e perigoso, o maçom vaidoso é o principal responsável pelo enfraquecimento das colunas de uma loja, pela fuga em massa de bons irmãos, e pela decadência da Maçonaria de uma forma geral. Quanto maior for o seu número agindo no corpo da Maçonaria, mais fraca, enferma e suscetível à contração de outros males ela se torna, mais exposta a escândalos e prejuízos ela fica. Sua eliminação é, portanto, condição si ne qua nom para a conservação da saúde de nossa Sublime Instituição.
O texto foi extraído do livreto do Irmão Ricardo Vidal “Os dois coveiros da Maçonaria”.
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LOS CUADROS BLANCOS Y NEGROS
M M  ALÁN KORENFELD.
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La primera referencia es que, como mencionáramos en el trabajo sobre las columnas, el templo masónico toma como modelo y reproduce muchos de los aspectos físicos y simbólicos del templo del rey Salomón. Al parecer, ambos contienen elementos que en su todo representan al universo.
Es importante destacar que aparte de la existencia de los templos permanentes como el del rey Salomón y los nuestros, durante siglos los masones se reunieron en lugares donde podían hacerlo, a veces hasta en espacios abiertos, y los símbolos que se usaran en esas logias debían desaparecer una vez finalizada la tenida.
El hermano Ladislas de Malczovich en su libro del año 1892, con el título “Esquema de la temprana historia de la Masonería en Austria y Hungría”, describe así el proceso que culminara en los templos como los conocemos hoy:
“La sala donde los hermanos de Austria y Hungría se reunían en aquella época (se refería a mediados del siglo 18) no era adornada por ningún símbolo. En cualquier sala que se pudiera reunir la logia, se dibujaba con tiza o carbón un rectángulo en el piso, dentro del cual todos los miembros tomaban su lugar. Años después, dibujaban un rectángulo más chico, alrededor del cual se reunían los hermanos. Más adelante, se inició la costumbre de esparcir arena en este rectángulo e inscribir símbolos temporarios y finalmente se pusieron de moda los cuadros del grado dibujados y pintados”
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A medida que los cuadros del grado portátiles se popularizaron, la necesidad de dibujar sobre el piso desapareció y dio lugar al pavimento de mosaicos de nuestras logias o a las alfombras con los cuadrados blancos y negros que en los tiempos modernos se convirtieron en parte del equipamiento de la logia en muchas partes del mundo.  Todos los ornamentos de la logia son primordialmente símbolos, no están situados al azar y todos estos símbolos forman un todo integrado. Por lo cual me gustaría ahora ubicar al pavimento en ese todo.
“El Templo masónico, al igual que el de Salomón, cristaliza el Arquetipo de la análoga estructura cósmica, resultado de las correspondencias y leyes que gobiernan la realidad universal. Por lo tanto, en la Logia nada está situado al azar, sino que muy por el contrario, cada símbolo manifiesto y cada gesto Ritualístico representan una nota más en la Armonía del Mundo. Por ello, las dimensiones de la Logia son las del Universo.”
Por nuestra parte, es nuestra experiencia que al ir conociendo estos símbolos, nosotros sentimos una profunda sensación de infinitud y un fuerte sentimiento de estar parados en un espacio sin límites. Un templo con la forma de una enorme cruz tridimensional infinita, cuyas dimensiones van en el largo de oriente a occidente, en el ancho del sur al norte y en el alto del zenit al nadir, o sea del cielo a lo profundo de la tierra, lo cual enmarca toda nuestra existencia y lleva nuestras vivencias a lo universal. Esto nos hace sentir una sensación difícilmente descriptible con palabras que nuestra logia es la imagen del cosmos, que la Masonería es universal y que nuestro desarrollo dentro de ella no tiene límites.
Así que por encima, como en las épocas en que nuestros hermanos se reunían en un espacio abierto bajo un cielo estrellado, ahora tenemos la bóveda celeste y debajo de nuestros pies, como un tablero de ajedrez de la vida, el pavimento formado por baldosas blancas y negras en una intersección de líneas verticales y horizontales que representan energías celestes y terrestres, como las columnas, en constante interacción dando paso a la correlación de fuerzas polares, de pares de opuestos: negro y blanco, yin y yang, pasivo y activo, femenino y masculino, la noche y el día, la materia y el espíritu, las tinieblas y la luz, el carbón y el diamante, la piedra bruta y la piedra pulida.
Esto es a su vez imagen de todas las dimensiones de la vida, sus claroscuros, en los que el iniciado puede vislumbrar su propio laberinto y proceso interior, que es imposible de dilucidar caminando por una sola vía.
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El piso de cuadros blancos y negros se halla situado a continuación de las columnas en el centro del templo como prolongación de la tensión formada por los pares de opuestos simbolizados por dichas columnas que son a la vez el portal que nos separa del mundo profano más polarizado aún. La primera impresión que nos da el mosaico es la de una combinación binaria y dual. Todos estos aspectos duales se van desplegando en forma paralela, pero en sentido inverso de uno respecto al otro.
Vale la pena en este punto aportar tres elementos que pueden enriquecer nuestra elaboración:
Ø  primero la concepción de la física de que la diferencia entre opuestos polares es de grados,
Ø  segundo que los opuestos son complementarios y
Ø  tercero que cada uno contiene la semilla del otro.
Esto se manifiesta a través de los contrastes o variaciones lumínicas esenciales: el blanco y el negro. El blanco se asocia arquetípicamente con la luz, la pureza, la existencia, la vida y lo “diestro” y el negro con la oscuridad, el miedo, la no existencia, la muerte y lo “siniestro”.
El mosaico simboliza el caminar por sobre las apariencias tanto favorables como desfavorables, como las sombras que Platón describiera en la Alegoría de la Caverna, y sabiendo que son ilusorias, vivenciar a ambas sin dejarse exaltar por unas o abatirse por otras, conservando un ánimo sereno y constante. En otras palabras, la ecuanimidad que nos enseñara el Buddha.
Dentro del macrocosmos que representa el templo masónico, el piso de cuadros blancos y negros nos lleva al microcosmos, a la tensión cotidiana de fuerzas a las cuales debe enfrentarse el ser humano, tanto en su vida masónica como en su vida profana.
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Sin embargo, estas fuerzas se hallan una al lado de la otra, interrelacionándose, formando un todo, lo que explica la posibilidad de trascender los pares de opuestos.
Coronando el mosaico se encuentra el Ara en el centro de la Logia, elevándose por sobre los pares de opuestos y que nos permite percibir la verdad trascendente, oculta bajo estas aparentes contradicciones. Sobre el Ara se encuentran las tres luces y el Libro Sagrado
En resumen, el símbolo del templo de la logia es muy potente y sus partes están interrelacionadas, pero aun considerando sólo el pavimento en ese contexto, siento que la instrucción silenciosa del mosaico nos aporta profundas enseñanzas, aunque más no fuera por el hecho de que es una unidad formada por un mosaico de opuestos, que por otra parte es recorrido por los hermanos en el mismo sentido en que el sol recorre las constelaciones del zodíaco. Y que a la vez simboliza un tour de forcé espiritual, el transitar como un peregrino de la polaridad a la unidad. Desde la entrada que nos separa de lo profano, cruzando el portal del par de columnas y hacia el oriente, pasando por el Ara donde se encuentra el libro sagrado y las tres luces, y más allá: el camino hacia la perfección.
Además que todos sabemos que al pisar el cuadro blanco siempre estaremos pisando un poco del negro. Por lo que este simbolismo nos enseña que aunque todo está mal siempre va a ver algo bueno y que no hay extremos, todo es en una parte gris.
BIBLIOGRAFIA
Esquema de la temprana historia de la Masonería en Austria y Hungría - Ladislas de Malczovich
Trazado del Q.:H.: RISLO BUSCARÓNS.
*  Imágenes, Besomi
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Prezados Irmãos!
O trabalho que ora vos apresento, tem como objetivo principal induzir os amados Irmãos aqui presentes, a realizarem uma viagem no tempo. Partindo do passado, com destino ao presente, com a finalidade de projetar suas conseqüências no futuro. É evidente que esta viagem só poderá ser realizada se nos for permitido o emprego do meio de transporte mais eficiente da atualidade, a nossa mente, haja vista, que dispomos de apenas 20 minutos para percorremos um universo de mais de 200 anos de história, dentro os quais a Loja COMERCIO E ARTES, tema central desta apresentação, está contida, contribuindo com 188 anos em prol da nossa Ordem e do Brasil.

Tomemos como ponto de partida o dia 4 de julho de 1776, data de publicação da Declaração de Independência das treze Colônias Inglesas da América do Norte, documento redigido por Thomas Jefferson, além de Maçom, um dos liberais mais avançado da época. Esse documento afirmava que: “todos os homens nascem iguais...” É sob a influência desse acontecimento que fazemos a nossa primeira escala, aportando no dia 14 de julho de 1789, quando o “povo simples” de Paris invadiu a Bastilha, milenar fortaleza-prisão do estado francês, a notícia sobre esse fato percorreu rapidamente a Europa. Espalharam-se de boca em boca, em jornais, panfletos e cartazes. O símbolo do antigo regime caíra! Todos que tomaram conhecimento do fato, mesmo que aterrorizados, pressentiram o início de novos tempos para a humanidade.

Os homens e mulheres que fizeram a Revolução de 1789, ao defenderem os princípios de “Igualdade, Liberdade e Fraternidade” como válidos para todos, legaram à humanidade uma divisa que está sempre presente nas lutas contra o autoritarismo.

Foi no inicio deste mesmo século que surgiu a franco-maçonaria especulativa ou moderna tal como a conhecemos hoje e que muito iria contribuir nessas transformações, cujos desdobramentos atingiriam o mundo colonial e em particular o Brasil.

O progresso econômico, explodindo com a Revolução Industrial, chocou-se com a barreira dos privilégios sociais e políticos, suporte e razão de ser do absolutismo. A contradição entre os problemas novos e as velhas regras e obsoletos instrumentos disponíveis para resolvê-los dar na crise do Antigo Regime, a qual, por sua vez levou à revolução, cujo ponto de partida foi a França, mas que se expandiu com rapidez por todo o Universo Atlântico. A sua maneira, o Brasil parte desse universo, foi profundamente afetado por esses acontecimentos. O poder reagiu como sabia e como podia, e as agitações terminaram em prisões e mortes, com o trono permanecendo firme no controle de suas colônias americanas. A repressão, porém, não poderia deter o avanço da revolução, que de francesa tornou-se européia e ao ampliar-se, incendiou o Velho Continente. Portugal também foi absorvido pelo conflito, e cedendo ao poder de Napoleão foi obrigado a fazer concessões à Inglaterra em troca de um acordo que previa na eventualidade de Portugal ser invadido, a família real transmigraria para o Brasil protegida pela armada inglesa. E assim, D João, juntamente com a família real, embarcou para o Brasil em 29 de outubro de 1807 chegando em Salvador em 22 de janeiro de 1808. Essa decisão resultou da fraqueza do Reino e teve extraordinária importância para o Brasil. As mudanças começaram com a abertura dos portos ao comércio internacional, e foram consolidadas a seguir com a instalação do monarca no Rio de Janeiro, marcando o início da construção de um aparelho de Estado que tendia a unir capitanias, antes dispersas, em torno de um centro político - a corte – agora situado no próprio espaço americano.

No início do século XVIII, com o desenvolvimento econômico e intelectual da colônia, alguns grupos pensaram na Independência Política do Brasil, de forma que os brasileiros pudessem decidir sobre seu próprio destino. Ocorreram, então, a Inconfidência Mineira (1789) que marcou a história pelo caráter de seus seguidores; depois a Conjuração Baiana (1798) e a Revolução Pernambucana (1817), todas elas duramente reprimidas pelas autoridades portuguesas. Em todos estes movimentos a Maçonaria se fez presente através das Lojas Maçônicas e Sociedades Secretas já existentes, de caráter maçônico tais como: "Cavaleiros da Luz" na Bahia e "Areópago de Itambé" na divisa da Paraíba e Pernambuco, bem como pelas ações individuais ou de grupos de Maçons.

