Fundador do WikiLeaks se refugiou na Embaixada do Equador para evitar sua extradição à Suécia, onde é acusado por supostos delitos sexuais
18 de agosto de 2012 | 7h 07
EFE
Veja também:
Presidente do Equador busca projeção com asilo, dizem analistas
Entenda os possíveis desfechos do impasse para Julian Assange



EFE
Na Austrália, onde nasceu o criador do WikiLeaks, manifestantes pedem a libertação de Julian Assange
SIDNEY - O
Governo da Austrália garantiu neste sábado que manteve contato com
Julian Assange em oito ocasiões desde que o ativista australiano passou a
refugiar-se na Embaixada do Equador em Londres.
As
autoridade de Canberra também confirmaram ter feito preparativos para o
caso de o fundador do site WikiLeaks ser extraditado para os Estados
Unidos.
O
último destes contatos ocorreu na terça-feira, 14, dois dias antes de o
Equador lhe conceder asilo diplomático, assinalou em uma nota à imprensa
o ministro das Relações Exteriores australiano, Bob Carr.
Durante
essa conversa, Assange, que desde 19 de junho está na legação
equatoriana em Londres, recusou a oferta de assistência consular, mas
agradeceu a ajuda, segundo informou a emissora estatal "ABC".
O
fundador do WikiLeaks se refugiou na Embaixada do Equador para evitar
sua extradição à Suécia, onde é acusado por supostos delitos sexuais.
Desde
que foi detido no Reino Unido, em dezembro de 2010, a defesa de Assange
tenta por todos os meios evitar sua extradição à Suécia por temer a sua
posterior entrega às autoridades dos EUA, o país mais prejudicado pela
difusão de milhares de documentos diplomáticos secretos do WikiLeaks.
Segundo
documentos oficiais publicados pela empresa de comunicação australiana
Fairfax, o Governo da Austrália não vê nenhum inconveniente quanto a uma
possível extradição do ativista, e por meio de seu embaixador em
Washington solicitou apenas um aviso anterior à consumação da medida.
Essas
informações foram confirmadas pelo ministro do Comércio, Craig Emerson,
que em declarações à rede "ABC" disse que a embaixada "se prepara para
uma eventual extradição".
No
entanto, Emerson precisou que até o momento o Governo da Austrália
carece de evidências de que os EUA estejam preparando a extradição de
Assange.
Já o
ministro das Relações Exteriores, Bob Carr, assegurou em maio perante o
Senado australiano que os EUA não tinham nenhuma intenção de processar o
fundador do WikiLeaks.
http://www.estadao.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário