sábado, 19 de janeiro de 2013


A UE e o mundo A UE no mundo

GUERRA NO MALI:A mão invisível da Europa

18 janeiro 2013
LA TRIBUNE PARIS
Hajo
Uma semana após o lançamento das operações contra os islamitas que controlam o Norte do Mali, as tropas francesas continuam a ser as únicas forças ocidentais no terreno. Mas os Vinte e Sete, que renunciaram a uma capacidade militar comum, estão presentes mais discretamente, noutras frentes.
A União está praticamente no banco dos réus, por estar ausente, sem reação perante a crise, inútil mais uma vez e sempre, e a França estaria sozinha! A análise objetiva da situação contradiz tais afirmações, nos campos político, financeiro e humanitário, embora, entretanto, seja de assinalar um verdadeiro fracasso: o da Política Europeia de Segurança e Defesa.
O que se passou desde que se soube da operação Serval? A União organizou reuniões de crise, para ajustar o calendário e as ações do processo europeu para o Mali, decidido pelos 27, em especial a missão EUTM Mali. A reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros, que se realizou em Bruxelas, em 17 de janeiro, foi o seguimento e a demonstração desse compromisso da União Europeia, solidária com a França quanto ao Mali. Pelo menos política e simbolicamente.
No concreto, a União dará o seu apoio financeiro, designadamente à MISMA – a Missão Internacional de Apoio ao Mali, composta essencialmente por forças africanas, posicionada no Mali – da CEDEAO [Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental], para financiar os salários dos soldados africanos.

Consenso hesitante mas europeu

No entanto, o Mali vem confirmar a dificuldade de aplicação da Política Externa e de Segurança Comum. Instituída pelo Tratado de Maastricht, em 1993, a PESC poderia "conduzir, no momento oportuno, a uma defesa comum". Em 1999, a cimeira de Helsínquia precisou que a União Europeia devia, até 2003, estar em condições de posicionar até 60 mil homens, no prazo de 60 dias, graças a meios aéreos e navais.
Desde então, a União tem tido dificuldade em reunir forças operacionais dessa dimensão. Em 2004, a Conferência de Empenhamento de Capacidades no Domínio Militar apresentou o conceito de agrupamentos táticos de 1500 homens, que permitiriam à Europa responder mais rapidamente às situações de crise. Uma das principais ambições militares da UE era dispor de capacidade de reagir depressa e eficazmente, nas zonas de conflito situadas fora da União.
Portanto, é verdade que, no caso do Mali, uma força europeia teria podido intervir no terreno, estabelecendo a marca diplomática e militar da União. Estamos perante uma crise, fora do território dos Vinte e Sete, uma crise em curso num país situado a menos de seis mil quilómetros de Bruxelas, uma crise que, à partida e para a maioria da comunidade internacional, com um consenso hesitante mas europeu real, torna necessária uma intervenção rápida, antes de esta ser confiada a outra força de tipo africano e regional.

Sem rostos e sem voz própria

Não foi nada disso que aconteceu. E, como é hábito, o mundo mediático e político e os próprios cidadãos apontam o dedo acusador a Bruxelas. A França está sozinha. Não existe uma Europa da defesa, uma Europa do terreno, não há unidade diplomática real. Contudo, não é em Bruxelas que devemos procurar a razão desta divisão de tarefas: é no centro da jurisdição dos países que detinham a responsabilidade pelo agrupamento tático. Ou seja, não por ordem especial, a França, a Alemanha e a Polónia. A França decidiu agir sozinha e, segundo parece, não pediu nada a ninguém. Por outro lado, para Berlim, e mais ainda para Varsóvia, o Mali é visto como um assunto muito francês e o investimento não promete grande retorno.
O desafio é de peso. Tem a ver com força diplomática real da União e é visível que Catherine Ashton tem dificuldade em firmar o seu lugar. A Europa diplomática e militar enfrenta sérios problemas. No entanto, repita-se, a União Europeia empenha-se na crise, como já fez nos casos da Somália e da Palestina. A França não está sozinha no Mali. Demasiado discreta, com uma arquitetura institucional complexa e incompreensível, sem rostos e sem voz própria, a União encoraja os argumentos fáceis vindos dos Estados-membros.
Trabalha no terreno, financia, envolve-se, mas perde a batalha na frente mediática e não é capaz de ultrapassar as suas divisões na aplicação de uma política de segurança e de defesa comum estratégica e operacional. Uma diplomacia suave, económica, cultural, educativa, mediática, desportiva... não pode viver sem uma relação forte, totalmente integrada numa diplomacia dura, militar e financeira e na sua irmã mais nova do século XXI, a ciberdiplomacia, hoje plenamente dominada pelos EUA. A Europa unida será mais europeia também na defesa e na segurança.
ENQUANTO ISSO EM UMA UNIVERSIDADE PELO MUNDO

