segunda-feira, 29 de outubro de 2012



10/10/2012Por Jorge Serrão - 
O ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem tudo para enfrentar problemas sérios no desdobramento judicial do Mensalão. Confirmada a condenação de seu ex-chefe da Casa Civil por corrupção ativa, será impossível sustentar a tese de que José Dirceu agia sozinho na operação de “compra” de partidos base aliada, sem que seu superior hierárquico “soubesse de nada”. Sob a presidência de Joaquim Barbosa no STF, a partir de 18 de novembro, o mito Lula deverá enfrentar o rigor da Justiça – com o agravante de que agora não tem mais foro privilegiado para se blindar.
Os votos de alguns ministros do STF, condenando Dirceu , já deram uma pista de um nome que será investigado no desdobramento da Ação Penal 470. Trata-se de Marcelo Sereno, amigo pessoal de Dirceu, de quem foi assessor, e ex-secretário de Comunicação do PT. Sereno seria o elemento direto de ligação entre a Casa Civil e o gabinete de Lula da Silva. Sereno se torna alvo por suas ligações com Waldomiro Diniz e Carlinhos Cachoeira – cuja CPI o PT faz de tudo para que acabe em pizza, antes que macule a imagem de alguém poderoso do partido.
Embora Lula tenha pregado ontem a candidatos petistas que disputam o segundo turno eleitoral que “é preciso manter a cabeça erguida”, após a condenação de Dirceu, Lula sabe que é a sua própria cabeça que ficará a prêmio daqui por diante. O sinal de alerta foi ligado com a reportagem de setembro da revista Veja, na qual o empresário Marcos Valério, operador do esquema, apontou Lula como o chefe do mensalão. Portador de gravações-dossiês para serem usadas conforme a conveniência, Valério também revelou que o PT usou R$ 350 milhões no esquema.
Assim que assumir a presidência do STF, o herói nacional, Joaquim Barbosa, deverá retirar o estranho segredo de Justiça sobre o Processo Investigatório 2.474. Os 77 volumes em sigilo apuram as supostas irregularidades no convênio entre o Banco BMG e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), com a participação da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev), para a “operacionalização de crédito consignado a beneficiários e pensionistas”. O caso dormita “blindado”, desde 2007, no Supremo.

Foi com as mesmas informações desse caso (estranhamente em segredo) que o Ministério Público Federal em Brasília entrou com uma ação na Justiça Federal, por improbidade administrativa, contra o ex-presidente Lula e seu então ministro da previdência Social, Amir Lando. Além de suspeitos de favorecimento ao banco BMG (envolvido com as operações de Marcos Valério), o MPF denunciou Lula e Lando por prática de “autopromoção”. Ambos assinaram as cartas a aposentados e pensionistas oferecendo crédito consignado via BMG.

Investindo nesse mesmo Processo Investigatório 2.474, Joaquim Barbosa já autorizou a abertura de um inquérito para investigar repasses feitos pelo esquema com o BMG para pessoas ligadas ao ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, e a outros políticos petistas. O novo inquérito, que tramita na Justiça Federal em Belo Horizonte, investigará repasses que beneficiaram pessoas ligadas aos deputados Benedita da Silva (PT-RJ) e Vicentinho (PT-SP), além de dezenas de outras pessoas e empresas que receberam dinheiro do mensalão. Tal esquema só foi descoberto pela Polícia Federal quando a ação principal do Mensalão já estava em andamento no STF.

A Procuradoria Geral da República já denunciou o deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT). Ele é acusado de favorecer as operações de crédito consignado do Banco BMG, quando presidiu o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O BMG é acusado de ter simulado empréstimos de fachada para o PT e as agências de publicidade do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza para abastecer o esquema ilícito de pagamento de propina. Gurgel também pediu a abertura de um inquérito independente contra o deputado José Mentor (PT-SP) “para apurar os repasses efetuados em seu benefício pelo grupo de empresas de Marcos Valério”.

Outra frente de negócios que pode bater em Lula. O MPF já mandou para a Justiça Federal em São Paulo a apuração sobre o envolvimento da Brasil Telecom (atual Oi), Telemig Celular e Amazônia Celular com Marcos Valério. A Justiça Federal em Brasília apura sobre irregularidades nas gestões realizadas pelos bancos Econômico e Mercantil de Pernambuco perante o Banco Central. O MPF denunciou que tal gestão também teve o intermédio de Valério. Incluindo os réus agora em julgamento no STF, o mensalão tem 118 réus investigados em outras instâncias do Judiciário.

