quinta-feira, 14 de junho de 2012

Neopaganismo

Neopaganismo 
Nova Era Politeísmo renovado
O movimento da Nova Era com seus ensinos metafísicos de influência oriental surgiu com uma proposta de um novo modelo de consciência moral, psicológica e social

Por Morgana Gomes

Muitos rituais pagãos foram absorvidos, modificados, renomeados e incorporados pela Igreja Católica - que insistia em rotular a antiga religião como bruxaria, "coisa do demônio". Era uma tentativa de impor a crença a um único Deus poderoso que, por sua vez, punia aqueles que não obedeciam a seus ensinamentos. A instituição chegou a torturar os pagãos e criou a Inquisição para perseguir aqueles que não professassem a fé católica.

Homens simples, mulheres parteiras, benzedeiras e os que conheciam o poder das ervas, além dos chamados magos, sacerdotes e sacerdotisas das diversas tradições pagãs foram reprimidos, tanto pela força da lei quanto pelos radicais convertidos ao cristianismo.



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Em meados de 1970, o movimento da Nova Era com seus ensinos metafísicos de influência oriental, linhas teológicas e crenças espiritualistas, animistas e paracientíficas surgiu com uma proposta de um novo modelo de consciência moral, psicológica e social, visando a integração e a simbiose com o meio envolvente, a Natureza e até o Cosmos. Era o neopaganismo, que se espalhou pelos Estados Unidos, Reino Unido, Europa de língua alemã - Escandinávia, Europa eslava, Europa latina e outros países - e o Canadá.



Desde o princípio da humanidade, por sentir-se limitado perante a natureza e até em relação aos próprios contemporâneos, o homem criou deuses que poderiam lhe dar proteção. Essa concepção se espalhou, contaminou os demais e, em pouco tempo, surgiram deuses de todas as formas imagináveis: da agricultura, chuva, oceanos, fertilidade, guerra, ventos, Sol, Lua etc.

Em paralelo, também foram aparecendo determinados esquemas que deram concretude à espiritualidade pagã, cujas características principais centravam- se na radical imanência divina (a divindade se encontrava na própria Natureza - o que incluía os próprios humanos - e se manifestava através dos seus fenômenos), na ausência da noção de pecado, de inferno e do mal absoluto. Formou-se, então, a comunidade pagã que, ao evoluir, acabou por adquirir o status de sociedade.

Nesse contexto, se por um lado a imanência dos deuses conferia à divindade características antropomórficas, por outro, a relação entre os homens e eles se dava de forma pessoal e direta. Logo, a ideia de afronta à divindade também era tratada pessoalmente com o deus ofendido.

Esse tipo de relação conduziu ao não dogmatismo, que ainda conferiu à religiosidade um traço quase que doméstico, vivenciado por pequenos grupos com laços de sangue ou de compromisso. Assim, cada um podia cultuar o seu Deus eleito da forma que desejasse, sem nenhum tipo de imposição de terceiros.

Já em relação à ausência da noção de pecado, também não havia a concepção de santidade nem de profano. Graças a esse fato, logo no início, dispensou-se a construção de templos de reverência aos deuses, mas não o estabelecimento de Sítios Sagrados que passaram a ocupar bosques, poços, montanhas, entre outros lugares.

Em virtude dessas características, rapidamente, o calendário religioso dos povos primitivos começou a se confundir com o calendário sazonal e agrícola. Por conseguinte, essa correspondência também estabeleceu o caráter de fertilidade e do eterno retorno a crença pagã.

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O labirinto é um símbolo neopagão, que induz os adeptos seguirem em busca da ancestralidade, trilhando um caminho já percorrido por tantos outros.
Ainda que, alguns povos tenham desenvolvido a ideia de um "Outro Mundo", a vida pós-morte nunca foi um ideal pagão, pois isso significaria ficar fora do ciclo natural e, portanto, da comunidade que festejava seus deuses nos momentos de mudança e auge desses mesmos ciclos. Dessa forma, o chamado "Outro Mundo" seria apenas uma passagem da vida ao renascimento, no qual o encontro com a deidade se daria sempre em comunhão com a Natureza.