Segundo um novo estudo publicado no periódico PLOS ONE, a cor dos olhos, que por sua vez está relacionada a características faciais, pode influenciar nossa percepção de confiabilidade.
Isso significa que pessoas de olhos castanhos são vistas como mais confiáveis do que pessoas de olhos azuis e verdes, por exemplo.

A pesquisa
Os pesquisadores da Universidade Charles, em Praga (República Tcheca) pediram que 238 estudantes universitários, com idade média de 23 anos, olhassem fotografias faciais de 40 mulheres e 40 homens e os classificassem como mais ou menos confiáveis.
A cor dos olhos teve um efeito significativo: os rostos de olhos castanhos foram percebidos como mais confiáveis do que os de olhos azuis e verdes.
A morfometria geométrica, por sua vez, revelou correlações significativas entre a cor dos olhos e o formato do rosto. Assim, o formato do rosto também demonstrou um efeito significativo sobre a percepção de confiabilidade, mas apenas para rostos masculinos.
Para determinar se esta percepção estava sendo influenciada principalmente pela cor dos olhos ou pelo formato do rosto, os cientistas recoloriram os olhos nas mesmas fotos faciais masculinas e repetiram o teste.
Desta vez, a cor dos olhos não teve efeito sobre a confiabilidade percebida. Sendo assim, os pesquisadores acreditam que, embora os rostos de olhos castanhos sejam percebidos como mais confiáveis do que os de olhos azuis, não é a cor dos olhos em si que causa a forte percepção de confiabilidade, mas sim as características faciais associadas com olhos castanhos.
“Não é a cor dos olhos, mas o formato do rosto associado com a cor dos olhos que causa a maior percepção de confiabilidade”, disse o principal autor do estudo, Karel Kleisner.
Em geral, os rostos julgados como mais confiáveis eram mais estreitos, com olhos maiores, queixos maiores, sobrancelhas mais proeminentes e bocas mais amplas com lábios orientados “para cima”. Essas características são associadas com olhos castanhos. Segundo Kleisner, elas dão uma cara de bebê ou aparência alegre às pessoas, o que talvez faça os outros as perceberem como mais confiáveis.
Por outro lado, olhos azuis tendem a ser menores; assim, os rostos dessas pessoas são mais “pontudos” e suas sobrancelhas mais distantes.
Mas, apesar de serem vistas como menos confiáveis, pessoas de olhos azuis podem ter algo a seu favor – pelo menos no norte da Europa. Os olhos azuis são muito comuns nessa parte do mundo, provavelmente porque são considerados mais atraentes, diz Kleisner. A preferência para os olhos azuis pode “compensar” a percepção de falta de confiabilidade.
Veja o artigo completo sobre o assunto publicado na PLOS ONE (em inglês) aqui. 
BELEZA

Beleza não são os cabelos compridos, as pernas longas, a pele bronzeada e os dentes perfeitos. Confie em mim. Beleza é o rosto de alguém que chorou e agora sorri, beleza é a cicatriz no joelho desde que você era criança, beleza são as olheiras, quando o amor não deixa você dormir, beleza é a expressão do rosto quando desperta de manhã, é a maquiagem que saiu quando esteve no chuveiro, é a risada de uma piada que só você conhece o sentido, beleza está na cumplicidade do cruzar dos olhos que deixa tudo entender, beleza são seus olhos quando você o vê, é quando você chora por sua paranóia, beleza são as rugas deixadas pelo tempo. Beleza é tudo que sentimos por dentro e por fora. Beleza são os sinais que a vida nos deixa, as carícias que ficaram na memória.
Beleza é deixá-lo viver...... para aquelas pequenas coisas que fazem da vida... a vida !!! do grupo Felicitá - tradução própria porque a do Bing é uma porcaria.