Quem conduz as investigações da nova frente do Mensalão é a mulher de Roberto Gurgel, Procurador-Geral da República. A subprocuradora Cláudia Sampaio Marques investiga o escândalo desde antes da gestão do marido. O novo inquérito tem 77 volumes e mais de 13 mil páginas. O novo relatório da Polícia Federal, com novidades sobre o caso, com 332 páginas, só chegou ao MPF em fevereiro do ano passado. Como o Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, já avisou que pretende destravar outras frentes de investigação sobre o escândalo, logo após o veredicto no STF, o Mensalão e seus desdobramentos assombrarão Lula e a petralhada agora e muito além da atual campanha municipal.

domingo, 28 de outubro de 2012


Guarani-Kaiowá lutam contra a violência no MS

Índios acampados em terras retomadas estão sob ameaças de fazendeiros
Por Alexandre Bazzan
Caros Amigos
Indio-PotreroGuasu-Ataque-i"Os pistoleiros estão cercando e com arma pesada" afirma Timoteo Pires, indígena da aldeia Potrero Guasu no município de Paranhos no Mato Grosso do Sul. Flávio Machado, do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), afirma que a situação já está mais calma depois que a Força Nacional e Funai estiveram no local. As autoridades devem voltar à aldeia na segunda-feira (22), mas até lá os indígenas terão que dormir sob a constante ameaça dos jagunços que estão no local. "Nós falamos pra Funai pra recuar um pouco, porque eles (os pistoleiros) tão tudo com arma de fogo e nós só temo pau pra defender", conta Pires.
Assassinatos
Essa situação já se arrasta por um longo tempo, como noticiado por Marina D'aquino em 21 de junho, "os últimos oito anos foram de grande sofrimento, afinal foi neste período que mais de 250 índios foram assassinados no estado. Dados do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) também apontam que no mesmo período ocorreram 190 tentativas de assassinato, 176 suicídios e 49 atropelamentos contra a etnia. Calcula-se ainda que ao menos um indígena se suicida por semana no estado".
Mais:
Durante essa semana, indígenas Guarani-Kaiowá da aldeia de Pyelito Kue/Mbarakay no município de Iguatemi, também em Mato Grosso do Sul, escreveram carta pública em que demonstram sua descrença na justiça após mais uma reintegração de posse decretada.
A carta que pode ser interpretada como a falta de esperança na justiça, "Queremos deixar evidente ao Governo e Justiça Federal que por fim, já perdemos a esperança de sobreviver dignamente e sem violência em nosso território antigo, não acreditamos mais na Justiça brasileira. A quem vamos denunciar as violências praticadas contra nossas vidas? Para qual Justiça do Brasil? Se a própria Justiça Federal está gerando e alimentando violências contra nós", também pode ser interpretada como o desejo de luta até as últimas consequências, mesmo que isso signifique a morte.
"Sabemos que não temos mais chance em sobreviver dignamente aqui em nosso território antigo, já sofremos muito e estamos todos massacrados e morrendo em ritmo acelerado. Sabemos que seremos expulsos daqui da margem do rio pela Justiça, porém não vamos sair da margem do rio. Como um povo nativo e indígena histórico, decidimos meramente em sermos mortos coletivamente aqui. Não temos outra opção esta é a nossa última decisão unânime diante do despacho da Justiça Federal de Navirai-MS."
Leia abaixo a carta na íntegra.

"Carta da comunidade Guarani-Kaiowá de Pyelito Kue/Mbarakay-Iguatemi-MS para o Governo e Justiça do Brasil

Nós (50 homens, 50 mulheres e 70 crianças) comunidades Guarani-Kaiowá originárias de tekoha Pyelito kue/Mbrakay, viemos através desta carta apresentar a nossa situação histórica e decisão definitiva diante de da ordem de despacho expressado pela Justiça Federal de Navirai-MS, conforme o processo nº 0000032-87.2012.4.03.6006, do dia 29 de setembro de 2012. Recebemos a informação de que nossa comunidade logo será atacada, violentada e expulsa da margem do rio pela própria Justiça Federal, de Navirai-MS.

Assim, fica evidente para nós, que a própria ação da Justiça Federal gera e aumenta as violências contra as nossas vidas, Iguatemi-MS-Mapaignorando os nossos direitos de sobreviver à margem do rio Hovy e próximo de nosso território tradicional Pyelito Kue/Mbarakay. Entendemos claramente que esta decisão da Justiça Federal de Navirai-MS é parte da ação de genocídio e extermínio histórico ao povo indígena, nativo e autóctone do Mato Grosso do Sul, isto é, a própria ação da Justiça Federal está violentando e exterminado e as nossas vidas. Queremos deixar evidente ao Governo e Justiça Federal que por fim, já perdemos a esperança de sobreviver dignamente e sem violência em nosso território antigo, não acreditamos mais na Justiça brasileira.
A quem vamos denunciar as violências praticadas contra nossas vidas? Para qual Justiça do Brasil? Se a própria Justiça Federal está gerando e alimentando violências contra nós. Nós já avaliamos a nossa situação atual e concluímos que vamos morrer todos mesmo em pouco tempo, não temos e nem teremos perspectiva de vida digna e justa tanto aqui na margem do rio quanto longe daqui. Estamos aqui acampados a 50 metros do rio Hovy onde já ocorreram quatro mortes, sendo duas por meio de suicídio e duas em decorrência de espancamento e tortura de pistoleiros das fazendas.

Moramos na margem do rio Hovy há mais de um ano e estamos sem nenhuma assistência, isolados, cercado de pistoleiros e resistimos até hoje. Comemos comida uma vez por dia. Passamos tudo isso para recuperar o nosso território antigo Pyleito Kue/Mbarakay. De fato, sabemos muito bem que no centro desse nosso território antigo estão enterrados vários os nossos avôs, avós, bisavôs e bisavós, ali estão os cemitérios de todos nossos antepassados.
Cientes desse fato histórico, nós já vamos e queremos ser mortos e enterrados junto aos nossos antepassados aqui mesmo onde estamos hoje, por isso, pedimos ao Governo e Justiça Federal para não decretar a ordem de despejo/expulsão, mas solicitamos para decretar a nossa morte coletiva e para enterrar nós todos aqui.

Pedimos, de uma vez por todas, para decretar a nossa dizimação e extinção total, além de enviar vários tratores para cavar um grande buraco para jogar e enterrar os nossos corpos. Esse é nosso pedido aos juízes federais. Já aguardamos esta decisão da Justiça Federal. Decretem a nossa morte coletiva Guarani e Kaiowá de Pyelito Kue/Mbarakay e enterrem-nos aqui. Visto que decidimos integralmente a não sairmos daqui com vida e nem mortos.
Sabemos que não temos mais chance em sobreviver dignamente aqui em nosso território antigo, já sofremos muito e estamos todos massacrados e morrendo em ritmo acelerado. Sabemos que seremos expulsos daqui da margem do rio pela Justiça, porém não vamos sair da margem do rio. Como um povo nativo e indígena histórico, decidimos meramente em sermos mortos coletivamente aqui. Não temos outra opção esta é a nossa última decisão unânime diante do despacho da Justiça Federal de Navirai-MS.

Atenciosamente, Guarani-Kaiowá de Pyelito Kue/Mbarakay"

Teofobia

Cresce em nosso país um sentimento teofóbico que se manifesta em atos provocativos de grupos e indivíduos contra a liberdade religiosa de terceiros. Não deixa de ser uma situação paradoxal onde os que clamam pelo fim do preconceito agem da mesma forma destilando preconceitos em suas manifestações. Neste texto me limitarei aos atos de intolerância direcionados aos católicos, mas que se aplicam igualmente aos cristãos em geral. Assim, proliferam por toda parte atos provocativos como o “beijo gay” coletivo que foi realizado ano passado em frente à catedral metropolitana de Florianópolis, ou a recente invasão de uma igreja no Rio de Janeiro por uma mulher que mostrava os seios e participava da tal “marcha das vadias”. Lamentavelmente, tais atos de intolerância contra cristãos estão se repetindo com certa frequência em nosso país, o que nos leva a refletir sobre o assunto.
De forma sutil, a teofobia está presente, também, na própria universidade. Com efeito, recriminar a reitora e vice-reitora por terem solicitado a celebração de uma missa de ação de graças pelo início da sua administração, enfatizando na sua crítica que espera “que não haja conversões de última hora ao deus de Abraão, Jacó e Isaac por conta da missa e menos ainda algum sacrifício no altar do servilismo”, é atitude deselegante que demonstra pouca sensibilidade com quem não “professa” o ateísmo. Afinal, o que haveria de errado se houvesse alguma conversão? É nessa estranheza que reside o preconceito. Revela também um aspecto do discurso intolerante e discriminatório de um ateísmo militante onde o que está sendo posto não é a afirmação positiva do ateísmo daquele que faz a crítica, mas a intenção de cercear a liberdade da manifestação religiosa dos outros. Sem problemas, enquanto isso se limitar a uma mera opinião e não se transformar em ações provocativas e discriminatórias como as mencionadas no parágrafo anterior. O problema, contudo, vai além disso. Se tal teofobismo não for combatido pela raiz, corremos o risco de deixar de fazer o bem àqueles que desesperadamente procuram ajuda. Vejamos o caso da pastoral universitária que atende na paróquia da Santíssima Trindade. Há uma demanda constante por parte de alunos e pais que procuram os serviços oferecidos na igreja em busca de orientação para os problemas típicos da vida universitária. São alunos que, repentinamente, têm que morar sozinhos e, diante das dificuldades do curso e da nova situação em que se encontram, muitas vezes recorrem ao vício do álcool e das drogas. Outros simplesmente estão desmotivados e, quando não se rendem ao desânimo e à depressão, não querem mais estudar gastando suas energias em festas intermináveis ou em militância de partidos políticos fazendo mera agitação estudantil. Aqueles que despertam para a seriedade da própria condição onde encontram ajuda? Uma parte procura a pastoral universitária. Nesse contexto, nada mais racional que a administração da universidade una esforços ao trabalho assistencial de quem quer que seja na sua missão de ajudar quem os procura, independente de credo e condição social. Sim, mas dirão os teofóbicos que, como eles são da igreja católica e a universidade é laica, tal união de forças não pode ocorrer. Ora, se os que criticam não propõem solução que deixem os outros fazerem o que precisa ser feito. Do contrário, sua única motivação será mesmo uma cruzada teofóbica.
 
Há pessoas que abusam de um discurso pretensiosamente acadêmico demonstrando receio de que questões religiosas se constituam numa “investida contra o Estado desfigurando-o de sua laicidade e tornando-o um instrumento de opressão de consciências, julgando ser “de fundamental importância que a universidade – denominada nos países hispânicos de a Máxima Casa do Saber – seja demasiadamente lúcida na separação entre o laico e o religioso. Nem se quer um culto ecumênico deveria acontecer”. O receio é pertinente, mas contraditório quando fala de opressão de consciências, principalmente se quem discursa é um simpatizante do marxismo, fanatismo doutrinário que, travestido de científico mas adotando uma dinâmica tipicamente religiosa e apoiado em “crenças” como o materialismo histórico, conseguiu o nível máximo de  opressão das consciências com o comunismo e ainda hoje fomenta um sectarismo perigoso quando se encastela na universidade sob as mais diversas formas com finalidade de doutrinação. Só assim  podemos entender a existência de um instituto como o IELA que pensa a América Latina unicamente sob a ótica marxista. (Seria  útil sabermos a fonte de financiamento deste instituto).
 
Voltemos ao teofobismo. O fato é que ele aponta o risco da utilização do laicismo como instrumento de coerção a qualquer expressão religiosa. Com efeito, há povos cuja identidade está profundamente arraigada na religião e que historicamente sofreram a investida do Estado tentando limitar sua identidade religiosa em prol de um laicismo extremado. O bom povo mexicano experimentou e sobreviveu a esta investida quando, mesmo submetido ao ateísmo momentâneo das ondas revolucionárias, nunca deixou de afirmar sua devoção a Nossa Senhora de Guadalupe, cuja imagem, estampada há mais de 500 anos na tilma do índio São Juan Diego, reina imponente na catedral da basílica de Nossa Senhora de Guadalupe. Esta violência revolucionária, que fracassou em destruir o sentimento religioso do povo mexicano (bem como a tilma), se configura de forma precisa nos “Povos” a que se refere o profeta Isaías em 8, 9-10: “Povos, fiquem sabendo que vocês serão derrotados. Atenção, países distantes: armem-se quanto quiserem que vocês sairão derrotados; façam planos a vontade que fracassarão; façam ameaças: elas não se cumprirão, porque Deus está conosco.” O povo mexicano, movido pela ação inspiradora do Espírito Santo na história, de forma heroica, atualizou mais uma vez esta eterna profecia.
 
 
Marcelo Carvalho
Integralista, residente em Florianópolis (SC). Professor do Departamento de Matemática da UFSC.
 
 
Nota:
[1] Publicado originalmente no “Jornal do Sindicato dos Professores das Universidades Federais de Santa Catarina (Apufsc-Sindical) Florianópolis, 09 de Julho de 2012, nº 774, pág. 2 

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Blogueiro paga R$10,00 por dados de 1 milhão de usuários do Facebook

Blogueiro paga R$10,00 por dados de 1 milhão de usuários do Facebook


Chefes despóticos são apenas pessoas inseguras?

destrutivos, que têm sempre uma crítica à mão. Debaixo deste perfil cruel, no entanto, seu chefe pode esconder uma pessoa insegura quanto a si mesma; é o que sugere uma pesquisadora americana.
Teresa Amabile, psicóloga da Universidade de Harvard (EUA), conduziu com sua equipe o seguinte experimento: pessoas que eram notáveis em seus campos profissionais, ou de conhecimento específico, eram convidadas a analisar o trabalho de outros do mesmo ramo.
Antes da tal análise, alguns destes convidados foram colocados em situação de insegurança: os pesquisadores diziam a eles que o trabalho a ser analisado era obra de alguém realmente competente. Em outras palavras, faziam o analisador se sentir “ameaçado”, ainda que indiretamente, pelo autor do trabalho que iria julgar.

O medo de quem está por baixo

As críticas mais severas, conforme os psicólogos apuraram, vieram justamente do grupo dos ameaçados. Quanto mais a pessoa sentia que estava diante de um concorrente em potencial, alguém cujo perfil de especialista poderia ser maior do que o seu, mais pesada era a avaliação. Apenas os avaliadores que não foram induzidos a essa “ameaça” conseguiam fazer considerações mais imparciais.
Em alguns casos, as críticas dos inseguros chegavam a ser iguais às dos seguros, mas com uma diferença de tonalidade: os primeiros usavam palavras rudes e negativas, e os segundos preferiam suavizar o julgamento.
Esta pesquisa gera uma reflexão que, de acordo com a psicóloga, serve para todos os níveis hierárquicos. Se você comanda um grupo de funcionários, será que está fazendo críticas justas ou apenas tem medo que algum deles se destaque mais do que você?
Se, por outro lado, você é um subalterno que volta para casa deprimido com as críticas que recebeu do patrão, não seria a hora de ter a opinião de alguém de fora para descobrir que seu trabalho não é tão ruim quanto ele quer te fazer crer? [Washington Post/Science Direct 1 e 2]


                      Filhos são do mundo (José Saramago)
 
 

Devemos criar os filhos para o mundo. Torná-los autônomos, libertos, até
de nossas ordens. A partir de certa idade, só valem conselhos.
Especialistas ensinaram-nos a acreditar que só esta postura torna adulto
aquele bebê que um dia levamos na barriga. E a maioria de nós pais
acredita e tenta fazer isso. O que não nos impede de sofrer quando fazem
escolhas diferentes daquelas que gostaríamos ou quando eles próprios
sofrem pelas escolhas que recomendamos.

Então, filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de
como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores
defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter
coragem. Isto mesmo! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém
pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da
incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado.

Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo! Então,
de quem são nossos filhos? Eu acredito que são de Deus, mas com respeito
aos ateus digamos que são deles próprios, donos de suas vidas, porém, um
tempo precisaram ser dependentes dos pais para crescerem, biológica,
sociológica, psicológica e emocionalmente.

E o meu sentimento, a minha dedicação, o meu investimento? Não deveriam
retornar em sorrisos, orgulho, netos e amparo na velhice? Pensar assim é
entender os filhos como nossos e eles, não se esqueçam, são do mundo!

Volto para casa ao fim do plantão, início de férias, mais tempo para os
fllhos, olho meus pequenos pimpolhos e penso como seria bom se não
fossem apenas empréstimo! Mas é. Eles são do mundo. O problema é que meu
coração já é deles.
Santo anjo do Senhor...

É a mais concreta realidade. Só resta a nós, mães e pais, rezar e
aproveitar todos os momentos possíveis ao lado das nossas 'crias', que
mesmo sendo 'emprestadas' são a maior parte de nós !!!


"A vida é breve, mas cabe nela muito mais do que somos capazes de viver
 " 

José Saramago

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Economistas da Unicamp lançam manifesto em prol do Welfare State