Com relação ao movimento da Inconfidência Mineira, vale ressaltar o que disse Márcio Jardim, autor de “A Inconfidência Mineira” – Uma síntese factual, publicado pela Biblioteca do Exército, página 334. “...José Aires Gomes disse, pouco depois de um encontro com o Alferes, que os homens de negócio do Rio apoiavam o levante porque desejavam liberdade de Negócio e porque Negociantes, que só olham para os seus interesses, e marcham para onde se lhe figuram mais vantajosos. Eles queriam o apoio de Minas para fazerem juntos uma América Inglesa. Antônio Ribeiro de Avelar, ANTÔNIO GONÇALVES LEDO e Antônio Jacinto Machado são os três comerciantes cariocas que mais aparecem nos Autos. A conduta de um descendente de Antônio Gonçalves Ledo (Joaquim Gonçalves Ledo) no processo de independência brasileira de 1820 – 1822 é fartamente conhecida.”

Acrescentamos, ainda, sobre este personagem dentro da Loja Comércio e Artes o que estar inserido na página 148 do livro “ Maçonaria Adonhiramita e o Escossismo”, do Ir:. José Daniel da Silva, onde consta como Anexo III a transcrição de uma carta de Gonçalves Ledo a seu irmão de sangue Custódio, datada de 1808, quando ainda em Portugal, que aqui reproduziremos por sua evidente importância histórica para a compreensão dos propósitos eminentemente políticos da maçonaria brasileira da época.


“Custódio,

Disse-lhe na carta de 14, que seguiu pelo correio inglês, ter sido meu ato reprovadíssimo por todos. Censurado geralmente. Mas eu tenho razões patrióticas para não acompanhar o Dr. Andrada nas forças de front. A invasão do General Junot, a partida do Rei e da Corte para o Rio de Janeiro, o tratado de Fontainebleau, os acontecimentos que ora se desenrolam na Europa são, e ninguém o negará de boa fé, o início, senão o grande passo da nossa formação nacional, da liberdade do Brasil. Brasileiro, não seguirei os Batalhões Portugueses, nem derramarei meu sangue na defesa dos opressores de minha terra de nascimento, o amado Brasil. Dizem-me fraco e pusilânime, ignorantes que são todos dos meus intuitos não proclamados abertamente. Se o Rei de Portugal, se a nobreza de Portugal, abandonaram o berço que os embalou, não serei eu, nascido no Brasil, odiando os matadores de Tiradentes, que iria para o campo de batalha lutar pela liberdade dos déspotas que sugaram e ainda sugam as riquezas brasileiras. Partirei daqui brevemente e acompanhado de mais amigos irei organizar no Brasil a primeira Loja que será o centro da propaganda liberal do Brasil. Lembre-me ao Araújo e eu sou o seu irmão.

Joaquim Gonçalves Ledo”



Com esta carta estava lançada a semente germinadora da nossa Loja, e assim, em 1815, na casa de João José Vahia, à rua Pedreira da Glória, no Rio de Janeiro, era fundada a Loja Comércio e Artes. Entretanto, após o fracasso da Revolução Pernambucana de 1817 e a expedição do alvará de 30 de março de 1818, que proibia o funcionamento das sociedades secretas, a Loja, interrompeu seus trabalhos, só sendo reerguida a 24 de junho de 1821, com o título de “Comércio e Artes na Idade d’Ouro”; sob os auspícios do Grande Oriente de Portugal.

Segundo Teixeira Pinto, a reinstalação da Loja “Comércio e Artes’ se realizou após um jantar na casa do Capitão-de-Mar-e-Guerra José Domingos de Ataíde Moncorvo, na Rua do Fogo (atual rua dos Andradas), entre a Rua das Violas (atual Teófilo Otoni) e Rua Estreita de São Joaquim (atual Marechal Floriano), Rio de Janeiro.

Da analise desta ata constatamos que:
- a loja fora instalada em novembro de 1815, sem precisão de data, mas as perseguições a obrigaram a abater colunas, tendo sido queimadas suas atas. Na reinstalação, em 1821, apenas seis anos depois, já não havia a lembrança da mais importante data da sua breve vida – dia da fundação, - que certamente teria constado em ata, se recordado fosse;
- a reinstalação se deu em 24 de junho de 1921, data cultuada pela Maçonaria, data em que se instalou a Grande Loja de Londres em 1717, Dia de São João, data em que tradicionalmente confraternizamos em Loja de Mesa;
- o calendário usado foi o profano, gregoriano; não se contou o ano a partir de 1º de março nem de 21 de março; apenas o ano foi grafado como manda a tradição maçônica dos ritos Francês ou Moderno e do Adonhiramita (o REAA ainda não era usado), adicionando-se 4000 ao ano civil;
- a loja Comércio e Artes, na sua fundação, usava o pré-nome de “Loja de são João”, sinalizando que era uma Loja Simbólica;
- curiosamente, em época de tantas perseguições, os nomes dos fundadores de 1815 aparecem por extenso, não com os nomes simbólicos típicos do Rito Adonhiramita que se tem como certo fosse o usado na loja, na época;
- nem Diderot nem Pitágoras (Gonçalves Ledo e José Bonifácio) participaram desses dois momentos históricos, conquanto Gonçalves Ledo, em breve, chegasse a Venerável desta Loja.

A propósito da atuação de Gonçalves Lodo nesta Loja, é oportuno registrar o trecho da Ata publicada nas páginas 23 e 24 do livro “Casos de Maçonaria”, do Irmão Pedro Henrique Lopes Casals e nas páginas 116 e 117 do livro “História Geral da Maçonaria”, do Irmão Nicola Aslen:

“Aos vinte e cinco dias do segundo mês do ano da V:. L:. de 5822” - já aqui usando um calendário maçônico (Quarta-feira, 15/05/1822 da E:. V:. sob a presidência do Ir:. GRACCO – Cap João Mendes Viana), o Ir:. DIDEROT (Joaquim Gonçalves Ledo) propôs “nomear uma Comissão de sete membros, destinada a redigir a Constituição Brasílica Maçônica, para reger o Gr:. Or:. e Maç:. Brasiliense” – este é o primeiro registro da intenção de se fundar a nova Obediência. Dava assim mais um passo no cumprimento das promessas feitas ao seu irmão Custódio, na carta já mencionada de 1808, em que dizia “...irei organizar no Brasil a primeira Loja que será o centro da propaganda liberal do Brasil.”

Na mesma sessão, ele ainda propôs “se decorarem as CCol:. com GGr:. Maiores e darem-se estes por comunicação”, o que pode ser uma indicação da mudança pretendida do Rito Adonhiramita para o Francês ou Moderno, que será, como veremos, o rito adotado pelo Grande Oriente Brasílico (que Ledo chamou aqui de “Brasiliense”), e onde o grau dado “por comunicação” significa a dispensa de uma cerimônia ritualística específica, talvez pelo desconhecimento ou falta dos rituais necessários, o que é mais plausível.

Por fim, em uma indicação do uso político que iria fazer das honrarias maçônicas (os “aumentos de salário”), propôs “que na escolha dos indivíduos que houverem de ser elevados, se deverá atender às virtudes e fervor maçônicos, e não à “antigüidade”.
Essa “virtude” e esse “fervor”, não eram propriamente maçônicos, mas “patrióticos” – assim entendidos os atos em prol da independência do Brasil. Com essa proposta sobre as “honrarias” foi plantada a semente, insuspeitada, da eleição de José Bonifácio ao Grão Mestrado, tempos depois, para a consecução do objetivo maior que foi a iniciação e rápida exaltação de D. Pedro, logo conduzido ao mesmo cargo em golpe realmente de “Mestre”. Todas as proposições foram aprovadas – segundo Nicola Aslen, pela unanimidade dos 128 maçons presentes. Estava, assim, lançada a pedra fundamental do Grande Oriente do Brasil, e, por extensão da Independência. Enquanto isso, os portugueses cansados da dominação e da decadência econômica do país, iniciam uma revolução na cidade do Porto culminando com a expulsão dos ingleses.
Estabelecem um governo temporário, adotam uma Constituição Provisória e impõem sérias exigências a D. João (agora com o título de rei e o nome de D. João VI). Entre as exigências destacavam-se as seguintes: aceitação da constituinte elaborada pelas cortes; e sua volta imediata para Portugal. Com receio de perder o trono e sem alternativas, D. João VI regressa a Lisboa (Portugal) em 26 de abril de 1821, deixando como Príncipe Herdeiro, nomeado Regente do Brasil pelo Decreto de 22 de abril de 1821, o primogênito com então 21 anos de idade - PEDRO DE ALCÂNTARA FRANCISCO ANTÔNIO JOÃO CARLOS XAVIER DE PAULA MIGUEL RAFAEL JOAQUIM JOSÉ GONZAGA PASCOAL CIPRIANO SERAFIM DE BRAGANÇA BURBON. O Príncipe Dom Pedro, jovem e voluntarioso, aqui permanece, não sozinho, pois logo se viu envolvido por todos os lados de homens idealistas, a maioria maçons, que constituíam a elite pensante e econômica da época.

Enquanto isso, as cortes de Portugal estavam preocupadas com as perdas das riquezas naturais do Brasil, e previam a sua emancipação, como ocorria em outros países sul-americanos. Dois Decretos de 29 de setembro de 1821, de números 124 e 125 emanados das Cortes Gerais portuguesas, são editados na tentativa de submeter e inibir os movimentos no Brasil.

Um reduzia o Brasil da posição de Reino Unido à antiga condição de colônia, com a dissolução da união brasílico-lusa, o que seria um retrocesso; o outro considerando a permanência de D. Pedro desnecessária em nossa terra, decreta a sua volta imediata. Diante desses acontecimentos, a maçonaria mais uma vez se fez presente, e com extrema habilidade se aproximou de D. Pedro com o intuito de convencê-lo a permanecer no país em desobediência aos decretos supracitados. Esse movimento foi liderado pelos maçons José Joaquim da Rocha e José Clemente Pereira e com a representação de diversas províncias ao príncipe. A representação dos paulistas, de 24 de dezembro de 1821, foi redigida de forma enérgica pelo Maçom José Bonifácio de Andrada e Silva. A representação dos fluminenses foi redigida pelo frei Francisco de Santa Tereza de Jesus Sampaio, orador da Loja Comércio e Artes e em cuja cela, no convento de Santo Antonio, reuniam-se os principais líderes do movimento.

Assim, em 9 de janeiro de 1822, na sala do trono e interpretando o pensamento geral, traduzidos nos manifestos dos fluminenses e dos paulistas e no trabalho de aliciamento dos mineiros, José Clemente Pereira, presidente do Senado da Câmara, antes de ler a representação, pronunciou inflamado e contundente discurso pedindo para que o Príncipe Regente permanecesse no Brasil. Após ouvir atentamente, o Príncipe responde: "estou pronto, diga ao povo que fico". A alusão às hostes maçônicas era explicita e D. Pedro conheceu-lhe a força e a influência, entendendo o recado e permanecendo no Brasil. Este episódio, conhecido como o Dia do Fico, marcou a primeira adesão pública de D. Pedro a uma causa brasileira.

Por esta época, já circulava o jornal, "Reverbero Constitucional Fluminense", dirigido e redigido por Gonçalves Ledo e pelo Cônego Januário da cunha Barbosa, que circulou de 11 de setembro de 1821 a 8 de outubro de 1822, e que teve a mais extraordinária influência no movimento libertador, pois contribuiu para a formação de uma consciência brasileira.

