Destruição Criadora

 Essa teoria nos vem do economista austríaco de origem judaica, Schumpeter. Na verdade, ela é uma extensão da   teoria Malthusiana da "sobrevivência dos mais aptos". Malthus analisa os estudos de Adam Smith e a sua conclusão sobre a "mão invisível", onde Smith esbarra num paradoxo em que toda a produção inglesa não poderia dar para tratar de tanta gente e ainda aumentar a riqueza. Sem achar a solução Smith atribui esse "milagre" à uma atuação divina que ele chamou de mão invisível. Malthus estuda essa questão e conclui que a tendência seria a falência de todo o sistema. Malthus diz que a riqueza crescia de forma aritmética e a pobreza tinha uma progressão geométrica. Com isso, a pobreza iria engolir a riqueza. Por essa razão ele se posiciona contra as medidas de saneamento e assistência do governo  inglês, voltadas para os pobres. Em português claro, ele tem a mesma posição do Deputado Justo Veríssimo, do Chico Anísio: pobre quanto mais morrer melhor. Esta era a única forma de garantir a sobrevivência dos mais aptos, os ricos. Para ele a riqueza era um atributo dos mais aptos. Ele não considera o nascimento em berço nobre, como a principal fonte da riqueza inglesa e a exploração dos mais pobres como uma das principais causas do seu crescimento.
O que Adam Smith e Malthus desconheciam e o que era a verdadeira fonte do milagre da multiplicação da riqueza, era o Deus-mercado, o produtor do lucro ou a mais-valia, como queria Marx. Era o mercado que produzia o milagre da mão invisível de Smith e o mesmo que frustrou o prognóstico sombrio de Malthus.
Por mais maluca que pareça, essa teoria foi tomada de empréstimo por Darwin e com ela ele fechou a sua da Evolução das Espécies. Adentrando a teoria de Schumpeter, ele sustenta que a tecnologia ultrapassada (morta) dá lugar a uma nova mais apta e mais competitiva. Os computadores foram causa da superação de inúmeras tecnologia que ficaram esquecidas em função dessa inovação, sendo este um exemplo clássico.

Antônio Amâncio de Oliveira