Economistas da Unicamp lançam manifesto em prol do Welfare State


 
sademogirl7
 
Con los ojos
del Alma
He caminado a tientas por el planeta tierra
dando tumbos y tumbos por el valle adelante;
y he llevado encendida la intuición de mi espíritu
con la luz de los cielos de otro mundo distante.
Yo que viví en la noche y crucé los senderos,
sembrando pensamientos en las almas humanas;
los ojos de mi espíritu miraban la grandeza
de las cosas ocultas que de lo eterno emanan.
Conozco la tristeza de no ser nunca niña,
de no tener caricias y vivir despreciada.
Yo he leído en las ruinas de almas en despojos
y sus ojos no vieron las miserias humanas.
Marchaba siempre a tientas teniendo para el mundo
vacías mi pupilas y mis ojos sombríos;
mas mi alma vislumbraba la grandeza divina
de otros mundos mejores para los sueños míos.
En la tibieza pobre de mi hogar olvidado,
cuánto pan con mis lágrimas de dolor he probado;
pero vibró mi acento melodioso y fecundo
y mis ojos sin vida dieron luz para el mundo.
Si he caminado a obscuras por los valles de Dios,
nunca sola he marchado cuando volaba en pos
de la dulce armonía, para poder formar
con las penas del alma un eterno cantar.
No son ciegos aquellos que sus ojos no ven;
las órbitas vacías están llenas de luz
de los seres que buscan en el mundo inmortal
desplegarse en un vuelo al romper el capúz...
Ciegos son los que luchan con mezquina ambición;
ciegos son los malvados que no ven su maldad,
ciegos son el orgullo, la envidia y la crueldad
y obscurecen sus sombras la luz del corazón.
Yo marché por la tierra caminando al azar;
por mis órbitas huecas mil lágrimas corrieron,
y el dolor de ser ciega transformaba mi ser,
y mis ojos cerrados me enseñaron a ver. ..
A ver dentro del alma y sentir el dolor,
a llorar la tristeza de añorar el amor,
a vivir en un mundo que me negó su luz,
y marché con los ojos clavados en mi cruz,
¡Ciegos marchan los hombres, que aunque viendo no ven
donde empiezan los males y se vislumbra el bien!
Rita García de Espiñeira
(De su libro “Las Voces Infinitas”
Bs. As. – 1950)
 

VIAGEM À MARTE


FANTASTICO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

THIS IS A CLASSIC


sábado, 20 de outubro de 2012

DICAS DA DANI: ÓLEOS LÁURICOS DOS CÔCOS CÔCO DA PRAIA, BABAÇU, PA...

DICAS DA DANI: ÓLEOS LÁURICOS DOS CÔCOS CÔCO DA PRAIA, BABAÇU, PA...: Reproduzo aqui artigo do pesquisador e meu fornecedor Fábian Laszlo que esclarece os tipos de óleos de coco e desmistifica alguns mitos ...

Cavaleiros Teutónicos

Em 1190, comerciantes das cidades de Bremen e Lübeck organizaram em Acre, na Terra Santa, um hospital de campanha para os soldados alemães pobres,doentes ou feridos em combate. Pouco tempo depois, cavaleiros de origem alemã fundaram nesta casa uma ordem hospitaleira, seguindo o modelo dos Hospitalários de S. João de Jerusalém. A nova ordem foi aprovada em 6 de novembro de 1191 pelo papa Clemente III. 
Esta, em 1198, tornou-se uma ordem militar, rival da do Templo, e especializada na luta contra os muçulmanos, que então eram designados pelos cristãos como "infiéis". Este novo carácter militar foi confirmado pelo rigoroso papa Inocêncio III em 1199, conferindo à nova milícia alemã a Regra dos Templários. Os cavaleiros "teutónicos" eram recrutados entre a nobreza alemã.