Dando continuidade ao processo da independência, em 13 de maio de 1822, os maçons fluminenses, sob a liderança de Gonçalves Ledo e por proposta do brigadeiro Domingos Alves Munis Barreto, resolviam outorgar ao Príncipe Regente o título de Defensor Perpétuo do Brasil, oferecido pela Maçonaria e pelo Senado. Ainda, em maio de 1822, aconselhado pelo então seu primeiro ministro das pastas do Reino e de Estrangeiros, José Bonifácio, D. Pedro assina o Decreto do cumpra-se, segundo o qual só vigorariam no Brasil as Leis das Cortes portuguesas que recebessem o cumpra-se do príncipe regente. Em 2 de junho de 1822, em audiência com D. Pedro, o Irmão José Clemente Pereira leu o discurso redigido pelos Maçons Joaquim Gonçalves Ledo e Januário Barbosa, que explanavam da necessidade de uma Constituinte. D. Pedro comunica a D. João VI que o Brasil deveria ter suas Cortes. Desta forma, convoca a Assembléia Constituinte para elaborar uma Constituição mais adequada ao Brasil. Era outro passo importante em direção à independência.

Foi dentro deste contexto, em 17 de junho de 1822, que a Loja "Comércio e Artes na Idade do Ouro" em sessão memorável, resolve criar o "Grande Oriente Brasílico ou Brasiliano", que depois viria a ser denominado de "Grande Oriente do Brasil", e para que essa iniciativa tivesse respaldo legal, foram criadas mais duas lojas pelo desdobramento de seu quadro de obreiros, através de sorteio, surgindo assim as Lojas "Esperança de Niterói" e "União e Tranqüilidade", se constituindo nas três Lojas Metropolitanas conforme consta na ata da referida sessão. José Bonifácio de Andrada e Silva é eleito o primeiro Grão-Mestre, tendo Joaquim Gonçalves Ledo como 1º Grande Vigilante e o Padre Januário da Cunha Barbosa como Grande Orador.

Vale ressaltar, que a história da nossa Independência está intimamente ligada com a fundação do Grande Oriente do Brasil, tanto que o objetivo principal da sua criação, foi de engajar a Maçonaria como Instituição, na luta pela independência Política do Brasil, conforme consta de forma explícita das primeiras atas das primeiras reuniões, onde só se admitia para iniciação e filiação em suas Lojas, pessoas que se comprometessem com o ideal da Independência do Brasil. E dentro deste contexto foi fundamental o papel da Loja Comércio e Artes.

Entretanto, se faz necessário ressaltar, que não havia unanimidade para a consecução dessa empreitada, pelo contrário foi instalada uma verdadeira dicotomia entre os principais líderes da maçonaria atuante na época, duas facções já vinham se digladiando há algum tempo, ambas defendendo a independência política do país, mas sob formas diferentes de governo e maneiras diferentes de encarar a questão. Gonçalves Ledo e seus aliados pregavam o rompimento total com a metrópole portuguesa, enquanto, Bonifácio e seus seguidores, mais moderados, se alinhavam numa união brasílico-lusa, num regime de monarquia constitucional. Havia, na verdade, grandes interesses políticos e pessoais em jogo, já que ambos os grupos disputavam as prioridades de D. Pedro, não importando os meios empregados para o esmagamento do adversário.

Foi em virtude dessa oposição, que em 29 de julho de 1822, passa a ser editado o jornal – “Regulador Brasílico-Luso”, depois denominado, “Regulador Brasileiro”, lutando, também, pela independência, mas entrando em debate com o “Revérbero”, na defesa de José Bonifácio, redigido pelo frei Sampaio, que devido à veiculação de suas idéias, foi inquirido, no Grande Oriente, pelo grupo de Ledo, e sofreu ameaças e sanções. Em 2 de agosto de 1822, por proposta de José Bonifácio, é Iniciado o Príncipe Regente, D. Pedro, adotando o nome histórico de Guatimozim (ultimo imperador Asteca morto em 1522), e passa a fazer parte do Quadro de Obreiros da Loja "Comércio e Artes". Já no dia 5 de agosto, por proposta de Gonçalves Ledo, que ocupava a presidência dos trabalhos, foi aprovada a Exaltação ao Grau de Mestre Maçom que possibilitou, posteriormente, em 4 de outubro de 1822, numa jogada política de Ledo, o Imperador ser eleito e empossado no cargo de Grão-Mestre, do Grande Oriente do Brasil. Daí para a efetivação de emancipação política do Brasil foi um pulo à frente do movimento, achava-se a Maçonaria e os Maçons.
Mesmo que, atuando de forma contrária aos ensinamentos maçônicos, pois, no jogo de interesses que haviam se estabelecidos entre os dois grupos opositores, não havia espaço para tolerância, o respeito mútuo e muito menos para a fraternidade. Até mesmo os segredos dos assuntos tratados em loja, eram violados, vejamos o que diz Teixeira Pinto, à Pag. 20 de sua "A Maçonaria na Independência do Brasil": "...Na direção desse Clube serviu-se José Joaquim da Rocha de todos os meios para entravar ou anular a ação da maçonaria, chegando a manter dentro da loja "comércio e Artes" perfeito serviço de espionagem. Descobriram, mais tarde o nome de um dos informantes. Chamava-se Frei Francisco de Santa Tereza de Jesus Sampaio, membro ativo do loja "Comércio e Artes," onde usava o nome histórico de Pilades..." Esse é apenas um dos episódios, entre muitos ocorridos naqueles conturbados dias. A discórdia entre Gonçalves Ledo e José Bonifácio, no meu entender, foi fator determinante pela efêmera existência do Grande Oriente Brasílico, pouco mais de quatro meses. Além de ter prejudicado consideravelmente os registros oficiais da Ordem, quando Atas foram queimadas, livros desapareceram e muitos outros desmontes ocorreram dificultando sobremaneira o trabalho dos historiadores atuais, que em busca da verdade, e não encontrando documentos confiáveis, terminam divergindo entre si, principalmente em se tratando de datas. Outra conseqüência, não menos grave dessa rivalidade, era sem dúvida a coação sofrida pelo Príncipe Regente, tendo que tomar decisões apoiado por opiniões contraditórias. Tudo levando a se acreditar ter sido estes os principais motivos que fizeram D. Pedro I suspender os trabalhos do Grande Oriente do Brasil, fazendo tal comunicação através de um bilhete enviado ao 1º Gr:. Vig:., datado de 21 de outubro de 1882.

Com o fechamento do Grande Oriente, por seu segundo Grão-Mestre, D. Pedro I, a 25 de outubro de 1822, a Maçonaria brasileira entrou em longo período de adormecimento, só ressurgindo em 1830, com a fundação do Grande Oriente Nacional Brasileiro, que ficou conhecido como Grande Oriente da rua de Santo Antônio e, depois, como Grande Oriente da rua do Passeio, ou, simplesmente, “do Passeio”, em alusão às ruas em que se instalou. E já no mesmo ano da criação do Grande Oriente do Passeio, a “Comércio e Artes” era reerguida e filiada a ele. Quando, todavia, foi reinstalado o Grande Oriente do Brasil, a Loja filiou-se a ele, como fundadora. Em 1833, ela abandonou o Grande Oriente Brasil e voltou ao Grande Oriente do Passeio, adotando o Rito Escocês Antigo e Aceito e vindo a desaparecer na época de decadência do Passeio, cerca de vinte anos depois. Todavia, com a saída dela, o Grande Oriente do Brasil havia criado, em abril de 1833, nova “Comércio e Artes”, que adotou o Rito Moderno.
Esta, por dissidência, também acabou saindo do GOB, no final de 1834, indo para o Passeio; mas, como não quis fazer fusão com a outra “Comércio e Artes” que lá estava, ela acabou se dissolvendo. Com a saída desta última, o GOB criou nova Loja, em 1834, considerando-se como reinstalação da primitiva Loja de 1815; ela adotou o Rito Moderno e só iria passar para o Escocês Antigo e Aceito em fevereiro de 1974. Ainda ocorreriam, porém, mais duas reinstalações, por causa de dissidências: em 1863, a Loja foi fundadora do Grande Oriente da rua dos Beneditinos, dissidência liderada por Joaquim Marinho, e só voltou ao GOB quando esse Grande Oriente foi absorvido, em 1883, fundindo-se, então, com a outra; e em março de 1948, quando a Loja saiu para ser fundadora do Grande Oriente Unido, retornando quando este foi absorvido pelo GOB, em 1956, fundindo-se com aquela que havia sido criada para substituí-la. Desta forma, apesar de todas as divergências dos nossos IIr:. do passado, temos que admitir que suas atuações, sempre foram direcionadas na busca de manter esta Loja ativa, atuante e ocupando um lugar de destaque dentro da Maçonaria brasileira, e, em especial, dentro do Grande Oriente do Brasil. Razão pela qual o § 1º do Art 8º da atual Constituição do Grande Oriente do Brasil, diz textualmente – “Constituem patrimônio histórico do Grande Oriente do Brasil as três Lojas Simbólicas legítimas, regulares e perfeitas que lhe deram origem: COMERCIO E ARTES, UNIÃO E TRANQUILIDADE E ESPERANÇA DE NICTHEROY, as quais não poderão abater colunas.” Diante do exposto, todos nós meus IIr:., que formamos o atual quadro de obreiros da Loja Comércio e Artes, temos a grande responsabilidade de dá continuidade aos trabalhos dos nossos antepassados, que começou com a materialização do sonho de Gonçalves Ledo e teve continuidade na dedicação de inúmeros IIr:. que deixarei de citar para não cometer injustiça, entretanto, volto a ressaltar com toda a ênfase. A responsabilidade agora é toda nossa. Isto posto, temos que tomar as devidas precauções para evitarmos erros como os ocorridos no passado. Quer isto dizer que não se pode ser Maçom sem se respeitar à ordem democrática e a moral vigente, que, aliás, devem estar em consonância nas sociedades civilizadas contemporâneas. Um Maçom que não se identifique nesses termos com a sociedade em que integra, dificilmente poderá manter a sua condição de Maçom, porquanto nenhum legítimo dever profano deve estar em contradição com o juramento maçônico. A perpetuação de nossa instituição passa, com absoluta certeza, pelo grau de compreensão de seus membros e na renovação sistemática de suas lideranças. Cabe a cada um de nós renunciarmos as vaidade e presunções infundadas para o bem. Para vivermos em igualdade, sem qualquer grau de subordinação, é muito difícil, todavia, dentro da Maçonaria é necessário. Não basta respeitar o Irmão como homem, devemos respeitá-lo como Maçom. Não importa qual o Grau ou Rito que freqüente, importa sim, o respeito pelo ato da Iniciação e pela instituição a que o Maçom pertence. Se quisermos ser verdadeiros Maçons pautemos a nossa vida com a prática da caridade e abandonemos o medo, a vulgaridade, o ódio, a inveja, a maledicência, o ciúme, o rancor, o sentimento de vingança e o desamor. Outra questão que este Irmão que vos fala considera importante, é muito bem salientada em nossos Rituais, refere-se as nossas responsabilidades para com o Grande Arquiteto do Universo. A Maçonaria não é uma religião, todavia, um Maçom é religioso, é um homem que acredita em Deus. Ele tem que reconhecer a convicção dele em Deus entes mesmo que possa ser feito Maçom. Tudo em Maçonaria tem como referência Deus. Implica em Deus, fala de Deus e conduz a Deus. Não há um Grau, nem um Símbolo, nem uma conferência, nem um ensinamento que não ache seu significado e derive sua beleza de Deus, o Grande Arquiteto do Universo. Toda Loja é erguida a Deus e seus trabalhos dedicados em nome de Deus.
Nenhum Iniciado entra em uma Loja sem manifestar a sua confiança em Deus. Um verdadeiro Maçom, portanto, é um homem religioso. Por isso, meus Irmãos encerro rogando ao Grande Arquiteto do Universo que abençoe e proteja a Loja Comércio e Artes nestes seus 188 anos de existências e que nos ajude a manter as suas colunas erguidas, de forma que daqui a mais 188 anos outros Irmãos estejam aqui nos reverenciando. E assim seja.

