terça-feira, 14 de agosto de 2012

Macabra pratica antiga: mãos aos reis





Por em 14.08.2012 as 2:10
Durante uma série de escavações na cidade egípcia de Tell el-Daba, arqueólogos encontraram os restos de 16 mãos humanas, distribuídas em quatro covas. Curiosamente, todas as mãos são direitas.
As bizarras “relíquias históricas” datam de aproximadamente 3,6 mil anos atrás, da época em que o povo Hykso controlava parte do Egito. Naquele tempo, Avaris (atual Tell el-Daba) era a capital de seu império e no local havia um palácio ocupado por um dos líderes dos hyksos, o rei Khayan.
A princípio, as mãos são a primeira evidência física de uma prática registrada em documentos e obras de arte do antigo Egito: a oferta da mão direita de um inimigo ao rei em troca de ouro. Além de facilitar a contagem de inimigos derrotados, cortar especificamente a mão direita seria uma forma simbólica de privar o outro de sua força.
Um dos registros desse ritual (praticado tanto por egípcios quanto por hyksos) foi encontrado na tumba do egípcio Ahmose e foi escrito 80 anos depois da data em que as 16 mãos foram enterradas. “Então eu lutei corpo a corpo. Eu trouxe uma mão. Isso foi relatado ao mensageiro real”, lê-se na inscrição.
Apesar do ineditismo dos vestígios encontrados em Tell el-Daba, a crueldade dos egípcios contra prisioneiros já era conhecida: a Paleta de Narmer, obra da época da unificação do antigo Egito (há 5 mil anos), retrata prisioneiros decapitados e um faraó prestes a esmagar a cabeça de outro homem. Sutil, não?[Live Science, MaisFotos]




Guilherme de Souza é jornalista empenhado, ilustrador em treinamento, curte ciência, cultura japonesa, jogos de videogame e outras nerdices. Tem alergia a música sertaneja e acha uma pena que o Disco tenha caído no esquecimento.
 
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