Em 1211, a ordem retira-se da Terra Santa. Funda então a cidade livre de Kronstadt (atual Brasov, na Roménia), na Transilvânia, atraindo para a região a colonização alemã, que ainda hoje perdura. Esta prática de fundações de castelos que rapidamente se tornam o centro de novas povoações pelos Cavaleiros Teutónicos será constante ao longo do século XII, desde a Estíria (Áustria), à Turíngia, na Alemanha Central, na Boémia e em outras regiões da Europa Central. No entanto, a tradição de fundar e manter hospitais e albergues não se perdeu na ordem. A Ordem Teutónica assentará, a partir do século XIII, o seu desenvolvimento sobre dois vetores de orientação: um, de promoção da colonização alemã da Europa de Leste (o Drang Nach Osten, "avanço para Leste"); o outro, ligado ao anterior, de evangelização dos Eslavos. A quando da morte do grão-mestre Hermann von Salza (1212-1239), a Prússia e a Livónia (uma área que corresponde à região entre o nordeste da Polónia e aos países bálticos) tinham já sido conquistados pelos Cavaleiros Teutónicos. Em1291, dá-se, contudo, um rude golpe nas ordens religiosas militares, a que não fugiram os Cavaleiros Teutónicos, e na Cristandade em geral: Acre, últimoreduto cristão na Terra Santa cai em poder dos muçulmanos, perdendo-se as últimas ligações desta com os cavaleiros. Em 1309 a ordem reestrutura-se,passando o grão-mestre a residir em Marienburg, junto ao rio Vístula (na atual Polónia). Neste mesmo ano, a Pomerânia e a cidade de Dantzig (atualGdansk, na Polónia) são definitivamente conquistadas pelos Teutónicos. O século XIV será, de facto, o período de apogeu da Ordem Teutónica, pois em 1410, com o desastre militar de Tannenberg, em que os seus cavaleiros foram vencidos pelo rei polaco Ladislau II Jagelão, o declínio do poder daquela milícia germânica começava. No fim do mesmo século, os seus senhorios resumiam-se já apenas à Prússia Oriental (atual nordeste da Polónia e região russade Kaliningrad) e a uma parte da Livónia.O século XVI será o tempo da agonia dos Cavaleiros Teutónicos. O último grão-mestre, Alberto de Brandemburgo,aderiu à Reforma Protestante em 1525, secularizando logo a ordem. A Casa de Brandemburgo, agora luterana, detém o domínio sobre a Prússia, que passa a ser seu ducado hereditário. Em 1809, a ordem foi totalmente suprimida por Napoleão na Alemanha, sobrevivendo apenas na Áustria, território onde se manterá a tradição dos cavaleiros teutónicos, já então mais hospitaleiros e assistenciais e menos militares. Esta dimensão será consolidada pelo decreto papal emitido por Pio XI em 21 de novembro de 1929 que transformava os Cavaleiros Teutónicos em uma ordem clerical composta por sacerdotes, irmãos e irmãs. Enfim, passavam a ser uma ordem unicamente religiosa, igual a tantas outras, o que permitiu que se salvasse e não conhecesse a extinção definitiva. Mas os ventos agrestes do nacional-socialismo (nazismo) alemão não foram bons para a renovada ordem teutónica, suprimida que foi pelos esbirros de Hitler em setembro de 1938 na Áustria e no ano seguinte na Checoslováquia. A ordem, apesar da situação difícil, conseguiu sobreviver na própria Alemanha ao ateísmo oficial nazi, relançando-se mesmo depois do fim da Segunda Guerra Mundial, contando hoje cerca de cem religiosos sacerdotes, alemães ou austríacos na sua maioria. Os seus membros, apesar de clericalizados, mantém uma aura da velha tradição teutónica,irrepreensivelmente visível nos costumes e principalmente na indumentária. O hábito religioso dos cavaleiros mantêm ainda a capa branca com uma cruz negra orlada do lado esquerdo da mesma, caindo sobre o peito aquando apertada ao pescoço. Esta cruz teutónica está na origem da célebre "cruz de ferro" das forças armadas alemãs, ainda em uso.
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Como referenciar este artigo:Cavaleiros Teutónicos. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012. [Consult. 2012-10-20].
Disponível na www: .