A opinião de Deus




Entre as pessoas que se preocupam com a "opinião de Deus" sobre as suas atitudes, muitas se perguntam se Ele as aprova ou não. Por atavismo, ainda tem força a antiga ideia de um Deus antropomórfico (descrito ou concebido em forma humana ou com atributos humanos) que, do alto de seu Reino, por detrás das nuvens, fica a espreita julgando os homens, premiando os que acertam e condenando os que erram.

Afinal, o que Deus quer de nós?

Os Espíritos superiores afirmam que Deus (a Inteligência Suprema e Causa Primária de todas as coisas)1 se ocupa sim, de todos os seres que criou, por menores que sejam. Nada é demasiado pequeno para Sua bondade.2

Ao criar todos os seres em simplicidade, ignorância e igualdade de condições, colocou como fatalidade a evolução - crescer em inteligência (sabedoria) e bondade (amor), para assim atingir a felicidade destinada aos bons Espíritos. Partindo do princípio inteligente para a perfeição relativa, esta felicidade consiste "em conhecerem todas as coisas; em não sentirem ódio, nem ciúme, nem inveja, nem ambição, nem qualquer das paixões que causam as desgraças dos homens. Para eles (os bons Espíritos), o amor que os une é fonte de suprema felicidade."3

Para chegarem a este fim, o Criador instituiu leis sábias e justas, entendidas através do conhecimento espírita: lei de progresso, de causa e efeito e de reencarnação, proporcionando aos seres inteligentes da criação uma das maiores dádivas: o LIVRE ARBÍTRIO.

Com a liberdade de ação, vem a responsabilidade, pois, para que cheguemos à perfeição e felicidade, o Pai estabeleceu leis que regulam todas as nossas ações. Quando se comete um erro, Deus não profere um julgamento condenatório; o próprio excesso, representado pelo ultrapassar limites, traz consequências danosas ao infrator, seja no campo material (a gula resulta em doenças e consequências físicas), seja no campo moral (o egoísmo, ódio, inveja com resultados como os distúrbios psicológicos e emocionais). As leis divinas se autorregulam sem a necessidade de ter um juiz ou um tribunal, a não ser o da própria consciência.

A única fatalidade para o Espírito imortal é chegar à perfeição e para que isso aconteça são necessárias inúmeras reencarnações, com o objetivo de resgatar equívocos do passado e, principalmente, aprender lições novas; o que pode diferenciar um ser do outro é a maneira e o tempo que cada um levará para conquistar a perfeição.

Deus quer que sejamos felizes, a partir de agora. Para isso atrelou esta felicidade à lei de amor e caridade, fazendo com que ela só possa ser sentida quando compartilhada, instituindo a caridade como expressão de Sua vontade, para que, desta forma, possa se superar o personalismo e o egoísmo que ainda predominam no ser.

Luis Roberto Scholl

sábado, 12 de janeiro de 2013


Investimentos impulsionam a classe média africana


por Fred Ojambo, da IPS
ugandeses Investimentos impulsionam a classe média africana
Ugandeses na área VIP de um show do músico norte-americano Sean Kingston. Foto: Will Boase/IPS