Seguindo essa evolução, surgiram os Grandes Festivais, repletos de rituais que comprometiam todos os membros de uma comunidade específica em uma religiosidade mágica, na qual a espiritualidade era alcançada pela manipulação da carne e dos elementos, através do corpo e da natureza, nos chamados "feitiços".

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Festival Pagão em Stonehenge, planície de Salisbury, próximo a Amesbury, condado de Wiltshire, sul da Inglaterra.
Mas com a divindade representada no mundo terreno, também não havia conflitos internos nem a necessidade de se dominar ou conter impulsos naturais que, por sua vez, deveriam fluir livremente sem culpa. Isso explica porque os pagãos - inclusive os atuais - valorizam mais a vivência da religiosidade pelo corpo - em detrimento do espírito -, pois a repetição dos mesmos ritos, sempre na mesma época, criaria uma união mística com todos aqueles que já celebraram. Dessa forma, acreditava- se que, ao presente, retornaria o momento primitivo da sua realização e todos aqueles que, ao longo dos séculos, tenham participado dele.

De acordo com essa proposição, apesar dos vários povos que desenvolveram individualmente seus costumes religiosos, locais e ancestrais, o que poderia se mostrar como diferença entre religiões, apenas primava pelas características básicas do paganismo, que permaneceu com todos os seus rituais típicos até os dias de hoje.

Rituais e dogmas
Com o advento do cristianismo e a oficialização da Igreja Católica, embora muitos rituais pagãos tenham sido absorvidos, modificados, renomeados e incorporados pela instituição religiosa, o povo pagão, principalmente na Idade Média, se viu submetido entre aqueles que ainda praticavam seus rituais. Alguns os faziam dentro das próprias igrejas, erguidas em áreas que anteriormente eram ocupadas por santuários pagãos, perante a concessão dos sacerdotes que, sem alternativa, aceitavam tal condição para manter seu rebanho reunido.

Mesmo assim, a Igreja insistia em rotular os rituais praticados na antiga religião como bruxaria, "coisa do demônio", na tentativa de impor a crença a um único Deus poderoso que, por sua vez, punia e castigava aqueles que não obedeciam a seus ensinamentos.

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Grupo neopagão Ásatrúarfélagið a caminho de um ritual
A instituição chegou a empreender torturas e campanhas militares para alcançar seus objetivos, mas não satisfeita, ainda criou a Inquisição para perseguir e punir todos aqueles que não professassem a fé católica. Porém, ao mesmo tempo em que a Igreja transformava o paganismo em sinônimo de satanismo, em nome do poder adquirido como representante do Deus Uno, o clero exigia do povo tudo que desejava, principalmente bens materiais. Dessa maneira, ele conseguia se sustentar num luxo inacessível entre os que viviam quase que miséria nas cercanias dos feudos e igrejas.

Na época, homens simples, mulheres parteiras, benzedeiras ou que conheciam o poder das ervas contra certas doenças, além dos chamados magos, sacerdotes e sacerdotisas das diversas tradições pagãs eram reprimidos, tanto pela força da lei quanto pelas perseguições histéricas dos radicais convertidos ao cristianismo.

Do século XV ao XVII, milhares de processos sob a tutela da Inquisição percorreram tribunais eclesiásticos e civis por toda Europa e até o Novo Mundo. Pessoas foram torturadas, executadas em fogueiras ou afogadas; outras tiveram membros arrancados. Uma simples suspeita já era motivo para a execução e todo conhecimento, considerado suspeito aos olhos da Igreja, era motivo de perseguição. Sem alternativa, o povo teve que se converter de forma aparente. No entanto, a semente do paganismo permaneceu enterrada na consciência de muitos, apenas esperando o momento certo de germinar e dar frutos novamente.