BIBLIOGRAFIA:

1 - CASTELLANI, José, A História do Grande Oriente do Brasil – A Maçonaria na História do Brasil. Brasília – Gráfica e Editora do Grande Oriente do Brasil, 1993.
2 - CASTELLANI, José, Os Maçons que Fizeram a História do Brasil, 2ª ed., Editora A Gazeta Maçônica, Londrina, 1997.
3 - PINTO, Teixeira. A Maçonaria na Independência do Brasil.
4 – D`ALBUQUERQUE, A Tenório, A Maçonaria e a Independência do Brasil, 2ª ed., Gráfica Editora Aurora Ltda, Rio de Janeiro.
5 – FERREIRA, Manoel Rodrigues & LIVIO, Tito, A Maçonaria na Independência Brasileira, Volume 2, 2ª Ed., Gráfica Editora Biblios Ltda, São Paulo, 1972.
6 - JOEL Guimarães de Oliveira, Maçonaria e Independência – Um Estudo das Atas do Grande Oriente do Brasil, trabalho apresentado em loja, 1999.


Rio de janeiro, RJ, 14 de novembro de 2003.

IVALDO GONÇALVES LOBATO – M:. M:.

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terça-feira, 7 de agosto de 2012


GRANDE PRIORADO DO BRASIL DA ORDEM DE CAVALEIROS BENFEITORES DA CIDADE SANTA – C.B.C.S.


No ultimo dia 26 de julho de 2012 as 20:00h reuniu-se o Capítulo Geral do Grande Priorado do Brasil das Ordens dos Cavaleiros Benfeitores da Cidade Santa, em São Paulo na Rua São Joaquim nº 457 - Liberdade no templo Piratininga ao Oriente de São Paulo, onde foram armados Cavaleiros Benfeitores da Cidade Santa os Irmãos Fernando Nery de Sá, Harley Correia da Cunha, Klaus Monteiro Fins, Alexandre Garzeri, André Luiz Cottet , Andre Luiz Netto, Antonio Carlos de Mello Pacheco Filho, Antonio Claudio Cardoso Mocarzel, Antonio Coelho Junior, Brunno Behrens Lima, Cesar Augusto Laurenti, Claudio Reynbaldo Figueiredo Amaral, Cleber Oliveira de Souza, Douglas Cetertic, Edson Lopes, Eduardo de Moraes Alonso, Felipe Rocha Sanches, Giuseppe S. Mordenti Novaes, Jose Cherington Neves Boarin, Jose Moretzsohn de Castro, José Reginaldo de Lima, Marco Antonio Queixada, Marcos Acildo Ferreira, Marcus Vinicius Laurenti, Matheus Casado Martins, Nelson Lourenço Martins, Paulo Luiz da Cunha, Rafael Souza Silva, Ricardo Moreira, Sylvio Carlos Fernandes, Vicente Pereira Soares Neto, Vinicius Aurelio Constantino.
A sessão foi presidida pelo BAI Wagner Veneziani Costa, Grão Prior e Grão Mestre Nacional do GRANDE PRIORADO DO BRASIL DA ORDEM DE CAVALEIROS BENFEITORES DA CIDADE SANTA – C.B.C.S. e contou com a presença do Grão Prior e GM Nacional GP CBCS Mui Rev. Cav. Passado Santiago Ansaldo de Aróstegui,  do Grão Prior e GM Nacional GP CBCS Mui Rev. Cav. Passado Manoel de Oliveira Leite,do  Grão Prior e GM Nacional GP CBCS Mui Rev. Cav. Passado de honra Claudio Roque Buono Ferreira, do Grão Prior e GM Nacional GP CBCS Mui Rev. Cav. Passado de honra Mario Sergio Nunes da Costa, do Visitador Geral, do Rev. Cav. Roberto E. Casemiro, Grão Prior Adj. Passado, do Prefeito da Vera Cruz Rev. Cav. Paulo Roberto de Medeiros, do Mui Rev. Cavaleiro Saulo Ortega Trevisam, Grande Chanceler de Relações Interiores, do Mui Rev. Cavaleiro Carlos Chiarioni, Grande Tesoureiro, do Mui Rev. Cavaleiro Dino Brugnera, Prefeito da Prefeitura Brasil e muitosi RRev. Cavaleiros Benfeitores da Cidade Santa.
Para serem armados CBCS, passaram antes pela iniciação ao Grau de Mestre Escocês de Santo André do Rito Escocês Retificado, também conhecido com Mestre X. O Regime, assim denominado este sistema maçônico, nasceu na França na segunda metade do sec. XVIII.
O Rito é ecumênico. Nos três primeiros graus, como é óbvio, admite nas suas Oficinas Irmãos visitantes de outros Ritos, sejam eles Cristãos, Judeus ou Muçulmanos. Nos graus IV, V e VI somente se admite como visitantes Irmãos da Ordem do Templo e Malta assim como Grau 33 - Inspetor Geral do Supremo Conselho do Rito Escocês Antigo e Aceito. Nos trabalhos está presente o Evangelho segundo São João (incluindo nas Lojas de Santo André), aberto no primeiro Capítulo. O Rito é fundamentalmente Joanita. Está ligado à mensagem de Amor e Tolerância do Novo Testamento sem detrimento da Justiça vinculada pelo Antigo Testamento. Está ligado à "Tradição Templária" em termos de Herança Espiritual e próximo da "Gnose".
É provavelmente o Rito mais próximo da Maçonaria Operativa de origem Medieval, ou seja da Maçonaria anterior a 24 de Junho de 1717.
Em Loja Simbólica os obreiros, além de avental e luvas, usam todos, uma espada e um chapéu triangular embora só a partir do grau de Mestre se possam cobrir.
O Regime é resultante dos trabalhos de vários Maçons ilustres em que se deve destacar Jean Baptiste Willermoz.
O Grau de Mestre Escocês de Santo André, o quarto Grau,  faz referência à tradição divina do Templo de Salomão e a presença permanente da Santa Shekinah. Também se deduz que enquanto o primeiro Templo foi destruído, dentro das ruínas permanecia o sagrado conhecimento do Deus de Israel. Também indica a chegada da Nova Jerusalém, a mística Sión.
No quinto Grau, o candidato é submetido a um período de reflexão dentro de um Colégio Escocês, antes de ser juramentado no Capítulo de noviços. A lenda conta que, nos primórdios da Era Cristã, Magos Sábios e iluminados que residiam na Cidade Santa foram convertidos ao Cristianismo por São Marcos. O trabalho esotérico de iniciação exigia que sua doutrina fosse transmitida por tradição oral secreta, o que era feito e culminava nos Cavaleiros Templários, que eram reputados em serem os últimos depositários desse divino conhecimento.
No sexto e final Grau, quando é armado Cavaleiro Benfeitor da Cidade Santa, é revelado ao Noviço, em seu enobrecimento dentro de uma “Prefeitura”, um Convento. Idêntico ao Cristianismo Antigo, no zênite da antiga civilização egípcia, equiparado a Orfeu, Pitágoras e Platão. Também lhe é explicado que a Cavalaria da Cidade Santa se manifestava em obras beneficentes que eram o caminho perfeito para Deus, e pela difusão desses trabalhos, assegurando a maior bondade para a família humana e a obtenção final da verdadeira iluminação.
A Ordem tem feito grandes avanços no Brasil e sessão foi preparatória para a fundação de três Lojas de  Mestre Escocês de Santo André e uma Prefeitura no Oriente do Rio de Janeiro.
Conheça mais sobre o Rito visitando a bonita pagina do Priorado: http://www.gprerbrasil.org.br/

Fonte: BAI Wagner Veneziani Costa
Imagens: BAI Fernando Collacioppo - Rede Colméia


 

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 GRAU DE MESTRE MAÇOM DA MARCA

“Há alguma evidência de que supostamente o grau deva ter 400 anos, mas os primeiros registros Ingleses são de 1769, quando o grau foi trabalhado no Friendship Royal Arch Chapter No.257 em Plymouth. No entanto, um livro datado de 1599 de uma Loja de Edimburgo, afirma que vários irmãos especulativos tinham anexado a sua marca após seus nomes.
O Grau de Mestre Maçom da Marca é aberto a todos os Mestres Maçons. A cerimônia, em que um irmão será "avançado", termo usado na admissão do candidato, pode se dizer que compreende de dois graus, a primeira parte em que ele é reconhecido como um homem da Marca e depois a segunda, onde ele se torna um Mestre Maçom da Marca.
A marca referida no seu título leva o nome de marca ou símbolo com que o pedreiro é identificado pelo seu trabalho e ainda pode ser encontrada em muitas catedrais e construções importantes. Essa marca pessoal e comercial não só funcionou como uma marca, mas provavelmente também como uma forma de publicidade.
O Grau faz uso das Sagradas Escrituras para instruir o candidato e os irmãos na história, e serve para ensinar que a verdadeira mensagem é a contemplação de um dos pontos fortes e fraquezas humanas. Em termos cronológicos o grau é um complemento do Segundo Grau simbólico.
O paramento "é constituído por um avental e jóia. O avental é de couro de carneiro branco com uma ponta triangular delimitado com uma fita de duas polegadas azul com bordas vermelhas. Tem rosetas semelhantes ao Mestre Maçom em azul com bordas vermelhas e para os Past Masters as rosetas são substituídas por taus invertidos prateados. A jóia da ordem é uma pedra chave anexada a uma fita que combina com o avental e tem um maço e cinzel, que são as ferramentas da ordem. A pedra fundamental, que tem alguns caracteres, é parte integrante da cerimônia.”
John Luttrell

Provincial Grand Secretary
Provincial Grand Lodge of Mark Master Masons of Bedfordshire

David Mitchell, no seu livro O Grau da Marca - Madras Editora 2005, nos relata que atualmente, na Inglaterra, os Maçons da Marca sentem-se orgulhosos de serem conhecidos como pertencentes ao “Grau Amigável”. “No bar do Mark Masons’ Hall, St. James, em Londres, eu ouvi, por acaso, um comentário: “ Em todos os meus anos como Maçom da Marca, jamais encontrei alguém que não gostasse de pertencer a este Grau”. Eu não somente endosso essa afirmação, como acrescentaria, ainda, que, em meus trinta e cinco anos como Maçom da Marca, adorei as reuniões e os encontros, desfrutando da amizade dos Irmãos em Londres, nos Condados locais e nas Províncias em toda a Inglaterra e Wales. Nós somos de fato, o “Grau Amigável” que trouxe uma especial ênfase ao Amor Fraternal e colocou sobre o Irmão os mais altos valores, como amigo e companheiro.”

No Brasil temos a Grande Loja Distrital de Mestres Maçons da Marca do Brasil, ligada a Grande Loja de Mestres Maçons da Marca da Inglaterra, cujo Grão Mestre Distrital é o Irmão John C. Woodrow, com as Lojas  Saint Paul’s nº 961, Wanderers nº 1137, Guanabara nº 1156, Campos Salles nº 1355,  Fenix nº 1817, Moses Montefiore nº 1819, Barão de Mauá nº 1852, Harmonia  nº 1854The Goose and Gridiron nº 1888, Centenary nº 1908, Santa Catarina nº 1926.


No Brasil, e com reconhecimento da Grande Loja de Mestres Maçons da Marca da Inglaterra, temos a Grande Loja de Mestres Maçons da Marca do Brasil, cujo Grão Mestre é o Irmão Gerson Magdaleno, tendo com adjunto o Irmão Paulo Roberto de Medeiros  e assistente o Irmão Marco Antônio Queixada e que está em pleno crescimento em todo o território nacional.