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A cidade de Dantzig, Gdansk para os poloneses, tem uma história mais ampla. A Polônia sempre se viu em dificuldades com a sua vizinhança e raramente encontrou a soberania. Na época do Cavaleiros Teutônicos ela estava sob o domínio Russo. O
 rei polonês pediu ajuda aos Cavaleiros Teutônicos para se livrar dos russos. Os Teutônicos acederam ao pedido e adentraram na polônia dando combate aos russos. Em pouco tempo os russos foram expulsos com pesadas baixas. O rei polonês estava livre dos russos mas agora tinha os Cavaleiros Teutônicos em seu território e eles não pareciam ter pressa em deixa-lo. Para se ver livre deles o Rei lhes deu a cidade de Gdansk, que em alemão passou a se chamar Dantzig. A Ordem foi extinta e a cidade permaneceu como um encrave entre a Polônia e a Alemanha. Hitler a utilizou como pretexto para invadir a Polônia.dando início à Segunda Guerra mundial. Com o fracasso alemão na Segunda Guerra mundial, a cidade foi incorporada ao território polonês. 
— em Antônio Amâncio de Oliveira

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sexta-feira, 19 de outubro de 2012


O Pranto do Deserto
 
(Autoria Desconhecida*)
 
Assim que chegou a Marrakesh, o missionário resolveu que passearia todas as Manhãs pelo deserto que ficava nos limites da cidade. Na sua primeira Caminhada, notou um homem deitado nas areias, com a mão acariciando o solo, E o ouvido colado na terra.
"É um louco", disse para si mesmo.
Mas a cena se repetiu todos os dias e, passado um mês, intrigado por aquele comportamento estranho, ele resolveu dirigir-se ao estranho. Com muita dificuldade, já que ainda não falava árabe fluentemente, ajoelhou-se a o seu lado.
— O que você está fazendo?
— Faço companhia ao deserto e o consolo por sua solidão e suas lágrimas.
— Não sabia que o deserto era capaz de chorar.
— Ele chora todos os dias, porque tem o sonho de tornar-se útil ao homem e transformar-se num imenso jardim, onde se pudesse cultivar cereal, flores e carneiros.
"Quando olho suas areias, imagino as milhões de pessoas no mundo que foram criadas iguais, embora nem sempre o mundo seja justo com todos. As suas Montanhas me ajudam a meditar. Ao ver o sol nascendo no horizonte, minha alma se enche de alegria e me aproximo do Criador."
O missionário deixou o homem e voltou para os seus afazeres diários. Qual foi sua surpresa, na manhã seguinte, ao encontrá-lo no mesmo lugar e na mesma posição.
— Você comentou com o deserto tudo que lhe disse? Perguntou.
O homem acenou afirmativamente com a cabeça.
— E mesmo assim ele continua chorando?
— Posso escutar cada um de seus soluços. Agora ele chora porque passou milhares de anos pensando que era completamente inútil e desperdiçou todo este tempo blasfemando contra Deus e seu destino.
— Pois conte para ele que, apesar do ser humano ter uma vida muito mais curta, também passa muitos de seus dias pensando que é inútil. Raramente descobre a razão do seu destino, acha que Deus foi injusto com ele. Quando chega o momento em que, finalmente, algum acontecimento lhe mostra o por quê de ter nascido, acha que é muito tarde para mudar de vida e continua sofrendo. E como o deserto, culpa-se pelo tempo que perdeu.
— Não sei se o deserto ouviu, disse o homem. Ele já está acostumado com a dor e não consegue ver as coisas de outra maneira.
— Então vamos fazer aquilo que eu sempre faço quando sinto que as pessoas perderam a esperança. Vamos rezar. Os dois ajoelharam-se e rezaram um virou-se em direção a Meca porque era muçulmano, o outro colocou as mãos juntas em prece, porque era cristão. Rezaram cada um para o seu Deus, que sempre foi o mesmo Deus, embora as pessoas insistissem em chamá-lo por nomes diferentes.
No dia seguinte, quando o missionário retomou a sua caminhada matinal, o homem não estava mais lá. No lugar onde costumava abraçar a areia, o solo parecia molhado, já que uma pequena fonte tinha nascido. Nos meses que se seguiram, esta fonte cresceu e os habitantes da cidade construíram um poço em torno dela.
Os beduínos chamam o lugar de "poço das lágrimas do deserto" . Dizem que todo Aquele que beber de sua água irá transformar o motivo do seu sofrimento na razão da sua alegria terminará encontrando seu verdadeiro destino.
*Caso conheça a Autoria do Texto, favor informar para colocar os devidos créditos!

Hotel Ruanda


Hotel Ruanda é um clássico do cinema moderno. Ruanda, uma ex-colonia da Bélgica é povoada por duas etnias básicas: os Tutsis e os Hutus. Os Tutsis são altos e têm os traços fisionômicos próximo dos padrões de estética européia. Enquanto os Hutus, originários de pigmeus, são baixos, fortes e com traços rústicos. No período colonial, os tutsis gozavam da preferência do colonizador, que lhes destinavam serviços de maior status, reservando aos Hutus, os trabalhos mais grosseiros e servis. Isso gerou uma aversão dos Hutus pelos Tutsis que vai além das rivalidades tribais. A história se passa na Ruanda pós-independência, quando irrompe o ódio dos Hutus contra os tutsis, estes agora longe da proteção do colonizador e em inferioridade numérica no território de Ruanda.Uma das formas de tortura adotada pelos Hutus contra os tutsis, denuncia de forma clara o complexo que lhes vai na alma. Eles utilizam facões com os quais cortam as pernas dos tutsis, É importante destacar que o personagem principal do filme pertence à etnia dos  Hutus. A forma de composição do Estado de Ruanda é recorrente à forma adotada pelos colonizadores de um modo geral. Estes, adentravam no território e por força das armas o demarcava arbitrariamente, sem qualquer atenção às etnias nativas. O povo colonizado absorvia os padrões culturais do colonizador, dentre os quais a figura do Estado soberano. Dessa forma, a independência era declarada sobre a demarcação do colonizador e não sobre determinada etnia. Sendo assim, temos o Estado mas não temos Nação. E enquanto essas etnias não demarcarem as fronteiras desses países, respeitando cada uma delas na sua composição, não será possível obter a paz dentro das suas fronteiras. O filme é uma coprodução da ItáliaReino Unido e África do Sul, e relata a história real de Paul Rusesabagina, que foi capaz de salvar a vida de 1268 pessoas durante o genocídio de Ruanda em 1994. Logo depois das primeiras exibições, sua história foi imediatamente comparada com a de Oskar Schindler.