O advento da Nova Era
Passaram-se séculos, até que em meados de 1970, o movimento da Nova Era com seus ensinos metafísicos de influência oriental, linhas teológicas e crenças espiritualistas, animistas e paracientíficas eclodiu com uma proposta de um novo modelo de consciência moral, psicológica e social, que visava à integração e a simbiose com o meio envolvente, a Natureza e até o Cosmos. Até então pressionados, alguns se despertaram para a liberdade de culto e começam a reverenciar a ancestralidade pagã. Mas ainda assim foram tidos como visionários, quando não loucos.

Entre eles, a maioria era composta por mulheres, principal vítima da Igreja Católica durante a Inquisição. Elas se irmanam em uma grande variedade de movimentos religiosos modernos, que apresentam uma imensa gama de crenças, incluindo o politeísmo, o animismo, o panteísmo e outros paradigmas, nos quais, além de reinventaram rituais, se livraram dos dogmas impostos pelas instituições religiosas oficiais. Com determinismo, elas espalharam suas ideias e angariaram adeptos que, diante dos muitos escândalos religiosos que acabaram por ser divulgados, se viram traídos "pelo faça o que eu mando, mas nunca o que eu faço".

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Ritual neopagão da vertente Wicca
Com a ajuda da mídia, o retorno a ancestralidade e as crenças se tornaram um fenômeno, principalmente entre aqueles que pertenciam às classes sociais mais altas, tanto em termos financeiros, quanto intelectuais. O movimento, então, recebeu o nome de neopaganismo e contagiou, principalmente, os habitantes dos países mais desenvolvidos, em especial os Estados Unidos e Reino Unido, mas também a Europa continental (Europa de língua alemã, Escandinávia, Europa eslava, Europa latina e outros países) e o Canadá. Segundo estatísticas, só nos Estados Unidos há cerca de um terço de todos os neopagãos do mundo atual, montante que representa aproximadamente 0,2% da população do país e a sexta maior denominação não-cristã, depois do judaísmo (1,4%), islamismo (0,6%), budismo (0,5%), hinduísmo (0,3%) e o Unitário- Universalismo (0,3%).

Na Islândia, os membros do grupo neopagão Ásatrúarfélagið representam 0,4% da população nacional. Por isso, traços e influências do antigo paganismo nórdico ainda podem ser encontrados na cultura e nas tradições de países modernos, tais como a Dinamarca, Suécia, Noruega, Ilhas Faroé e Groelândia, bem como em todos os outros territórios que receberam imigrantes dessas nações.

Na Lituânia, uma das últimas áreas da Europa a ser cristianizada, muitas pessoas que não assimilaram totalmente o culto do Deus Único, continuaram seguindo uma versão reconstruída da religião pré-cristã da região, a Romuva. Na Grécia, desde 1990, o Supremo Conselho dos Gentios Helenos institucionalizou o dodecateismo, também conhecido como reconstrucionismo politeísta helênico, que visa reviver as práticas religiosas que se originaram na antiguidade gloriosa do país mediterrâneo.

Hoje, embora a maior religião neopagã seja a Wicca, outros grupos adquiriram um porte significativo, como o Neodruidismo, o Neopaganismo Germânico e o Eslavo. Entre os praticantes desses grupos, enquanto alguns primam pela conexão com formas antigas do paganismo, numa continuidade histórica marginal (à margem da religião que se autoafirmava como única verdade no Ocidente: a cristã), outros introduzem mudanças e inovações.

Mas apesar das diferenças elementares, em comum, todas as vertentes apresentam tentativas de reconstrução, ressurgimento ou, mais comumente, adaptação de antigas religiões pagãs do período pré-cristão europeu a atualidade, porém sem se restringir somente a elas, em virtude das experiências e das necessidades encontradas no mundo contemporâneo.


