domingo, 1 de fevereiro de 2009

Mágoas, Tormentos e Dores

Raimundo de Moura Rêgo Filho



Na verdade encontramos cultores do pensamento de que não haja meio de libera-las de nosso coração, é um erro.

Nós, é que em nossa pequenez e atavismos, não o enxergamos e se o fazemos, imediatistas como somos, não queremos perder tempo para dar ao tempo o tempo necessário para que o remédio conhecido surta efeito.

Que remédio?

Ora, um composto simples: fé raciocinada, vontade de nos modificarmos interiormente e perseverança.

Estes elementos, tomados condensados num só, nos vão trazendo, em primeiro lugar, a tranqüilidade perdida, depois, infundem-nos no mais recôndito de nosso ser, uma fortaleza antes desconhecida, mas tida por todos nós centelhas divinas.

Tranqüilidade, fortaleza e perseverança, o tempo passa, o remédio age e ao final a cura se faz.

Milagre, miragem, magia? Não, apenas realidade.

Quando lhes digo isso meus amigos, falo por mim, não por Kardec, nem pela doutrina, mas por experiência própria.

Claro está que o conhecimento das Leis Naturais, mesmo que nas parcas porções a que eu, espírito ruim, possa estar em posição de entender, me ajudou bastante. Os postulados elencados nos livrinhos da Codificação Espírita, trabalho admirável de Kardec, afinaram ajustaram e afiaram as ferramentas que o Supremo Arquiteto do Universo houve de colocar inclusas não em mim, mas em todos nós. Assim, e por manter os olhos abertos para a vida um dia, não sem muito sangue, suor e lágrimas consegui ajuizar algo de bom, e sentir o calor da luz que nos norteia a todos.

As imperfeições, de todos nós, espíritos encarnados neste orbe, por vezes se tornam mais fortes que a nossa fraca vontade e soçobramos num mar de sagarços, então a dor, a melancolia e o sentimento de inutilidade e fracasso, nos rodeiam, quais criaturas sinistras.

Engraçado, mas não toquei até agora num item que considero condição “sine qua non”, para a obtenção de qualquer melhoria... Este item? Claro, o AMOR !!!

Não é à-toa que o Rabi do jugo manso, nos afirmava , há mais de 2000 anos atrás: “Amarás ao Senhor teu Deus acima de tudo e ao PRÓXIMO como a ti mesmo”, e até hoje não sei bem porque os sábios expositores não colocam o resto e o igualmente importante da fala: “Estão nesses mandamentos, todas as doutrinas e todos os profetas.” A importância deste mandamento é de tamanha importância que a pode, no seguir da Palavra do Mestre mover montanhas, notem que Ele também nos ensinara: ... “Se tiverdes a fé do tamanho de um grão de mostarda...”

Evangelismo barato? Espiritolicismo? Mistificação? Não meus caros, apenas as palavras de uma pessoa transformada e transformada pelo AMOR.

Reflitam sobre este tema e sobre as palavras que de coração lhes escrevo hoje.

Paz e bem.

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