Kampala, Uganda, 8/1/2013 – Os investimentos no setor de serviços da África, o aproveitamento de seus vastos recursos naturais e as sólidas políticas econômicas dos governos nas duas últimas décadas impulsionaram a expansão da classe média no continente a um ritmo mais rápido do que o próprio crescimento populacional.
Os investimentos em setores importantes – como bancário, imobiliário, telecomunicações, tecnologias da informação, transporte e turismo – fizeram crescer a classe média do continente, explicou à IPS o pesquisador Lawrence Bategeka, do Centro de Estudos sobre Políticas Econômicas, com sede em Uganda. “A liberalização das economias africanas significou maior eficiência e um rápido crescimento do setor de serviços. O crescimento, impulsionado pelo setor privado, teve como consequência a ampliação da classe média do continente”, afirmou Bategeka.
A classe média na África é definida como o grupo populacional que apresenta consumo diário por habitante entre US$ 2 e US$ 20, segundo o informe The Middle of the Pyramid (O Meio da Pirâmide), elaborado no ano passado pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD). Por este estudo, a classe média africana passou de 27% da população do continente, em 1980, para 34% em 2010. A África conta hoje com cerca de um bilhão de habitantes. Isto significa taxa de crescimento de 3,1%, contra a de 2,6% da população em geral do continente no mesmo período, diz o BAD.
A classe média é considerada fundamental para o futuro da África, já que é crucial para seu desenvolvimento econômico e político. Mas é difícil determinar exatamente os que entram nesse grupo e, portanto, definir sua constituição, segundo o BAD. Em Uganda, uma pessoa é considerada de classe média se tem boa instrução, pode alugar ou comprar uma boa moradia, tem acesso à internet, faz compras habituais em supermercados e gasta o equivalente a US$ 15 por dia, explicou à IPS o administrador associado da companhia privada de estudos Alpha Partners, Stephen Kabovo.
Joseph Nsubuga, agente imobiliário próximo de Kampala, capital de Uganda, aproveitou bem a expansão da classe média. “O aumento da renda de muitas pessoas fez disparar a procura por terra e vi nisso uma oportunidade para fazer meus próprios ganhos. Comecei a vender o que havia herdado dos meus pais, e agora meu trabalho é comprar e vender terras. Meu ganho melhorou e posso enviar meus filhos para boas escolas”, contou à IPS.
O pedagogo James Babalanda, de Kampala, também viu uma oportunidade para melhorar sua qualidade de vida. Ele disse à IPS que, “desde que as pessoas começaram a ganhar mais, passaram a comprar melhores equipamentos eletrônicos. Então, decidi abrir várias lojas desse ramo na capital e, acredite, tenho uma boa vida. Meu negócio cresce porque há um bom mercado.
Bategeka afirmou que há espaço para um crescimento ainda maior da classe média, mas ressaltou que o governo deve investir mais em infraestrutura. “Uganda é um bom exemplo de como as reformas econômicas melhoram a renda das pessoas, e este crescimento seria ainda maior se houvesse mais investimentos em infraestrutura. A maioria dos países tem um lento crescimento do setor privado devido ao déficit em infraestrutura”, acrescentou.
Reduzindo o controle estatal e adotando políticas favoráveis ao setor privado, as economias africanas estimularam o crescimento da classe média, e ainda há espaço para uma expansão maior se houver mais investimentos públicos em infraestrutura, insistiu Bategeka. Na década de 1990, as economias africanas adotaram os programas de ajuste estrutural exigidos pelo Banco Mundial e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), com políticas de livre mercado.
“A liberalização, que se concentrou em um crescimento do setor privado, foi essencial para a expansão da classe média do continente”, pontuou Bategeka, acrescentando que “os países adotaram políticas econômicas sólidas que controlaram a inflação, beneficiando os investimentos em suas economias”. Para este especialista, “os investimentos no setor de serviços são parte do motor do crescimento da classe média no continente. As sólidas políticas macroeconômicas, ao mesmo tempo, atraíram investimentos estrangeiros diretos, que contribuíram para o crescimento da classe média”, ressaltou.
Os países do norte da África são os que têm maior classe média. A Tunísia registra a maior proporção de população nesse setor socioeconômico, com 89,5%, seguida do Marrocos com 84,6%. A Libéria é o país que tem a menor concentração de classe média entre os países estudados, com apenas 4,8% de sua população, seguida de Burundi com 5,3%.
“A classe média africana é uma fonte fundamental do crescimento do setor privado na África, pois representa uma grande parte da demanda efetiva de bens e serviços”, segundo o BAD. A África subsaariana continua protegida dos fatores negativos que afetam o crescimento em muitas nações em desenvolvimento, e a atividade econômica na região é, em geral, sólida. Espera-se que o crescimento no período 2012-2013 seja igual ao do período anterior, afirma o FMI em suas perspectivas para a região, apresentadas em outubro do ano passado. Envolverde/IPS
(IPS)