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Sobre o termo neopaganismo
Usado para especificar o renascimento do paganismo na década de 1970, ele é usado por acadêmicos e adeptos para identificar novos movimentos religiosos que enfatizam o panteísmo e a veneração da natureza ou que procuram reviver ou reconstruir os aspectos históricos do politeísmo. Já os escritores eruditos empregam o termo "paganismo contemporâneo", para designar todos os novos movimentos religiosos politeístas, uso que foi favorecido pela publicação The Pomegranate: The International Journal of Pagan Studies.

De certa forma, o termo neopagão ainda proporciona um meio de distinção entre pagãos históricos de culturas politeístas antigas ou tradicionais e os adeptos de movimentos religiosos modernamente constituídos. Por sua vez, a categoria das religiões conhecidas como neopagãs inclui desde abordagens sincréticas ou ecléticas (como as da Wicca, Neodruidismo, Dianismo e Neoxamanismo) até aquelas mais ligadas a tradições culturais específicas, como as muitas variedades de reconstrucionismo politeísta (Helênico, Nórdico etc.). Nesse sentido, alguns reconstrucionistas rejeitam o termo neopagão, porque pretendem criar uma abordagem historicamente orientada para além do neopaganismo mais eclético e geral.
 Portal Ciência & Vida

quinta-feira, 7 de junho de 2012

GRANDES E PEQUENAS MULHERES


 
    Há mulheres de todos os gêneros. Histéricas, batalhadoras, frescas, profissionais, chatas, inteligentes, gostosas, parasitas, sensacionais. Mulheres de origens diversas, de idades várias, mulheres de posses ou de grana curta. Mulheres de tudo quanto é jeito. Mas se eu fosse homem prestaria atenção apenas num quesito: se a mulher é do tipo que puxa pra cima ou se é do tipo que empurra pra baixo.

    Dizem que por trás de todo grande homem existe uma grande mulher. Meia-verdade. Ele pode ser grande estando sozinho também. Mas com uma mulher xarope ele não vai chegar a lugar algum.

    Mulher que puxa pra cima é mulher que aposta nas decisões do cara, que não fica telefonando pro escritório toda hora, que tem a profissão dela, que o apóia quando ele diz que vai pedir demissão por questões éticas e que confia que vai dar tudo certo.

     Mulher que empurra pra baixo é a que põe minhoca na cabeça dele sobre os seus colegas, a que tem acessos de carência bem na hora que ele tem que entrar numa reunião, a que não avaliza nenhuma mudança que ele propõe, a que quer manter tudo como está.

    Mulher que puxa pra cima é a que dá uns toques na hora de ele se vestir, a que não perturba com questões menores, a que incentiva o marido a procurar os amigos, a que separa matérias de revista que possam interessá-lo, a que indica livros, a que faz amor com vontade.

    Mulher que empurra pra baixo é a que reclama do salário dele, a que não acredita que ele tenha taco pra assumir uma promoção, a que acha que viajar é despesa e não investimento, a que tem ciúmes da secretária.

    Mulher que puxa pra cima é a que dá conselhos e não palpite, a que acompanha nas festas e nas roubadas, a que tem bom humor.

    Mulher que empurra pra baixo é a que debocha dos defeitos dele em rodinhas de amigos e que não acredita que ele vá mais longe do que já foi.

    Se por trás de todo grande homem existe uma grande mulher, então vale o inverso também: por trás de um pequeno homem talvez exista uma mulherzinha de nada.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

segunda-feira, 4 de junho de 2012

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL


Aprenda a manter-se motivado, diante de pressões
e exigências, sem perder o foco e o equilíbrio.
Encontre e realize seus propósitos de vida e
seja realmente feliz.

(Júlia Blanque)


Nunca, em toda a história da humanidade, o ser humano teve acesso livre a tanto conhecimento. Depois da Revolução Industrial, que alavancou o sistema capitalista, a humanidade avançou em descobertas e invenções que aumentaram a velocidade do transporte, a facilidade de comunicação e o acesso à informação. Desde a prensa de Gutenberg, a máquina a vapor, o automovel, o jato, o satélit e, o telégrafo, o telefone , o rádio, até o computador pessoal com o chip. Com estas tecnologias ingressou à mais fascinante de todas invenções tecnológicas da comunicação: a internet, na década de 90, e com ela, a globalização.

