quinta-feira, 9 de abril de 2009

Os Textos Funerarios e os Textos dos Sarcofagos

Ambos os textos, tanto os Funerarios quanto os dos Sarcófagos, se originam, em parte, do Texto das Piramides.
Os chamados Textos Funerarios, apresentam uma linguagem própria, os "discursos". Estes são adaptações de vários documentos básicos, como o Livro dos Mortos e outros do mesmo gênero e da Lenda de Osiris, com propósitos funerarios, pois se achavam inscritos principalmente em paredes de tumbas e estelas funerárias.
Estes discursos, muitas vezes em forma de diálogos, se tornam muito importantes a partir do momento que são expressos em termos mais populares permitindo, portanto, maior compreensão. A grande maioria deles se refere, particularmente, à personalidade de Osiris, em especial às cerimonias realizadas durante a Semana Santa, onde era celebrada sua Paixão (nascimento, vida, morte e ressurreição). A mais completa coletânea se encontra no Papiro Bremmer Rhind, documento do século IV a.C. escrito numa linguagem arcaica, caracteristica do Médio Império, e que contém, além de duas versões do mito heliopolitano da Criação, uma série de fórmulas mágicas que visam à`destruição de Apopi. 76
Quanto aos Textos dos Sarcófagos, tornou-se costume, logo no inicio do Primeiro Periodo Intermediário, a inscrição nos esquifes, de pequenos textos e/ou "encantamentos", fórmulas "mágicas" que suplicavam proteção para a alma do morto, na passagem para o Outro Mundo. Embora também derivadas dos Textos das Pirâmides,
estas inscrições têm, como caracteristicas, além da linguagem simples, a "popularização" ou "democratização" dos escritos antes considerados "reais", no sentido
hierárquico, de "realeza".
76. Apopi - "monstro" ou "demonio" mitológico associado a Seth, significando as "iniquidades da matéria".
Nota: as únicas religiões que cultuavam a morte do deus, eram a Egipcia e a Católica.

Lourdes Bacha

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