Luiz Adive Palmeira, Membro da GUANABARA LODGE OF MARK MASTER MASONS Nº 1156 da Grand Lodge Of Mark Master Masons Of England – District of Brazil 
http://tresjanelas.blogspot.com.br/2009/09/o-grau-de-mestre-macom-da-marca.html

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LOS VERDADEROS FINES DE LA MASONERÍA
JOSÉ ANTONIO OLIVIERI MARADEY
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj52jMOLcrtSq8Pa3PX8DesPqnk6E6cpyT5QZF0sn9wOIqM-zh_VdZSxZibmrM6pY-fWxEMUxuidxnQaVUaa0Lnj40C4qwYiRUTHC9lE_Po7iO-P4PrU-J5CAINkoYSYZNxYOV8zIXXvI1W/s1600/tolerancia.jpg
Porque el ignorante no se puede medir con el Sabio, cuyos principios son la Tolerancia, el Amor Fraternal y el Respeto a sí mismo. El ignorante QQ.·. HH.·., es grosero, peligroso, perturbador y desmoralizador de la sociedad donde vive, y mientras pueda, evitará que los hombres conozcan sus derechos y sepan el cumplimiento de sus deberes pues, aun con constituciones liberales, un pueblo ignorante es esclavo. El ignorante, es enemigo del Progreso y permanece en constante combate contra la Verdad, el Bien y la Perfección.
De la misma manera, el Masón, debe combatir el Fanatismo, porque la exaltación religiosa pervierte la Razón y conduce al hombre a practicar acciones condenables. Recordemos, que la Superstición es un falso culto mal comprendido, repleto de mentiras, contrario a la Razón y a las sanas Ideas que se deben hacer de Dios. Por ello, el Fanatismo y la Superstición son los mayores enemigos de la felicidad de los pueblos.
Con la  intención de reforzar algunas de las cosas que hemos tratado, permítanme comentar, que cuando alguien pronuncia, lee o escucha la palabra “símbolo”, 
inevitablemente, se desencadena una serie de asociaciones, que no tienen nada que ver con lo usual que nos incita a descubrir algo, que puede estar un poco más allá.
Por otra parte, el número de símbolos y de signos relacionados con el valor que expresan, es decididamente inagotable, de allí,  que cualquier selección que se haga es personal y estará marcada por las preferencias conscientes e inconscientes de quien la realice. Además, habrá que tener en cuenta, el lugar y el tiempo que intervienen en cada caso, ya que con el transcurrir del tiempo el significado de los símbolos va cambiando, lo cual constituye uno de los campos de estudio más interesantes de las actuales ciencias interdisciplinarias.
Pude haber aclarado el concepto de símbolo, al inicio de esta Plancha de Arquitectura, pero debo confesar que estoy pretendiendo, hacer lo mismo que hizo la Masonería conmigo y con cada uno de ustedes, una dosificación progresiva de la información, método éste que permite ir reforzando la idea a la vez que le incorpora otros elementos de análisis para su entendimiento. Por ello, les ruego su comprensión.
El origen de la palabra símbolo,  es la palabra griega Simballein, que significa arrojar juntos” oreunir”. La forma sustantiva es symbolon y la primera   aparición registrada de esta palabra, corresponde a un precinto de plomo del antiguo Egipto. En la antigüedad, estas marcas de garantía, se fabricaban en diferentes materiales y con el tiempo, symbolon pasó a designar la figura que ostentaban dichos precintos. Pero al mismo tiempo, el verbo Simballein  intervenía en numerosas figuras de dicción, con el significado de “asociar”, “envolveryocultar”. Hago este comentario, con la intención que tengamos presente, que para muchos estudiosos de las filosofías de vida, principalmente en la India, el símbolo, tiene tres significados: el interno, el externo y el oculto.
Muchas veces, nos preguntamos: ¿Que es la Vida? ¿Para qué Sirve? ¿Cuál es su Finalidad? Pero esta  preocupación no ha sido la de todos los hombres. Una gran mayoría de ellos, quiere que solamente les dejen vivir de las satisfacciones materiales, pero por otro lado, para quienes las respuestas a estas preguntas constituyen  una verdadera obsesión, meditan con ardor y solo se satisfacen, cuando consiguen una idea capaz de explicar racionalmente cuanto observan. Precisamente, de esta forma, surgen los sistemas filosóficos y religiosos, que se han llegado a propagar inclusive como doctrinas verdaderas.
Realmente QQ.·. HH.·. la Verdad aun nadie la tiene, pero no debemos desinteresarnos, pues es  necesario continuar investigando acerca de ese indiscutible enigma.
Esa Verdad, considerada como un misterio inalcanzable que nos atrae irresistiblemente, es muy amplia, muy libre y muy sutil, para dejarse pescar, inmovilizar y petrificar en la rigidez de un sistema filosófico. De allí, que la Masonería, desde el Grado de Compañero, enseña al Masón, a concentrarse no solo en las instrucciones de sus maestros, sino también, a través del ejercicio de la Meditación. Lo cierto, es que la tradición iniciática, conserva intacta a los masones, nociones de esa Verdad, para que la transmitamos a los continuadores de la Obra, nuestra Obra, la Obra del Gran Arquitecto del Universo, motivo por el cual, en materia de conocimiento la Calidad supera a la Cantidad ya que es preferible saber poco, pero saberlo bien.
Otro aspecto importante que le da el simbolismo al Masón, es que propicia las condiciones, para que este, comience a distinguir lo real de lo aparente. No olvidemos, que existe una diferencia importante entre el Masón y el profano. Este aun no conoce la Verdadera Luz, lo que le coloca en desventaja en todo aquello que tenga que ver con la comprensión de la Naturaleza en todos sus planos. Por otra parte, el Masón debe poner todo lo que esté de su parte, para actuar en los márgenes de Tolerancia que le son conocidos.
El Masón en el simbolismo, necesita realmente esforzarse, para alcanzar los niveles de conocimiento que le permitan abordar en  profundizad, el contenido de cada  grado, particularmente de los números. El Aprendiz,   se familiariza con la tétrada Pitagórica, que nos muestra en el cuaternario la raíz y los fundamentos de las cosas. El Compañero continúa en ese estudio partiendo del cuatro para llegar sucesivamente al cinco, al seis y al mismo siete. El Maestro, partiendo de éste último número, llega a la década, vista como la representación de una nueva unidad.
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El diez, encierra una unión completa, un ciclo, al cual nada hay que agregar. Pitágoras enseñaba que el diez engendraba el cuatro pues 1+2+3+4 = 10, y lo representaba gráficamente por el triángulo, encerrando diez puntos dispuestos por 1,2,3 y 4.
El estudioso de la Masonería, se dará cuenta que  en todas las cosas, es necesario descubrir un cuaternario, porque el ternario, seria en realidad suficiente, si solo nos quedamos en el dominio de lo abstracto y de lo subjetivo; es decir, el Masón, no puede conformarse únicamente con la concepción teórica del hecho. El Masón, es un vivo ejemplo de la praxis en toda la extensión de la palabra. La función del Masón en este sentido, es realizar y luchar constantemente contra todo tipo de dificultades y vencerlas. Luego, como realizador, tendrá el número cuatro, como punto de partida, puesto que como Aprendiz, tuvo el tres. Dicho más claramente, el Círculo, la Cruz, el Triángulo y el Cuadrado  que se refieren a la Unidad, al Binario, al Ternario y al Cuaternario  respectivamente, deben ser vinculados en el estudio progresivo del Masón.
El Masón avanzado, profundizará en  el estudio del número siete, número de la Armonía, resultante del equilibrio establecido por elementos diferentes, donde la suma de los opuestos da siempre como resultado el número siete:       
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Los antiguos astrólogos, nos dejaron tradiciones preciosas que representan la aplicación general de la Ley del septenario, de la cual los verdaderos iniciados deben comprenderlo todo, pues se dice,  que un Maestro, nunca alcanzará la maestría si no comprende que todo cuanto existe, es al mismo tiempo único, triple y séptuplo. Vemos por ejemplo, que las rosetas colocadas en triángulo que decoran el Mandil del Maestro, representan simbólicamente tres anillos entrelazados que forman la trinidad donde se encuentra el septenario.
 http://www.gluv.org/obras%20literarias%20y%20otros%20trabajos%20de%20interes%20masonico/EL%20MASON%20DE%20NUESTROS%20TIEMPOS_archivos/image007.gifEn esta representación muda, se evocan los conceptos filosóficos de un simbolismo básico y mágico que hace posible la interpretación del porque el
hombre, que estaba extraviado por los sofismas, llegó a dudar de la verdad, de la justicia, del honor y de la virtud, y a suponer, que solo el interés nos gobierna, pues, había ignorado lo que debía negar o creer. De allí, que El Masón de Nuestros Tiempos, debe estar claro que el estudio del mundo físico, no da a conocer el mundo moral, que solo se comprende, cuando la Razón y el Pensamiento, someten sus percepciones a la consulta de la Conciencia, que es su guía por Intuición, para de esta manera, poder distinguir lo bueno de lo malo, lo justo de lo injusto y así, hacerse responsable de sus hechos.
Siendo pues la Conciencia un Patrimonio Universal, en todas partes, dicta las mismas leyes, ello, porque el Masón de Todos los Tiempos, al aceptar la comprensión, de que la Conciencia es la facultad que enlaza al mundo intelectual con el físico, aceptará también, que es ella,  la que dicta las innumerables leyes del Derecho y el Deber. En este momento, es cuando el Masón está exento de las debilidades del Deseo.
El Masón con estas condiciones en cualquier época, estará capacitado para conocer la concepción del Universo, de su Universo y alegóricamente, de la Inteligencia que lo abraza. Con este conocimiento, el Masón entenderá  la composición del cuerpo humano, como síntesis de la creación, por lo que al estudiar el Círculo y su Cuadratura, conocerá a la Madre Naturaleza en su intimidad y se hará Libre para conocerse a sí mismo intelectual y físicamente.
Esto significa mis qq:. hh:., la verdadera representación del sentimiento íntimo de la Inmortalidad del Alma del hombre que se eleva por el pensamiento, a la idealidad de su naturaleza, tomando posesión de su propia Divinidad. De aquí, es de donde la Masonería extrae el comentario de que la religión nos promete la Inmortalidad del Alma después de la Muerte, mientras que la Masonería, nos la da como Patrimonio, desde nuestro nacimiento, pues todos somos hijos de Dios y todos somos Hermanos Perfectos.
El Hombre Masón, continua su elevación a base de estudio, trabajo y dedicación, se hace Libre de la Esclavitud de la Ignorancia, la Ambición y el Fanatismo y se da cuenta por su propia Curiosidad, que son tres los puntos fundamentales que debe alcanzar:
·        El Conocimiento del Hombre.
·        El Conocimiento de sus Deberes y Derechos.
·        El Conocimiento del Modo de hacerlos Efectivos
Todo lo anterior, porque el Deber, supone la existencia de un derecho y viceversa, y como los unos y los otros nacen de la Naturaleza, entonces son recíprocos los Deberes y los Derechos. De allí, que la acción del Masón de Nuestros Tiempos, debe ser tal, que  permita el Progreso, que no es más, que el adelanto del conocimiento de la naturaleza de las cosas, adelanto que aumenta según nuestra Razón se desarrolla, haciendo que el Masón, siendo Curioso para estudiar, pueda aplicar todo cuanto vaya en pro de la Humanidad.
Un Masón con estos conocimientos, debe estar  preparado para conocer las Miserias del Pueblo y penetrar sus causas, siendo la primera y principal, la Ignorancia, que se combate con el deseo de Saber o Curiosidad
Podrán darse cuenta mis QQ.·. HH.·., que la terminología que se viene utilizando tiene le sencilla aplicación del Estado de Derecho, e iremos profundizando progresivamente como si estuviéramos elevándonos en la Escalera de Jacob, habiendo comenzado desde el Libro de la Ley. Por cierto, que fue el propio Salomón, quien para iniciar en los Deberes y Derechos del hombre a los Harodim,  o sea a los 3600 jefes que vigilaban y juzgaban a los obreros del templo bajo Tito, creo el Título de Preboste y Juez. La Gratitud, inmortalizó  a aquellos Maestros Irlandeses, dándoles a este conjunto de hermanos, el Título  igualmente, de Maestro Irlandés. Desde ese momento, se le comenzó a llamar  Masonería Escocesa, puesto que Scot, era Título común a Irlanda y Escocia empleado hasta el siglo XI.
Como Masones, sabemos que debemos justicia igual a todos los hombres, con la mayor imparcialidad, benevolencia y discreción, consagrándonos con celo y constancia a nuestro Templo, y teniendo pendiente, que debemos destruir la Ignorancia, la Hipocresía y la Ambición para  poder estudiar la Soberanía y sus atributos en relación con la sociedad humana y los Derechos del hombre así como la Justicia y la Equidad en la distribución de esos mismos derechos.
El Masón, tiene la obligación de  aplicar el estudio de las Ciencias al Conocimiento de la Organización Social y al de los móviles que la subyugan y enaltecen. De hecho, este Masón, es conocido como Maestro de Israel, al cual se le inculca la máxima más bella de la moral más pura: “cada uno para todos y todos para cada uno”, preparándosele para el entendimiento del Derecho de  Propiedad y su origen, así como la riqueza y el capital en sus relaciones con el trabajo.
¿Qué creen ustedes mis QQ.·. HH.·., que podría hacer un Masón  con la preparación que hasta  este momento hemos tratado de diseñar?
Pues, dedicarse al estudio de la administración de Justicia, ya que siendo este el atributo más grandioso de la Soberanía de un Pueblo, solo el Masón está debidamente consciente para saber, que debe ejercerse con la más absoluta independencia del Poder Ejecutivo. Será pues responsabilidad de este Masón, diseñar el Marco Teórico,  que explique y  justifique que la Autoridad encargada de hacer cumplir les Leyes, es  el Poder Ejecutivo.
El Masón, conocedor de estas condiciones, no permitirá jamás, que el Poder Judicial y el Poder Ejecutivo estén unidos  y en las decisiones de una sola persona, porque esto sería entregarse inerme en las garras del despotismo.
Esta es la razón, por la que el Masón defenderá que el poder Ejecutivo mantenga el Orden, cuide que cada quien cumpla con su deber e impida que el fuerte oprima al débil, así como también, adoptará las precauciones compatibles con la Libertad, para conservar sobre todo, la salud Pública y del Estado, o sea, un nivel de calidad de vida cada vez mejor. Todo esto QQ.·. HH.·., para garantizar que con el cumplimiento del voto directo, pueda mantenerse la Democracia.
El Masón,  descubre ahora, con la aplicación del Conocimiento, que definitivamente, debe luchar contra dos grandes enemigos como son la Ignorancia y la Hipocresía, por cierto, mas difíciles de destruir que la Ambición, el tercer enemigo. Para ello, se prepara con el decoro Diplomático que le permitirá embellecer su sutil formación y hacerse embajador en los países extranjeros. En el fondo, el fin de todos estos niveles de conocimiento, son la aparente reparación material de un crimen y su castigo, enriquecido en explicaciones morales que se revelan en los pequeños misterios.
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Siendo ya el Masón un Elegido para ordenar la organización social, tiene que recordar que los símbolos, como ya dijimos, tienen un significado aparente o esotérico, uno exotérico o  externo y uno oculto.   En el Simbolismo, el Masón conoce lo grandioso y oculto de la Naturaleza a través de la Moral más elevada, pero también esboza lo útil de la filosofía y lo universal de la política; solo así, el Maestro estará preparado para  dedicarse al estudio de la Creación y los  Misterios de la Vida y la Muerte.
Este compromiso  sagrado, se complementa con el conocimiento del Juez inexorable que  premia y castiga nuestras buenas o malas obras, para luego, en el Camino de la Perfección, elevarse al creador en agradecimiento, pero comprendiendo que todos somos sus hijos y que todos participamos del Reino de la Tierra y los Cielos.
Lo cierto mis QQ.·. HH.·., es que en cada símbolo, el Masón va descubriendo un significado oculto, y así, inteligentemente, va encontrando el significado histórico del conocimiento humano.