Nós precisamos perceber que somos efetivamente membros de uma única comunidade GLOBAL; moramos juntos nessa mesma ilha chamada TERRA e, nesse lar, formamos uma grande família humana, que precisa diminuir os conflitos internos e externos de cada indivíduo. Nunca estivemos tão próximos a tudo e a todos, e nunca estivemos tão sozinhos, tão desmotivados, tão depressivos e infelizes! Nos levantamos já plugados a e-mails, via Iphones, Ipods, Tablets e outros "dispositivos" (será que positivos?) eletrônicos que parecem nos poupar tempo mas, na real idade, nos roubam o tempo para estar conosco mesmos. Basta visitar os consultórios psicológicos, abarrotados de ansiosos e depressivos e perceber que, mesmo nas classes mais abastadas, 90% destas pessoas, que pouco lhes falta, se dizem infelizes, e não conseguem com seu dinheiro comprar a tal felicidade.

O fato é que muitas pessoas estão vivenciando a sensação de se sentirem "por fora" e acabam se distanciando de si mesmas pela pressão a dar mais atenção ao externo e, por não conseguirem acompanhar a velocidade tecnológica que exige constante atualização: "Me sinto insegura e desatualizada, quando converso com meu sobrinho e vejo que não tenho tempo para responder a tantas redes sociais". "Preciso ganhar mais, preciso atualizar meus aparelhos, minha TV não é High Defini tion e meu celular não é Touch Screen!"

Analisando o ditado popular, se, por um lado, sabe-se que o dinheiro não traz a felicidade, então quando ele manda buscá-la? O sucesso, para muitos, gira em torno de alcançar patamares mais elevados de vida, mas se esquecem que, quanto mais se tem, mais problemas também se tem para administrar mentalmente e emocionalmente! Com tantas coisas para se gerenciar ao mesmo tempo, as tomadas de decisões se tornam mais complexas, e a vida exige que se esteja preparado para não entrar em colapso, com o stresse gerado pela demasiada tensão externa.

A pergunta que você deve estar pensando agora é, porque algumas pessoas conseguem administrar sua agenda diária com maestria, realizar múltiplas tarefas ao mesmo tempo, administrar conflitos e diferenças entre membros da equipe no ambiente corporativo, tomar decisões instantâneas, resolver problemas rapidamente e, ter um relacionamento afetivo estável e equilibrado?

Sem dúvida estamos falando de pessoas que têm mente aguçada, conduta coerente e profissional, têm empenho e eficiência; mas, e quanto ao aspecto emocional? No ambiente profissional, a competência e o comprometimento sempre foram fundamentais no cotidiano de líderes e funcionários, porém houve uma grande mudança de referencial nos últimos anos, com o mercado de trabalho cada vez mais exigente e em constante transformação. Se antes, o desejado eram pessoas com elevado grau de conhecimento técnico, que trabalhavam muito e produziam bastante em poucas horas; hoje o que se busca são profissionais que também saibam administrar suas emoções com inteligência e, consigam alcançar bons resultados de forma integrada e em equipe, "resolvendo problemas".

No campo afetivo-sexual, dados recentes em pesquisas nacionais, mostram que os ideais românticos das mulheres no sexo oposto são segurança, maturidade, companheirismo, atenção e gentileza; sentem atração pela inteligência, postura, visual charmoso e senso de humor. Para os homens, o que lhes atrai nas mulheres são beleza, em primeiro lugar, seguida de corpo atrativo e inteligência; buscam mulheres companheiras, inteligentes, resolvidas e equilibradas, para um compromisso duradouro. A junção de todas estas características não garantem o sucesso e a longevidade nos relacionamentos, visto o crescente número de separações e divórcios no cotidiano diário. É preciso também cumprir com as promessas estabelecidas e, superar as espectativas, num exercício de conquista e manutenção do amor.

