terça-feira, 10 de janeiro de 2023

A Política da Globo
Fernando Henrique Cardoso  foi Presidente da República por dois mandados. Na verdade, foi um imperador; reinou no país desde quando chegou e levantou a questão da reeleição, via Serjão, o seu lugar-tenente.
Mas, FHC foi amplamente apoiado pela Rede Globo, reconhecida pelo muito que dele recebeu, inclusive uma massiva injeção de recursos que a livrou de um pedido de falência que a ameaçava desde Nova York.
Depois que Lula chegou a presidência pelas mãos do seu vice José de Alencar, fruto da aliança com o Partido Liberal. Ele se mostrou tanto ou mais generoso do que FHC.  Isto possibilitou que o seu governo navegasse em calmaria por dois mandatos e ainda fizesse a sua sucessora, Dilma Rousseff. Na reeleição de Dilma, a direita estava decidida  retomar a presidência e o escolhido para isso foi Aécio Neves. Por via das dúvidas, engataram Michel Temer como candidato a vice na chapa da Dilma.
Michel Temer pertence ao MDB de onde saiu FHC após  fundar o PSDB. Portanto, falam a mesma língua e ideologicamente são fabianos*   de corpo e alma.
O projeto Aécio fracassou e Dilma foi reeleita levando consigo o "ovo da serpente". Bonner  profetizou da sua trincheira: vamos bater até ela cair. E bateram até ela cair ... e morrer politicamente.
The game is on again: Lula volta à arena politica e leva consigo o ex-adversário Geraldo Alckmin, fiel escudeiro de FHC. Portanto,  Alckmin é a esperança da Globo que, com a derrocada do seu ungido Sérgio Moro, entra com o plano B.
Seja qual for o desfecho dos acontecimentos que estão em andamento no nosso conturbado cenário político, Lula não terá como levar o seu governo adiante. Ele terá que renunciar ou será deposto, via impeachment. E desta  forma, o fabianismo estará de volta.

*Sociedade Fabiana