*  Imágenes, Besomi
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¡QUIENES SOMOS LOS MASONES?
JOSÉ ANTONIO OLIVIERI MARADEY
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Somos ciertamente una antigua Orden, pero conformada por personas humanas que siempre estarán en su Época, en su Tiempo y en su Momento, cumpliendo  como humildes Obreros, la labor de alcanzar la Felicidad de la Humanidad.  Pero esa actualización, solo se da por un Trabajo constante, donde  incuestionablemente, la enseñanza de la Moral hace posible, que abramos las puertas a la investigación de la Verdad, perfeccionándonos en el Arte Supremo del Pensamiento.  Es decir, el Arte Real, a través del Conocimiento basado en la exactitud, ayudado por el trabajo y siendo efectivo por la Perseverancia, con la  segura intención de vencer todas las dificultades, extingue la oscuridad que nos da la ignorancia y distribuye  Felicidad en el Camino de la Vida.
El Masón de siempre, que es de hecho el Masón de Estos Tiempos como ya lo hemos despejado,  en su transitar para encontrar la ciencia humana, o sea, la amalgama donde están íntimamente ligados el Bien y el Mal, no debe abusar  de la debilidad de su congénere, ni hacer empeño en su Vanidad. El Mal existe por todas partes con atracciones tentadoras, pero por todas partes también está el Bien, sirviendo de Eje a todas las existencias sociales del mañana. El Mal no es un principio desconocido, ni algo sin origen, es el lado débil de nuestra Naturaleza, que hace posible que se manchen Tronos y Altares. Vale entonces inmortalizar la idea,  de que no es justo, que  sacrifiquemos nuestra Dignidad y nuestra Fuerza Moral a los apetitos de la vida material.
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Seguramente nos estamos preguntando ¿Dónde se arquitecta el Masón que el H:. Olivieri está trazando?
Indiscutiblemente,  la respuesta está en cada uno de nosotros, ya que el Masón se prepara en su propio Templo, lugar Sagrado, donde solo él puede entrar, con la Llave que la Naturaleza le dio, como resultado de un Trabajo constante  que le permitió construirlo a semejanza del Templo Físico, donde nos reunimos para tratar los asuntos inherentes a la Orden.
El  Templo Físico, está sustentado simbólicamente en tres grandes columnas: la de la Fuerza, la de la Belleza y la de la Sabiduría. La de la Fuerza, que nos anima y sustenta en todas las dificultades. La de la Belleza, que adorna nuestras acciones, nuestro carácter y nuestro espíritu y la de la Sabiduría, que nos orienta por el Camino de la Vida.
Si trabajamos sustentando nuestras acciones en estas tres columnas, armónicamente estaremos dando apoyo a nuestro Templo Divino, ya que el Universo, es el Templo de la Divinidad, donde los masones, como Obreros de la Luz y de la Paz servimos al Gran Arquitecto del Universo. La Fuerza y la Belleza están apenas alrededor del Trono como pilares de la Obra Divina.
La Sabiduría, es infinita en el Creador, su Fuerza es Omnipotente y su Belleza se manifiesta en toda la Naturaleza por la Simetría y por el Orden.
Esas tres columnas a las que hemos hecho alusión, representan también a Salomón, por la Sabiduría en construir, completar y dedicar el Templo de Jerusalén al servicio de Dios;  a  Hiram rey de Tiro, por la Fuerza que dio a los trabajos del Templo y a Hiram Abiff por su primoroso trabajo para darle al Templo una Belleza hasta hoy nunca alcanzada.
A esas columnas fueron dadas órdenes arquitectónicas:  la  Jónica, para representar la columna de la Sabiduría; la Dórica, a la columna de la Fuerza y la Corintia a la columna  de la Belleza. Esta  simbología mis QQ:. HH:., nos indica, que en la Obra Fundamental de nuestra Construcción Moral, es menester colocar en la superficie, todas las posibilidades de las potencias individuales, despojándonos de las ilusiones de la personalidad, trabajo este, que por todos nosotros es conocido, puesto que lo ejecutamos  cada vez que entramos al Templo.
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Apreciemos, que el Masón se rodea de una serie de elementos que le ayudan a prepararse para su trabajo como obrero de la Luz. Diríamos, que el Masón por naturaleza debe ser virtuoso para convivir con la Bóveda Celeste, lo cual alcanza a través de la Escalera de Jacob. Es por ese motivo, que esa escalera está constituida por gradas que simbolizan virtudes, destacando entre las primeras la Caridad, la Esperanza y al Fe, virtudes morales, que deben adornar el espíritu y el corazón del ser humano, pero sobretodo del hombre Masón, quien no olvidará jamás la Fe en el G:.A:.D:.U:., ni la Esperanza en el perfeccionamiento Moral ni la Caridad para con sus semejantes.
Por otra parte y a un nivel más superior, la Fe, vendría  a ser la Sabiduría del Espíritu, sin la cual el hombre nada llevaría a término. La Esperanza, la Fuerza de ese Espíritu, amparándolo y animándolo en las dificultades encontradas en el camino de la Vida  y la Caridad,  la Belleza que  adorna tanto al Espíritu como al Corazón bien formado, haciendo con que en él, se abriguen los más puros sentimientos humanos.
Además de las virtudes que simboliza la Escalera de Jacob, existen las llamadas Virtudes Cardinales, que todo Masón conoce por obligación desde que se Inicia. Están representadas en los cuatro cantos del Templo por borlas colgantes y son: la Prudencia, la Templanza, la Justicia y la  Fuerza o Coraje.
Aclarada la situación de “El Masón de Nuestros Tiempos” con respecto a su adecuación histórica, creo, podemos continuar en la tónica de ir adosando a través de nuestra imaginación,  la creación de un modelo de  Masón,  con cualidades tales, que  en la medida que lo vayamos diseñando masónicamente hablando, lo proyectemos en el ideal para nosotros mismos, para nuestra logia y para nuestra sociedad.
El H:. Masón mis QQ:. HH:., está consciente de que  por medio de la Sabiduría, el puede crear; así como también, que a través de la Fuerza, puede dar sustento a la estructura y que con la Belleza, adorna. Pero paralelamente,  debe combatir la Ignorancia, la cual es la madre de todos los vicios, que tiene como principio nada saber.”

*  Imágenes, Besomi

 

A CLASSE DO ARTESÃO - ROSACRUZ



Artesão é a denominação para alguém que, através de ferramentas que aprendeu a utilizar através do tempo, cria, transforma, melhora, incentiva, exemplifica, entusiasma, anima, auxilia, prontifica-se, acredita.
E assim, frateres e sorores, podem utilizar o contexto acima para situar, dentro da Loja, os membros mais antigos de nossa amada Ordem Rosacruz, AMORC. Membros que, após longos anos de estudo e prática dos ensinamentos rosacruzes, estão aptos a usar o avental rosacruz de serviço da maneira mais nobre e altruística possível. Incentivando os membros mais novos a prosseguirem na senda; auxiliando o Organismo Afiliado no que for necessário para que ele, realmente, seja o nosso Lar Espiritual. E, principalmente, acreditando nos valores rosacruzes, em suas práticas e ensinamentos. A atividade da Classe dos Artesãos, que acontece uma vez por mês em nossa Loja, manifesta poderosas vibrações de Luz, Vida e Amor em nosso ambiente, ao nosso redor e expandem-se para onde forem necessárias. Conclamo, então, nossos fratres e sorores artesãos a estarem conosco na medida de suas possibilidades. Incentivando, exemplificando, entusiasmando, animando, auxiliando, prontificando-se e acreditando.
Soror Heloisa , Mestre  da Classe dos Artesãos

 A MAÇONARIA RUSSA

 Por: EUGENIO TSCHELAKOW









Esta matéria está dedicada à memória de René Guénon (1886-1951).











