quinta-feira, 18 de outubro de 2012


15/10/2012

Com a Lei de Cotas, governo amplia ainda mais o acesso à educação superior no país

"Essa lei contribui para saldar uma dívida histórica do Brasil com os nossos jovens mais pobres"

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versão nacional
A presidenta Dilma Rousseff assinou decreto que regulamenta a Lei de Cotas, que determina a reserva de metade das vagas das universidades e institutos federais de ensino para alunos das escolas públicas, negros e índios. Segundo a presidenta Dilma, a Lei de Cotas é mais um passo na ampliação do acesso à educação superior no país.

Transcrição

Apresentador: Olá, você, em todo o Brasil, eu sou o Luciano Seixas e começa agora mais um Café com a Presidenta Dilma. Bom dia, presidenta!

Presidenta: Bom dia, Luciano! E bom dia para você que nos acompanha aqui no Café!

Apresentador: Presidenta, hoje, eu queria conversar com a senhora sobre a ampliação do acesso dos jovens às universidades do país. Eu queria começar a nossa conversa falando sobre a Lei de Cotas. Quando ela entra em vigor, presidenta?

Presidenta: Olha, Luciano, eu já assinei o decreto que regulamenta a Lei de Cotas. E a boa notícia que eu quero te dar é que ela entra em vigor hoje. O nosso objetivo com essa lei, Luciano, é ampliar o acesso às nossas universidades e aos nossos institutos federais para os jovens das escolas públicas, para os negros e para os índios. Como você sabe, essas universidades e os institutos estão entre os melhores do país e, muitas vezes, as pessoas vindas das escolas públicas têm dificuldade de ter acesso à universidade pública. Por isso, essa lei contribui para saldar uma dívida histórica do Brasil com os nossos jovens mais pobres.

Apresentador: Presidenta, explica para a gente como vai funcionar a Lei de Cotas.

Presidenta: Olha, Luciano, as universidades e os institutos federais vão ter que reservar metade das vagas, de todos os cursos, para os estudantes das escolas públicas, levando em conta ainda a renda da família e a cor ou raça do estudante. É importante dizer, Luciano, que esses alunos passarão por processos seletivos para ter acesso às cotas. As universidades vão ter quatro anos para implantá-las de forma integral, mas os processos seletivos para as matrículas do ano que vem, inclusive aqueles, Luciano, que utilizam a nota do Enem, já devem reservar 12,5% das vagas para os alunos cotistas. É bom ressaltar, Luciano, que a lei vale para todos os cursos, inclusive, aqueles mais procurados, como medicina e engenharia, por exemplo.

Apresentador: Presidenta, além da Lei de Cotas, o ProUni também está ajudando os estudantes mais pobres a fazer uma faculdade, não é?

Presidenta: Está sim, Luciano. Pelo ProUni, os estudantes recebem uma bolsa de estudo, que pode ser integral ou parcial. Para você ter uma ideia, hoje, 1,1 milhão de estudantes já foram beneficiados pelo ProUni. Para ter acesso ao ProUni, o estudante também precisa ter um bom desempenho no Enem e a renda familiar não pode passar de três salários mínimos por pessoa.

Apresentador: E como fica o estudante que não consegue uma bolsa do ProUni, presidenta?

Presidenta: Olha, Luciano, nesse caso, nós temos ainda uma oportunidade para esse estudante. É o Fundo de Financiamento Estudantil, o Fies, que financia as mensalidades para os alunos que não conseguem pagar a faculdade e não foram classificados para o ProUni. Hoje, Luciano, 570 mil jovens fazem cursos universitários com apoio do Fies. O estudante começa a pagar o financiamento apenas um ano e meio depois de formado, e pode levar três vezes o tempo de seu curso, mais um ano. Um desses alunos é o Francisco de Oliveira, lá de Fortaleza, no Ceará. O Francisco é filho filho de agricultores e seus pais não têm condições de pagar a mensalidade de quase R$ 1.000,00 da faculdade de engenharia elétrica onde ele estuda. Mas quando o Francisco passou no vestibular, ele se inscreveu no Fies e conseguiu, muito rapidamente, o financiamento para o seu curso. Ele está feliz, porque está fazendo o curso que queria e em uma boa faculdade, graças ao Fies. São histórias como a do Francisco que nos estimulam a continuar ampliando o acesso dos jovens à educação superior.

Apresentador: E o Enem está ajudando o governo a fazer isso, presidenta?

Presidenta: Está sim, Luciano. Com o Enem, nós estamos democratizando o acesso às universidades sem abrir mão do mérito e do esforço de cada aluno. A nota do Enem, Luciano, vale para todas essas formas de acesso ao ensino superior que a gente acabou de citar: o ProUni e o Fies. Mas o Enem, Luciano, vale também como critério para ter acesso ao Programa Ciência sem Fronteiras, aquele programa que de bolsas de estudo no exterior. Eu quero dar um conselho para os quase 6 milhões de jovens que vão fazer as provas do Enem agora em novembro: que vocês peguem firme e estudem bastante, porque o Enem pode mudar a vida de vocês. Sabe, Luciano, eu tenho muito orgulho de dizer que nós ampliamos as oportunidades para que os nossos jovens vivam essa experiência fantástica que é fazer uma faculdade. Com o curso superior, o jovem e sua família têm oportunidade de melhorar de vida e ainda ajudar o país a se desenvolver.

Apresentador: Agora, infelizmente, o nosso tempo chegou ao fim. Obrigado por mais esse Café.

Presidenta: Obrigada, Luciano. E eu queria aproveitar esse dia 15 de outubro, Dia do Professor, para mandar um abraço para os professores de todo o país. A vitória de cada aluno também é de vocês, professores, que ajudam a melhorar a educação a cada dia. Até a semana que vem, Luciano!

Apresentador: Até lá! Você que nos ouve pode acessar esse programa na internet, o endereço é www.cafe.ebc.com.br. Nós voltamos na próxima segunda-feira. Até lá!

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