sábado, 6 de outubro de 2012

HISTÓRIA DA IGREJA



                                       (068)-DINASTIA DE AVIS E O DIA 13 DE MAIO !...

                                   

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Morte do Conde  Andeiro.

Como resultado de perturbações dinásticas, Castela pretendia dominar Portugal.
- “Por morte de D. Fernando, entra-se em Portugal num período de grave crise. O rei não deixava filho varão que lhe sucedesse, e a única filha, D. Beatriz, estava casada com o rei de Castela, D. João, cujas ambições sobre a coroa portuguesa eram entre nós conhecidas de sobejo...”
Portugal não queria o rei estrangeiro, Castelhano.
D. Leonor Teles, a viúva do rei, ficou como regente e queria que sua filha fosse aclamada Rainha de Portugal.
O Povo manifestou-se exuberantemente contra Leonor Teles a quem chamavam a "má mulher", e cuja regência nos estava a conduzir, exactamente ao domínio castelhano,
            Em Lisboa, alguns nobres e o povo, orientado por um burguês cheio de prestígio, o velho Álvaro Pais, que fora figura política importante nos reinados anteriores, preparam o golpe que faria subir ao trono um rei português.
Pensava-se então, geralmente, em D. João, filho de D. Pedro I e de D. Inês de Castro.
Mas ele estava em Castela.
Por isso todos se voltaram para o Mestre de Avis, também chamado João e igualmente filho bastardo do rei D. Pedro, dando-lhe a chefia do governo.
A cabeça e a alma da revolução foi um jovem fidalgo, D. Nuno Álvares Pereira.
Conde de Andeiro era o primeiro obstáculo a derrubar.
Por isso, o Mestre de Avis se encarregou de o fazer, derrubando-o com uma cutilada no Paço.
Na mesma hora, o Mestre de Avis é aclamadíssimo pelo povo de Lisboa, que se junta em volta dele, julgando-o em perigo, nos paços reais.
Portugal ficava livre do poder estrangeiro, mas com as portas abertas a novas lutas que se haviam de seguir.
Em Março de 1385 reúnem-se as cortes em Coimbra, para se decidir quem é o rei de Portugal.
D. João, Mestre de Avis, filho de D. Pedro e Defensor do Reino tem já a grande maioria da Nação a bater-se pelos seus direitos e as Cortes acabam por reconhecer o Mestre de Avis rei de Portugal, o fundador de uma nova Dinastia que havia de governar prestigiosamente Portugal por quase dois séculos(1385-1580).
O instrumento de um miraculoso renascimento do país foi D. Nuno Álvares Pereira, o grande devoto de Santa Maria.
Enquanto D. João hesitava perante a numerosa armada castelhana, esperando pelos reforços ingleses, D. Nuno marcha sozinho no dia 7 de Agosto de 1385 para a batalha.
A imagem de Nossa Senhora foi bordada no seu estandarte e ele deu aos seus soldados este grito de guerra :
- "Em nome de Deus e da Virgem Maria"!
No dia 13 de Agosto de 1385, antes de se encontrar com a poderosa armada castelhana, conduziu as suas tropas para o planalto de Fátima onde se encontrou com D. João.
Aí invocaram solenemente a protecção da Virgem Maria e o rei, joelhando em frente da sua imagem fez um voto :
- Se alcançasse a vitória, mandaria construir um mosteiro em Sua honra e havia de fazer uma peregrinação de acção de graças ao Santuário de Nossa Senhora de Oliveira (Guimarães).
Foi este o primeiro dia 13 celebrado em Fátima, em honra de Nossa Senhora, exactamente naquele cantinho da terra portuguesa que Ela havia de escolher para nos trazer a Sua mensagem em mais outros dias 13 de seis meses seguidos de Maio a Outubro de 1917.
No dia seguinte, 14 de Agosto de 1385, vigília da festa da Assunção de Nossa Senhora, deu-se a grande vitória de Aljubarrota que assegurou a independência de Portugal por quase dois séculos e consolidou a fundação da Dinastia de Avis.
O Papa Bonifácio IX, na sua bula de Fevereiro de 1391, não hesitou em descrever a vitória como miraculosa, dada a superioridade das hostes espanholas.
A Batalha de Aljubarrota é do mais alto significado para a consolidação da Dinastia de Avis e da Independência de Portugal.
                                                                        John
                                                                        Nascimento

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