                                                                                     
O czar Alexandre I, maçom, havendo liderado a heróica gesta empreendida contra o seu irmão maçônico Napoleão I, a quem derrotou com o exército conduzido pelo marechal de campo Mikhail Kutuzov, também eminente franco-maçom, com base em um relatório sobre as atividades dos maçons russos elaborado pelo tenente general e senador Igor Kushelev (Grão-Mestre Adjunto da Grande Loja Maçônica Ástrea), decidiu proibir a Maçonaria na Rússia mediante o “ukase” de 1° de agosto de 1822, perante a surpresa geral de todo o mundo. O que foi que aconteceu até lá?


                                                                              Czar Alexandre I

A maçonaria contemporânea nasceu no dia de São João (24 de junho) de 1717 no salão de refeições da Taberna O Ganso Grelhado instalado no primeiro andar da Catedral de São Paulo em Londres, quando quatro Lojas decidiram vir a público para constituir a Grande Loja de Londres.

Vamos destacar algumas caraterísticas desse processo, já que se refletiriam posteriormente no desenvolvimento da maçonaria russa.

a) A Ordem (Instituição, Ciência ou Sociedade) como também é conhecida a Maçonaria entre os maçons, obviamente já existia antes de 1717. Assim, alguns historiadores afirmam que o imperador russo Pedro I “O Grande” foi iniciado na maçonaria, antes dessa data, pelo arquiteto Christopher Wren, restaurador da citada Catedral londrinense. Outros, dizem que o seu ingresso foi num navio militar inglês, o que era muito comum na época. Conforme afirma o escritor inglês Jasper Ridley (que não é maçom) Pedro I, após a sua volta a Rússia em 1698, mandou o seu ministro de confiança, o suíço François Lefort, que fundasse a primeira loja maçônica russa em São Petesburgo e que se fizesse Mestre dela.

b) As Constituições Maçônicas de 1723, redigidas pelo reverendo James Anderson e aprovadas pela Grande Loja da Inglaterra, estabeleceram as normas e diretrizes da Instituição que vigoram ainda hoje, quais são:

– “Um maçom nunca será um ateu estúpido, nem tampouco um libertino irreligioso”. Conseqüentemente deve acreditar em Deus e na imortalidade da alma. A maçonaria russa sempre foi, e atualmente também o é, profundamente religiosa, como prova o fato de que o metropolita Filareto, certamente a personalidade moral, intelectual e espiritual mais importante que tenha dado o alto clero russo, militou ativamente na Ordem, como veremos mais adiante".

– “As discussões de ordem religiosa secttária e política partidária estão rigorosamente proibidas em Loja… Um maçom nunca deverá se envolver em motins e conspirações contra a paz e bem-estar das nações”.

 Desde sua funddação, a Grande Loja da Inglaterra foi dirigida pelo mais alto nível da Coroa Britânica, fato que se mantém até os nossos dias, sendo o atual Grão-Mestre o Duque de Kent. Este exemplo se repassaria para a toda a aristocracia européia, como por exemplo: o rei da Prússia Frederico II O Grande, considerado Grão-Mestre e Protetor universal da Maçonaria; o imperador do Brasil Dom Pedro I; o rei da Suécia quem, até hoje, é o presidente da Maçonaria Sueca; Napoleão I e todos os seus irmãos; Fernando II rei do Portugal; Leopoldo I rei da Bélgica; os reis da Itália Vítor Manuel II e Vítor Manuel III; Estanislao Poniatovsky rei da Polônia; e outros. Escreve Jean Palou que existiriam evidências de que o rei Luís XVI (guilhotinado durante a Revolução Francesa) e seus irmãos, futuros reis Carlos X e Luís XVIII foram recebidos franco-maçons na Loja “Les Frères Unis”, constituída “ad-hoc” em Versalhes. No continente americano, sem nobres, porém ocupando o mais alto nível sócio econômico e político, destacados maçons tais quais George Washington, Benjamin Franklin, Francisco Miranda, Bolívar, San Martin, O’ Higgins, Artigas, José Bonifácio de Andrade e Silva, Joaquim Gonçalves Ledo, Padre Hidalgo, Benito Juarez e José Martí, participaram ativamente da construção dos seus países. A Rússia não podia ficar à parte dessa tendência e foi assim como a maioria das elites de São Petesburgo, Kiev e Moscou participaram da Ordem. O historiador Nicolai Riasanovsky, citado por Richard L. Rhoda afirma que durante o reinado de Catarina II “A Grande” chegou-se aos 2.500 membros repartidos em mais de cem lojas de todo o país. Conforme a revista alemã “O Globo” existiam 145 lojas maçônicas no ano 1787, o qual colocava à Rússia dentre as principais potências maçônicas do mundo na época.

– “As Lojas estarão exclusivamente constituídas por homens”. Desde o início do seu reinado Catarina II, que governou Rússia por 34 anos (1762-1796), mantinha uma ativa correspondência com Voltaire e se entusiasmava com os princípios pedagógicos de Rousseau, consentiu o crescimento da maçonaria. Todavia, vários fatos perturbaram esse relacionamento: a aberta simpatia pela Ordem manifestada pelo seu marido e rival Pedro III; o ingresso em 1777 à Instituição -por convite do rei da Suécia Gustavo III – do seu filho e inimigo político o Grande Duque Paulo; a influencia na maçonaria do seu outro inimigo político o rei Frederico “O Grande”; o desmascaramento do pseudomaçom e charlatão Cagliostro numa sessão espírita realizada nos salões do príncipe Gagarin – o que motivou a Catarina escrever três comedias satíricas: “O xamã siberiano”, “O fabulador” e “O alucinado” e finalmente, as maliciosas acusações do abade Barruel no sentido de que a maçonaria teria realizado a Revolução Francesa (o que é absolutamente falso, conforme Castellani, Francisco de Assis Carvalho (Xico Trolha), Palou e outros), influenciaram negativamente no ânimo da imperatriz que, a princípio não proibiu os trabalhos nas Lojas, mas deu a entender aos nobres que já não aprovava que pertencessem a elas.



Porém, o que mais incomodava a Catarina II era que não podia ser membro da Ordem pela sua condição de mulher; fato que também desgostava às demais mulheres importantes da época. Anos mais tarde, a esposa de Napoleão I, Josefina, resolveu o dilema filiando-se a uma Loja de Adoção (de mulheres; considerada irregular pela Grande Loja Unida da Inglaterra o que na verdade não significa absolutamente nada, uma vez que a grande Loja unida da inlgaterra nunca foi a detentora da regularidade maçônica), chegando a presidir em 1805 à Loja Imperial de Franco-Cavaleiros, de Estrasburgo, cuja Grã-Mestra era a Madame de Dietrich, esposa do prefeito da cidade em cuja casa foi cantada a Marselhesa pela primeira vez em 1792. Por outro lado, o embaixador sueco na Rússia, Conde Stedingk, escreveu que “Catarina sentia uma feminina repulsão contra a maçonaria”.



 Contrariamente ao que supõe a maioria das pessoas, a Maçonaria não é unívoca; isto quer dizer que existem diversas obediências maçônicas, muitas às vezes enfrentando-se entre si e que praticam, por sua vez, distintos rituais durante os seus trabalhos em Loja. Estamos, pois, longe de uma única organização, com um único ritual e sob uma única liderança; por tanto não existe, nem nunca existiu um suposto governo maçônico universal.



Estas divisões na Ordem refletiram-se na Inglaterra da segunda metade do século XVIII quando coexistiam duas Potências igualmente regulares: a dos “Modernos” cujo Grão-Mestre era o Duque de Kent (quem mais tarde seria o pai da rainha Vitória) e a dos “Antigos”, à frente da qual estava o Duque de Sussex. Foi em 1813 quando os dois irmãos conseguiram unificar ambas as Obediências, ficando à frente o Duque de Sussex e ocupando o cargo até a sua morte em 1843. Na Rússia a principal influência foi o sistema inglês e o seu maior impulsor foi o senador e conselheiro particular da imperatriz, Ivan P. Yelaguin (1725-1794) que em 28 de fevereiro de 1772 foi eleito Grão-Mestre Provincial do Império Russo (sob os auspícios da Grande Loja da Inglaterra).



 O seu rival era o “Sistema Zinnendorf” ou sueco, que chegou à Rússia via Berlim através de George Reichell, diretor da Escola Militar e que somente admitia nobres nas suas lojas. Já vimos que a este rito pertenceu o Grande Duque Paulo e teve muita repercussão pelo agregado (além dos três graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre da denominada Maçonaria simbólica ou azul) dos chamados Graus Templários ou Cavaleirescos, de marcantes características místico cristãs.



Em 1776 ambas as Obediências se unificaram tomando o nome de Grande Loja Nacional. Deve-se levar em conta que no século XVIII cada um quis forjar o seu próprio sistema maçônico, desde logo incorporando sempre à Maçonaria simbólica (de unicamente três graus), como pode ver-se nos rituais herméticos, cabalísticos e filosóficos e nas Ordens de Cavalaria.



Sem prejuízo do acima escrito sobre Pedro “O Grande”, está documentado que a Maçonaria na Rússia aparece em 1731 quando o capitão John Phillips é designado Grão-Mestre Provincial da Rússia pela Grande Loja de Inglaterra. Em 1740 o mesmo título é outorgado ao futuro marechal prussiano James Keith, quem começou a atrair para a Ordem a jovens oficiais das melhores famílias russas. Um papel de destaque tiveram o professor Johan Eugen Schwarz, diretor do Instituto Pedagógico da Universidade de São Petesburgo e Nicolai I. Novikov (1744-1816), fundador do jornalismo russo. Ambos homens eram muito ilustrados e não somente trabalharam ativamente a favor da maçonaria como também influíram poderosamente na vida intelectual da sociedade russa. Todavia, isto não impediu que fosse ordenada a prisão de Novikov, o confisco dos bens de Mikhail Kutuzov e a clausura da atividade maçônica em 1794 por ordem imperial.



Quando o czar Paulo I chegou ao poder em 1796, liberou a Novikov e outros maçons, porém oficialmente não revogou a proibição, talvez porque ele tinha se proclamado em 16 de dezembro de 1798 Grão-Mestre da Ordem dos Cavaleiros de Malta, uma ordem que era rival dos altos graus maçônicos Templários.

A maçonaria foi autorizada novamente pelo Czar Alexandre I em 1805 por influencia de Ivan Boeber, membro da Academia Imperial de Ciências. Segundo Jasper Ridley, Alexandre I teria dito a Boeber: “O que me conta a respeito dessa Instituição está me sugerindo que não somente outorgue a minha proteção como que inclusive eu próprio deveria solicitar ser admitido entre os franco-maçons”.



Daí em mais, novamente se fundaram numerosas lojas nas quais ingressaram o Grande Duque Constantino (irmão de Alexandre I), o conde Estanislao Potocki, o conde Ivan Vorontzov (Venerável Mestre da Loja do Silêncio na qual também se iniciaram Sumarkov, o príncipe Alexandre de Württemberg, Alexandre Marischkin e outros membros da Corte). À Loja Palestina pertenceu Alexandre Ypsilanti, quem se destacou na luta contra os turcos pela libertação da Grécia.