Depois de um pesado dia de trabalho, ao chegar em casa, espera-se encontrar paz, carinho, alguém que possa se dividir os problemas, somar forças com inteligência e agregar valores com equilíbrio emocional. O mundo atingiu o patamar de 7 bilhões de seres humanos e, cada vez mais populoso, com cidades abarrotadas de carros e espaços públicos raramente vazios, onde quer que se esteja, se você deseja realizar seus objetivos, tem que ter paciência, saber se comunicar e conviver habilmente com pessoas tão diferentes e únicas! Surge uma questão desafiadora: como gerenciar o emaranhado de emoções, que afloram à mente, toda vez que surgem desentendimentos, conflitos, frustrações e problemas, que orbitam muitas vezes os ambientes de trabalho e familiar?

A Inteligência Emocional (IE) tem sido cada vez mais valorizada na habilidade do gerenciamento das diferenças nos relacionamentos interpessoais, e tornou-se um dos aspectos mais importantes no sucesso profissional e emocional do ser humano. A contribuição da IE reside na Inteligência do Coração, que "agrega conhecimento aprendido e sabedoria"; é um equilíbrio interior, que efetua um perfeito entendimento entre razão e emoção, e observa pensamentos e sentimentos de forma inteligentemente conectada.

Pessoas que sabem lidar com suas emoções, como por exemplo, controlar a própria raiva e a inveja no ambiente corporativo, aceitar e compreender as limitações do cônjuge e trabalhar a decepção, têm equilíbrio mental, não perdem o foco, alcançam destaque e sucesso profissional e, dificilmente tem relacionamentos problemáticos. A IE está relacionada ao autoconhecimento e a autopercepção que leva a superação de limites e, assim como a autoestima, ela deve ser exercitada para o desenvolvimento e capitalização dos potenciais inatos de cada indivíduo.

É claro que, oscilações emocionais acontecem com qualquer ser humano, dentro de um limite de normalidade, ou seja, sem ir toda hora do fundo do poço para a euforia, da raiva para a amorosidade. Em mulheres é preciso mais atenção, cujo estado de ânimo se altera com maior frequência e intensidade que nos homens, como fruto de picos hormonais e da própria natureza feminina, que geralmente é mais sensível e receptiva. Com certa capacidade de autoavaliação, consegue-se equilibrar e amortecer as emoções explosivas, mesmo diante dos obstáculos emocionais. Pessoas guerreiras com autoestima elevada, não se deixam ficar prostradas por muito tempo, porque sempre têm objetivos a realizar.

A consultora em desenvolvimento, Júlia Blanque, com vasta experiência de apoio pessoal, familiar e corporativo revela que: "Para a superação de limites é preciso ter motivação. As pessoas que se encontram ansiosas ou em estados de depressão perderam a motivação no tempo presente, apresentam sintomas de distanciamento de si mesmas, não conseguem encontrar alegria ou prazer no que realizam, passaram a viver em torno de expectativas de realizações no futuro e na saudade de tempos prazerosos vividos no passados." Baseada em sua vivência pessoal e profissional , Júlia Blanque já sentiu este drama e ensina que, para se reencontrar é preciso deter-se por um tempo, para encontrar um novo sentido com relação ao caminho da vida e resgatar sua conexão com o lado espiritual. Enfatiza que a depressão, a tristeza profunda conhecida como a doença deste século, é o resultado da fuga inconsciente da pressão. "É a forma não resolvida de descompressão, por não saber lidar com as emoções, como a ira e a tristeza, e com o medo da pressão das responsabilidades, ocorrendo a perda do autocontrole emocional ." Ocorre uma crítica interior muito severa, que insentiva uma competição interminável! O indivíduo movido pela pressão do meio, vive o drama da insegurança de não ter pleno domínio da situação que a dinâmica do dia-a-dia impõe.

