sexta-feira, 2 de outubro de 2015

O sombrio futuro do tio sam

Após a 2ª guerra mundial, o mapa mundial sofreu drásticas alterações: de um lado motivado pelo pós-guerra e do outro a  polarização do mundo entre capitalista x comunista, este iniciado no começo do século.
Na Ásia, logrou êxito a guerrilha de Mao -Tsé-Tung, com o comunismo ocupando a china continental, o lado derrotado comandado por Chiang Kai-shek fixou em Taiwan, conhecida como Formosa pela China comunista; 
O comunismo avançou pela Coréia onde foi desencadeada uma guerra que culminou com a separação das Coréias entre a do Norte e a do Sul. Esta divisão não é reconhecida pela Coréia do Norte uma vez que a decisão foi unilateral.
Na Europa, a Rússia se apossou de parte da Alemanha criando a República Federal e a outra parte ficou sendo a Alemanha Democrática.

O Japão foi alvo dos testes atômicos dos americanos sobre as cidades de Hiroshima e Nagazáki, forçando-o à rendição.

Para evitar que o comunismo absorvesse parte considerável do mundo, os EEUU investiu maciçamente nas suas áreas de influências. Na Coréia do Sul forneceu tecnologia, dinheiro e mercado possibilitando o seu desenvolvimento. Hoje a Coréia do Sul tem uma forte indústria automobilística e uma indústria eletro-eletrônica com tecnologia de ponta,  O mesmo aconteceu com Taiwan que recebeu todo apoio americano e hoje é a maior fabricante de Notebooks e computadores, adentrando agora no mundo dos celulares com produtos que concorrem com a  líder Samsung da Coréia. 
A Alemanha Democrática em pouco tempo recuperou o seu fausto, assumindo a liderança europeia como a maior expressão na sua economia. Com a debácle da URSS, a Alemanha Democrática assumiu a Alemanha comunista e pobre, elevando-a ao seu padrão tecnológico e nível de vida.
O Japão destroçado pela guerra e pelas bombas atômicas era um alvo fácil para a propaganda comunista. Para evitar essa tragédia, os americanos lhes deu mercado, tecnologia e recursos para a sua recuperação. Hoje o colosso japonês ostenta empresas como a Honda, Toyota, Suzuki, Nissan Kia, Yamaha etc....
Estas potências econômicas foram construídas com  ajuda americana para fazer frente ao perigo comunista. E hoje mais de 90% dos ativos da economia americana estão nas mãos de europeus e asiáticos. A sua indústria sofreu fortes abalos frente a esses concorrentes. Em 2008 o governo americano injetou algo próximo de 15 bilhões na Chrysler e GM e a Ford luta por se manter no mercado, sendo que esta  já foi objeto de ajuda em anos anteriores. Releva lembrar que a ajuda estatal ao setor privado nos EEUU,  soa como uma apostasia a fé liberal do livre mercado e a doutrina do laissez faire, laissez aller, laissez passer".
Encantoado pelos seus pupilos e com o dragão chinês ostentando pujança econômica e militar, os EEUU ainda se mantém no arreio às custas do domínio do dólar como moeda internacional. Isso lhe retira a preocupação com o seu déficit colossal que engorda a maior dívida do planeta, mas faz o seu mercado ser o mais disputado pela voracidade dos seus concorrentes. É isto que ainda o mantém de pé. Em outros tempos, quando as coisas ficavam difíceis fazia-se uma guerra. Mas, hoje até esta saída está vedada porque, se eles construíram a bomba atômica para colocar a Rússia (e o resto do mundo) de joelhos, hoje elas estão difundidas pelo planeta e a sua construção deixou de ser segredo do chamado primeiro mundo ou apenas de um grupo seleto. Com bomba atômica não dá para fazer guerras.

Mas, a pergunta é: porque os benefícios concedidos para  a Coréia do Sul, Japão, Taiwan e Alemanha  nunca foram concedidos a nenhum país latinoamericano????

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