Também devem mencionar-se neste período o conde Roman Vorezov, tenente general Melissino, príncipe Nicolai Trubetzkoy, príncipe Gagarin, príncipe Dolgorouky, príncipe Golitzin, Nevitzky, Scherbatov, Mamonov e o príncipe Dashkov. O conde Alexandre Suvorov (1729-1800) herói militar que lutou na guerra contra os turcos, foi membro da Loja Aux Trois Etoiles de São Petesburgo e depois da Loja Zu den deir Kronen. O escritor e estadista Alexandre S. Griboyedov (1745-1813) foi membro da Loja Amigos Unidos em 1816. O herói das guerras contra Napoleão I, marechal de campo Mikhail I. Kutuzov (1745-1813) foi iniciado na Loja Zu den deir Schusseln (de Ratisbona); logo foi membro da Loja Trois Drapeux (de Moscou) e depois se filiou à Loja Dying Sphinx (de São Petesburgo), alcançando o sétimo grau do sistema maçônico sueco. Também deve citar-se o famoso compositor Dimitry S. Bortnyansky (1751-1825) autor de muitas músicas tanto religiosas quanto maçônicas.
(masones.wordpress.com)
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A ESSÊNCIA DA MAÇONARIA
À Glória do Grande Arquiteto do Universo!
A essência da filosofia maçônica consiste no combate aos vícios e no exaltamento da virtude. Portanto, partindo dos vícios, podemos enquadrá-los no ócio, inveja, ódio, orgulho, vaidade, sensualidade, egoísmo, dentre outras, tanto ou mais funestas. A virtude é a força que nos impele para a prática do bem no seu mais amplo sentido. Por óbvio, é o oposto do vício.
O homem é uma dualidade, nele reside o bem e o mal. Ele anseia por ser Deus, tudo dominar e submeter à sua soberana vontade. O primeiro pecado não foi a desobediência, como sustenta a igreja, foi a inveja. Foi quando a serpente diz para Eva, “se voces comerem daquele fruto serão como Deus “, foi que Eva sucumbiu, arrastando consigo nosso pai Adão. Portanto, eles queriam ser deuses e, não o conseguindo, passaram a carregar consigo a ânsia desse desejo. Quando verificamos a ganância, o egoísmo, orgulho e a ambição humana, constatamos que são sem limites. Aspiram o infinito, e o infinito é um atributo da divindade. Embora a Bíblia diga que Deus criou Adão do barro e Eva de uma das suas costelas, sabemos que existem outras versões para esse mito. Um deles diz que Adão era um ser hermafrodita, Deus o rachou ao meio separando o lado feminino do masculino. Prefiro este. Porque ele se enquadra na biologia. A biologia diz que o embrião humano até o 60º dia, é um ser hermafrodita, tem os dois sexos. Após o 60º dia, um dos sexos começa a se atrofiar e o outro a se destacar. Daí surge a constatação de que não existe o homem 100% macho nem a mulher 100% feminina. Até o espermatozóide advém de um homem e uma mulher, portanto, não é 100% macho. O mesmo ocorrendo com o ovo feminino. Na psicologia junguiana é sustentado a existência das personalidades anima e animus. Segundo Jung, o homem tem a personalidade anima e mulher tem a personalidade animus. Ou seja: o homem tem uma parcela feminina e a mulher tem uma parcela masculina. É fácil verificar que o mito da gênese em que o Adão hermafrodita é rachado ao meio, separando o lado feminino do masculino, tem guarida na teoria de Jung. Principalmente se admitirmos que essa separação deixa um traço em cada um. Adão embora dividido, contém uma parte feminina;enquanto a mulher que, nessa versão se chama Lilith, leva uma parte masculina. Freud, na sua Teoria dos Instintos, diz que temos dois instintos básicos: Eros e Thanátos. Thanátos é o instinto mais primitivo do homem, remontando à matéria inorgânica. Thanátos é o instinto agressivo, intinto de morte. O que Thanátos deseja é a morte do ser vivo pra retornar ao estado de nirvana de onde proveio. Eros é o instinto mais recente, com ele, começa o processo civilizatório. Eros é o contrário de Thanátos, Eros é o amor, a afeição, a carícia. O lado agressivo (Thanátos, animnus), é o lado másculo por excelência. Desse lado vem a tendência dominadora do homem, o seu afâ para ser Deus. Enquanto sabe da inutilidade da sua luta, ele procura ser uma divindade, ainda que menor, aqui na terra. Esse instinto dominador e agressivo é freiado pelas leis positivas no plano externo, e no plano interno pelas leis morais ( o medo do pecado, do inferno etc). Na teoria freudiana esse freio está no superego. Todavia, o homem sempre buscou se libertar das suas amarras. A luta pela liberdade é uma luta contra a repressão dos instintos. Segundo Herbert Marcuse (Eros e civilização), o que nós chamamos sociedade, cultura, civilização, é construído sob uma repressão dos intintos primários. A temperança é a chave que deve moldar o comportamento do homem. O homem ‘livre e de bons costumes’ é aquele que não se vê dominado pelos vícios; aquele que os superou e pode viver sem se sentir em constante ansiedade, dominado pela inveja ou pela frustração. O M.´.M.´. deve fazer com que o espírito domine a matéria; a razão vença as paixões. As posições do Esquadro e do Compasso nos três graus do simbolismo representam essas assertivas. As colunas também trazem a representação desse dogma. A coluna B, onde têm assento os Ap.´. é a coluna da força. Ela representa a força bruta, ainda não trabalhada; representa aqueles que, recém-chegados do mundo profano, trazem consigo os vícios que devem ser debastados. Poderíamos dizer, também, é o lado agressivo, ainda incontrolável.
A coluna J, é a coluna da beleza (feminina), é o lado anima. A doçura da beleza suaviza os instintos agressivos, domina a força redirecionando-a para o amor. O bem é sempre belo, ao passo que o mal sempre tras a conotação do feio. Portanto, a passagem do Ap.´. da coluna B para a coluna J, indica que ele está preparado para ser reeducado e conduzido à iluminação, ao mestrado. O homem na sociedade busca se realizar por todas as formas possíveis, amorosa, profissional e, sobretudo, econômica. Quanto mais agressivo ele é, maior é a sua necesssidade de se realizar. Nesse afã, ele passar por cima dos direitos dos demais, humilha, persegue, tortura … domina. Eis o momento em que ele mais se realiza, quando tem o maior número de gente sob as suas ordens, sob o seu domínio. Nesse momento ele é superior, é Deus. O trabalho maçônico tem por desiderato a moldagem dessa agressividade, fazer com ele possa se realizar, sem se desumanizar. Fazer com ele saiba que acima de tudo somos irmãos. A busca não pode se prender á realização aqui na terra, no mundo da forma;mas ela deve buscar o plano espiritual, da elevação. Nesse sentido, a sublimação dos instintos primários ganha os contornos da renúncia. É o esclarecimento que fará com o aprendiz, saiba que ele deve manter a sua luta, seu trabalho realizador, mas não para atender o seu ego, mas para fazer o bem eo útil para os demais, sem a egoística e vaidosa preocupação com o seu enaltecimento. É aqui que faz sentido o lema dos Cavaleiros Templários Non nobis,Domine, non nobis, sed nomine tuo da gloria ( Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao Vosso nome dai a gloria).
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Fernando Pessoa escreve sobre a Maçonaria


A Maçonaria compõe-se de três elementos: o elemento iniciático, pelo qual é secreta; o elemento fraternal; e o elemento a que chamarei humano – isto é, o que resulta de ela ser composta por diversas espécies de homens, de diferentes graus de inteligência e cultura, e o que resulta de ela existir em muitos países, sujeita portanto a diversas circunstâncias de meio e de momento histórico, perante as quais, de país para país e de época para época reage, quanto à atitude social, diferentemente.

Nos primeiros dois elementos, onde reside essencialmente o espírito maçônico, a Ordem é a mesma sempre e em todo o mundo. No terceiro, a Maçonaria – como aliás qualquer instituição humana, secreta ou não – apresenta diferentes aspectos, conforme a mentalidade de Maçons individuais, e conforme circunstâncias de meio e momento histórico, de que ela não tem culpa.

Neste terceiro ponto de vista, toda a Maçonaria gira, porém, em torno de uma só idéia – a "tolerância"; isto é, o não impor a alguém dogma nenhum, deixando-o pensar como entender. Por isso a Maçonaria não tem uma doutrina. Tudo quanto se chama "doutrina maçônica" são opiniões individuais de Maçons, quer sobre a Ordem em si mesma, quer sobre as suas relações com o mundo profano. São divertidíssimas: vão desde o panteísmo naturalista de Oswald Wirth até ao misticismo cristão de Arthur Edward Waite, ambos tentando converter em doutrina o espírito da Ordem. As suas afirmações, porém, são simplesmente suas; a Maçonaria nada tem com elas. Ora o primeiro erro dos Antimaçons consiste em tentar definir o espírito maçônico em geral pelas afirmações de Maçons particulares, escolhidas ordinariamente com grande má fé.

O segundo erro dos Antimaçons consiste em não querer ver que a Maçonaria, unida espiritualmente, está materialmente dividida, como já expliquei. A sua ação social varia de país para país, de momento histórico para momento histórico, em função das circunstâncias do meio e da época, que afetam a Maçonaria como afetam toda a gente. A sua ação social varia, dentro do mesmo país, de Obediência para Obediência, onde houver mais que uma, em virtude de divergências doutrinárias – as que provocaram a formação dessas Obediências distintas, pois, a haver entre elas acordo em tudo, estariam unidas. Segue daqui que nenhum ato político ocasional de nenhuma Obediência pode ser levado à conta da Maçonaria em geral, ou até dessa Obediência particular, pois pode provir, como em geral provém, de circunstâncias políticas de momento, que a Maçonaria não criou.

Resulta de tudo isto que todas as campanhas antimaçônicas – baseadas nesta dupla confusão do particular com o geral e do ocasional com o permanente – estão absolutamente erradas, e que nada até hoje se provou em desabono da Maçonaria. Por esse critério – o de avaliar uma instituição pelos seus atos ocasionais porventura infelizes, ou um homem por seus lapsos ou erros ocasionais – que haveria neste mundo senão abominação? Quer o Sr. José Cabral que se avaliem os papas por Rodrigo Bórgia, assassino e incestuoso? Quer que se considere a Igreja de Roma perfeitamente definida em seu íntimo espírito pelas torturas dos Inquisidores (provenientes de um uso profano do tempo) ou pelos massacres dos albigenses e dos piemonteses? E contudo com muito mais razão se o poderia fazer, pois essas crueldades foram feitas com ordem ou com consentimento dos papas, obrigando assim, espiritualmente, a Igreja inteira.

Sejamos, ao menos, justos. Se debitamos à Maçonaria em geral todos aqueles casos particulares, ponhamos-lhe a crédito, em contrapartida, os benefícios que dela temos recebido em iguais condições. Beijem-lhe os jesuítas as mãos, por lhes ter sido dado acolhimento e liberdade na Prússia, no século dezoito – quando expulsos de toda a parte, os repudiava o próprio Papa – pelo Maçom Frederico II. Agradeçamos-lhe a vitória de Waterloo, pois que Wellinton e Blucher eram ambos Maçons. Sejamos-lhe gratos por ter sido ela quem criou a base onde veio a assentar a futura vitória dos Aliados – a "Entente Cordiale", obra do Maçom Eduardo VII. Nem esqueçamos, finalmente, que devemos à Maçonaria a maior obra da literatura moderna – o "Fausto" do Maçom Goeth.

Acabei de vez. Deixe o Sr. José Cabral a Maçonaria aos Maçons e aos que, embora o não sejam, viram, ainda que noutro Templo, a mesma Luz. Deixe a Antimaçonaria àqueles Antimaçons que são os legítimos descendentes intelectuais do célebre pregador que descobriu que Herodes e Pilatos eram Vigilantes de uma Loja de Jerusalém.

(*) Fernando Pessoa - Este é um trecho do artigo que Fernando Pessoa publicou no Diário de Lisboa, no 4.388 de 4 de fevereiro de 1935, contra o projeto de lei, do deputado José Cabral, proibindo o funcionamento das associações secretas, sejam quais forem os seus fins e organização
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