"As pessoas precisam encontrar tempo para o que é essencial, devem praticar a auto-observação e detectar onde e porque estão deixando de se sentirem plenas, em suas atividades diárias."

Um indivíduo com IE elevada, conhece suas fraquezas e suas riquezas, sabe pontuar e se posicionar de maneira clara, transparente e franca, tem responsabilidade e coerência entre suas atitudes e pensamentos. Apresenta uma autopercepção mais desenvolvida, é mais confiante, percebe características positivas em si mesmo e nos outros, sabe o que quer e valoriza o seu tempo e o das demais pessoas, e sempre aproveita as oportunidades que surgem no seu destino. Dificilmente tem tempo para ficar depressivo, porque "sua motivação está no prazer de realizar", e não pelo desejo de competir, pela vaidade ou pelo ego, mas sim, porque escolhe cumprir seu papel na sociedade de forma útil, contribuindo com sua experiência e seus valores. Se preocupa com a família e com o próximo, pratica o voluntariado e dá valor à existência; procura se cuidar, não se expõe à riscos desnecessários, numa atitude de respeito à própria vida, aos que tem vínculo emocional e aos seus dependentes, porque tem amor-próprio. Sabe amar não de forma individualista ou egocêntrica, e sim da forma mais pura e próxima da essência, porque aprendeu com as mazelas da vida, a valorizar o que é essencial. A alegria de viver não está sustentada por um único pilar, ou seja, a razão de existir não depende exclusivamente de seu emprego ou do vínculo afetivo com o amor de sua vida. Sua existência está apoiada na realização de um conjunto de conquistas e objetivos alcançados ao longo de sua existência, pela sua motivação, competência, empatia e network.

O autoconhecimento, a autopercepção, a motivação e a habilidade interpessoal fazem parte de uma IE desenvolvida. Diante de novos desafios ou de alguma tensão emocional, pergunte-se: O que eu estou sentindo neste momento? Porque estou assim? Estou com medo ou me sinto confiante no fluxo da vida? Estou sendo positivo(a) ou negativo(a)? O que é importante para mim? Para que minha vida tenha sentido, em que aspectos sou realmente bom(a), melhor e útil no que faço, para contribuir com esta família GLOBAL? Que atividades me fazem bem? O que vai me fazer sentir melhor e que só depende de mim? Conforme a(s) resposta(s) que surgir(em), avalie como pensar de forma positiva e diferente, encontre uma solução com base em fatos reais e não em conjecturas, faça o que seu coração mandar se sentir melhor. Organize -se, determine metas de curto, médio e longo prazo, sempre em termos realistas e factíveis, objetivando o princípio da evolução de sua pessoa, em todos aspectos. Faça com que cada ação diária esteja sempre direcionada para chegar, cada vez mais, próxima dos seus objetivos de vida e valorize o tempo e a vida preciosa que você tem. Conheça-se melhor para aumentar a autoconfiança, o poder de suas habilidades e competências, tomando atitudes objetivas e com bom senso.

Lembre-se: você pode se adaptar com flexibilidade, mantendo a persistência para alcançar suas metas; portanto, comporte-se de forma "positiva e construtiva". O que você pode fazer de melhor, para resolver a situação? Coloque-se no lugar do outro, despertando o seu lado amoroso e mediador de conflitos. Enxergue as diferenças e veja como pode ajudar. Como nada é ao acaso, talvez você esteja sendo testado pela vida, e essa é a sua chance de crescer e mostrar sua Inteligência Emocional! Nunca é tarde para investir em você, na sua formação como pessoa e na sua carreira, busque aperfeiçoamento nas áreas que precisam de mais empenho: disciplina, organização, conhecimento, relacionamentos, autoestima e amor-própriol. Você chegou até aqui! Talvez seja o sinal mostrando que, tudo o que você precisa e acredita, sempre vem ao seu encontro. Aproveite os desafios, com eles ocorrem as evoluções. Seja feliz, você merece

http://www.juliablanque.com.br/artigos/inteligencia-emocional.htm